NACIONAL
GOVERNO E PROFESSORES DE COSTAS VOLTADAS … OUTRAVEZ
Governo e sindicatos dos professores terminaram sem acordo uma ronda negocial extraordinária sobre progressão nas carreiras e regime de concursos, com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) a prometer formas de luta já em Fevereiro.
Governo e sindicatos dos professores terminaram sem acordo uma ronda negocial extraordinária sobre progressão nas carreiras e regime de concursos, com a Federação Nacional de Professores (Fenprof) a prometer formas de luta já em Fevereiro.
Em causa estão as normas para a progressão dos professores aos 5.º e 7.º escalões, tendo hoje a secretária de Estado Adjunta e da Educação recebido os sindicatos do setor, nomeadamente a Federação Nacional de Educação (FNE), na manhã de hoje, tendo o secretário-geral, João Dias da Silva, afirmado à Lusa que na reunião o Governo não alterou posições.
Na tarde de hoje foi recebida a Fenprof, ao mesmo tempo que cerca de uma centena de professores afetos à estrutura sindical se juntou em frente do Ministério da Educação, entoando palavras de ordem como “Transparência”, “Justiça” ou “Professores unidos jamais serão vencidos”.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, acusou na altura o Governo de querer impor regras “opacas” nos concursos de professores e de, ao não definir números para a progressão aos 5.º e 7.º escalões, deixar os professores sujeitos a discricionariedade. Os professores, disse, “têm que saber que anualmente há um mínimo de contingente” para esses escalões, que não são automáticos.
A Fenprof exige também uma “profunda revisão” dos concursos de professores e não apenas um concurso interno antecipado para resolver problemas pontuais.
Ouvido pelos jornalistas no final da reunião Mário Nogueira disse que o encontro com o Governo serviu apenas para a Fenprof reafirmar posições e para o Ministério mostrar inflexibilidade.
“Quanto aos escalões dissemos que não era aceitável que o Governo entendesse que a gestão da carreira dos docentes era de ordem política, ditada por interesses conjunturais, e em cada momento decidir se havia ou não vagas”, disse Mário Nogueira, reafirmando a defesa de uma quota mínima para progressão de professores com a classificação de “bom”.
A recusa dessa quota por parte do Ministério levou Mário Nogueira a falar de uma “negociação na carreira que não é transparente”.
Em relação aos concursos Mário Nogueira voltou a condenar que o Governo apenas queira fazer um concurso interno extraordinário que, considerou, não tem objetivos.
Questionado sobre se o fim das negociações sem um acordo iria levar os professores para a rua em protesto, Mário Nogueira disse que seguramente sim, acrescentando que os professores estão num ciclo negocial, com mais reuniões com o Governo nos dias 10, 24 e 31, após o qual, “provavelmente no início de fevereiro”, a Fenprof vai convocar um plenário nacional e decidir de que forma vai lutar.
Aos professores reunidos em frente do Ministério o secretário-geral já tinha dito que caso a reunião fosse inconclusiva iria pedir a intervenção do Parlamento e ser ouvido pelo Presidente da República.
“Se o Ministério da Educação chegar ao fim do processo negocial sem qualquer flexibilidade pode ter a certeza que mais rápido do que espera vai ter milhares de professores na rua”.
Após a ronda negocial de hoje, o ministério da Educação emitiu um comunicado em que, sobre o procedimento de acesso dos docentes ao 5.º e 7.º escalões, refere que “no quadro do descongelamento das carreiras, (os professores) progredirão a esses escalões já este ano”.
De acordo com a nota do Ministério, a Portaria que regula o preenchimento das vagas para acesso àqueles escalões define as regras, “sendo certo que os docentes que tenham obtido “Muito bom” ou “Excelente” na avaliação de desempenho progridem automaticamente, não estando dependentes das referidas vagas”.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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