INTERNACIONAL
GUERRA NA UCRÂNIA EMPURRA TODA UMA GERAÇÃO DE CRIANÇAS PARA O ABISMO
A guerra causada pela invasão russa da Ucrânia afetou todos os aspetos da vida das crianças ucranianas, com toda uma geração a passar por “12 meses de violência, medo, perda e tragédia”, sintetizou hoje a UNICEF.

A guerra causada pela invasão russa da Ucrânia afetou todos os aspetos da vida das crianças ucranianas, com toda uma geração a passar por “12 meses de violência, medo, perda e tragédia”, sintetizou hoje a UNICEF.
Desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, crianças ucranianas “foram mortas, feridas, forçadas a abandonar as suas casas, perderam o acesso a educação crítica e viram ser-lhes negados os benefícios de um ambiente seguro e protegido”, detalhou a agência das Nações Unidas para a infância, em comunicado.
“As crianças na Ucrânia viveram um ano de terror”, afirmou a diretora-executiva da UNICEF, Catherine Russell, em comunicado. “Milhões de crianças vão dormir com frio e assustadas, e acordam com esperanças de um fim para esta guerra brutal. Crianças foram mortas e feridas, e muitas perderam pais e irmãos, os seus lares, escolas e lugares para brincar. Nenhuma criança deveria jamais ter de suportar esse tipo de sofrimento”, acentuou.
Entre as facetas do quotidiano radical e violentamente alteradas, a UNICEF menciona as condições socioeconómicas e a saúde mental.
Como apontou, o bem-estar das crianças e das famílias na Ucrânia tem sofrido “efeitos devastadores” da guerra, desde logo no campo da economia, “com um vasto número de famílias a relatar uma perda significativa de rendimentos”, como na energia, com os recorrentes problemas de fornecimento.
A UNICEF especificou que um inquérito seu apurou que 80% dos inquiridos mencionaram uma deterioração da sua situação económica e que tem informação que indica que a percentagem de crianças que vivem em situação de pobreza quase duplicou de 43 por cento para 82 por cento. “A situação é especialmente grave para os 5,9 milhões de pessoas que estão atualmente deslocadas no interior da Ucrânia”, destacou.
Por outro lado, a guerra está também a ter um “impacto devastador” na saúde mental e no bem-estar das crianças, a propósito do que estimou que “1,5 milhões de crianças estão em risco de depressão, ansiedade, stress pós-traumático e outros problemas de saúde mental, com potenciais efeitos e implicações a longo prazo”.
Para piorar, “o acesso das crianças e famílias aos serviços básicos tem sido aniquilado”, com “mais de mil instalações de saúde danificadas ou destruídas por bombardeamentos e ataques aéreos”, ataques estes que causaram “a morte ou lesões graves a doentes – incluindo crianças -, assim como a pessoal médico”.
Ainda em termos das consequências negativas da invasão russa para saúde infantil ucranianas, “milhares de crianças que fogem de conflitos em todo o país não estão a receber imunização de rotina vital para ficarem protegidas da poliomielite, sarampo, difteria e outras doenças potencialmente fatais”, avançou também a UNICEF.
A agência da ONU apontou ainda que, “para agravar ainda mais esta questão, a guerra tem perturbado a educação de mais de cinco milhões de crianças, negando-lhes o sentido de estrutura, segurança, normalidade e esperança que a sala de aula lhes proporciona”.
Depois de afirmar que “as crianças precisam do fim desta guerra e de uma paz sustentada para recuperarem a sua infância, voltarem à normalidade e começarem a recuperar”, Catherine Russell afirmou que “até que isso aconteça, é absolutamente crítico que a saúde mental e as necessidades psicossociais das crianças sejam consideradas prioritárias”.
Esta prioridade deve traduzir-se em “ações de prestação de cuidados de nutrição adequadas à idade, iniciativas para a construção de resiliência e, especialmente no caso das crianças e adolescentes mais velhos, oportunidades de expressarem as suas preocupações”.

INTERNACIONAL
CONTRAOFENSIVA UCRANIANA ESPERADA PARA ABRIL OU MAIO
O ministro da Defesa ucraniano apontou hoje a contraofensiva das forças de Kiev para abril ou maio, após a chegada dos primeiros tanques alemães e britânicos, num momento que as tropas russas intensificaram os ataques no Donbass (leste).

O ministro da Defesa ucraniano apontou hoje a contraofensiva das forças de Kiev para abril ou maio, após a chegada dos primeiros tanques alemães e britânicos, num momento que as tropas russas intensificaram os ataques no Donbass (leste).
“Depende das condições climáticas. Na primavera, o solo fica muito húmido. Somente veículos sobre lagartas podem ser usados. Acho que veremos [a contraofensiva] em abril-maio”, disse Oleksii Reznikov, em declarações a jornalistas estónios.
Há poucos dias, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que a contraofensiva não será possível até que Kiev receba as armas e munições necessárias para não enviar os soldados para uma morte certa.
Reznikov explicou que o Estado-Maior espera o “momento certo” e que o contra-ataque vai decorrer em vários setores da frente, sem especificar.
“Tenho certeza de que continuaremos a libertar os territórios ocupados, como já fizemos em Kiev, Chernigiv, Sumi, Kharkiv e Kherson”, afirmou.
O ministro, que previu “mudanças muito positivas para a Ucrânia” este ano, embarcou hoje num dos tanques Marder fornecidos pela Alemanha, que também despachou o primeiro lote de 18 Leopard 2 na segunda-feira.
Na terça-feira foi a vez dos britânicos Challengers e hoje a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, anunciou que Madrid vai enviar seis Leopard 2 para Kiev assim que estiverem reparados.
Sobre as promessas europeias de um milhão de munições, Reznikov admitiu que o exército ucraniano precisa de mais para recuperar territórios, embora tenha especificado que as forças de Kiev gastam entre 4.000 e 7.000 munições por dia, enquanto as de Moscovo usam cerca de 20.000.
Na frente leste, após algumas semanas de impasse, os mercenários do Grupo Wagner parecem intensificar novamente as suas operações de assalto ao reduto de Bakhmut, na região de Donetsk.
Segundo o norte-americano Instituto de Estudos da Guerra (ISW), os efetivos do Grupo Wagner podem ter tomado o complexo metalúrgico de Azom, cujos túneis serviram de trincheira para os soldados ucranianos durante nove meses, controlando assim 65% da cidade, e agora estarão a dedicar-se a limpar a área de inimigos.
Enquanto blogues militares russos falam sobre a tomada do mercado e posições perto do Palácio da Cultura no centro da cidade, a imprensa oficial indicou que a luta agora se concentra nas zonas industriais ao sul de Azom.
Apesar de vários aliados e analistas defenderem que as forças ucranianas deveriam abandonar Bakhmut, Zelensky recusa-se a entregar a cidade, que se tornou num símbolo da resistência à invasão russa.
Falando à imprensa norte-americana, Zelensky disse hoje que se o Presidente russo, Vladimir Putin, sentir por um momento que o poder de Kiev é fraco, ele atacará com todas as suas forças.
Na mesma linha, Reznikov garantiu que os defensores ucranianos “reduziram o potencial ofensivo russo”, o que ajuda as tropas ucranianas “a estabilizar a linha da frente e a ganhar tempo para preparar a contraofensiva”.
Por sua vez, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, voltou hoje a reconhecer o alto custo em vidas humanas do combate sangrento em Bakhmut.
“A batalha por Bakhmut praticamente destruiu o exército ucraniano e, infelizmente, deixou os Wagner bastante maltratados”, declarou.
Reznikov referiu-se igualmente às baixas nesta longa batalha: “Eles também estão cansados. Sofreram pesadas perdas, muitos mortos e feridos. Normalmente eles perdem nada menos que quinhentos soldados por dia.”
O dilema do exército ucraniano agora é o que fazer com a cidade de Avdiivka, nos arredores de Donetsk, onde as forças russas também estão a tentar cercar a cidade.
Perder Avdiivka seria um revés ainda maior do que perder a batalha para Bakhmut, pois abriria caminho para as tropas russas no centro de Donetsk, de acordo com o ISW.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
INTERNACIONAL
COVID-19 TERÁ PROVOCADO 700 MIL MORTES NO BRASIL
O Brasil ultrapassou 700.000 mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.

O Brasil ultrapassou 700.000 mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.
Os números colocam o Brasil como o país com o segundo maior número de mortes associadas à covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (1,1 milhões), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
As autoridades brasileiras comunicaram 322 mortes na última semana e o total ascende agora a 700.239 mortes relacionadas com a doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), um organismo composto por funcionários de saúde dos 27 estados brasileiros.
O número de casos comunicados oficialmente é de 37,2 milhões, embora este número já não seja um indicador fiável porque os testes de autodiagnóstico estão disponíveis nas farmácias desde o ano passado.
Além disso, os doentes com doenças mais leves não são agora sequer testados.
O Brasil registou a sua primeira morte relacionada com a covid-19 em 12 de março de 2020, um ano em que morreram 195.725 pessoas no país.
O ano de 2021 foi o pior da pandemia, com 423.349 mortes. Em 2022, com a vacinação já numa fase avançada, caiu para 74.779, enquanto que em 2023, segundo a Conass, foram registadas 6.386 mortes.
A gestão da pandemia do coronavírus no Brasil foi marcada pela negação do Governo do anterior presidente brasileiro Jair Bolsonaro após perder as eleições para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde o início, Bolsonaro minimizou a gravidade do vírus, criticou a imposição de medidas de isolamento, rejeitou o uso de máscaras, promoveu medicamentos de eficácia duvidosa contra a covid-19 e semeou suspeitas infundadas sobre a eficácia das vacinas.
Com a chegada de Lula da Silva ao poder em 01 de Janeiro, o novo Governo apelou à população para tomarem as doses de reforço, especialmente entre as crianças, cuja taxa de vacinação permanece baixa.
Segundo dados oficiais, 80,6% dos 213 milhões de pessoas do Brasil estão totalmente imunizadas (duas doses ou doses únicas), enquanto apenas 50,5% tiveram um reforço.
Atualmente, os estados brasileiros oferecem a possibilidade de tomar a vacina bivalente da Pfizer, desenvolvida com base nas novas variantes do vírus que surgiram nos últimos três anos.
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