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GUERRA: PAÍSES DA NATO VÃO OFERECER UM MILHÃO DE DRONES À UCRÂNIA

Um grupo de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai oferecer um milhão de ‘drones’ à Ucrânia, anunciou hoje o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, depois de uma reunião ministerial em Bruxelas.

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Um grupo de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai oferecer um milhão de ‘drones’ à Ucrânia, anunciou hoje o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, depois de uma reunião ministerial em Bruxelas.

“Um grupo de países da NATO está empenhado no objetivo de enviar um milhão de ‘drones’ [aeronaves sem tripulação] para a Ucrânia”, disse Jens Stoltenberg em conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros da Defesa da NATO, no quartel-general da organização político-militar.

O secretário-geral da Aliança Atlântica acrescentou que 20 Estados-membros vão integrar uma coligação para ajudar a Ucrânia na desminagem do território, sem especificar.

Na quarta-feira, o Reino Unido anunciou uma coligação com a Letónia para disponibilizar milhares de ‘drones’. Hoje, Jens Stoltenberg avançou um milhão destas aeronaves sem tripulação, habitualmente utilizadas para missões de vigilância e reconhecimento, e também para bombardeamentos (a Rússia tem utilizado cada vez mais esta finalidade).

Durante a conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO, que está no final do mandato, insistiu para o perigo de haver divisões entre os Estados-membros que pertencem à União Europeia e os Estados Unidos, depois das declarações do antigo Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre incentivar a Rússia a invadir os países que investem menos na aliança político-militar.

O antigo primeiro-ministro norueguês reconheceu que é bom sinal que os países da União que pertencem à NATO estejam a investir mais: “A NATO fez esse pedido durante muitos anos”.

“Mas isto não é uma alternativa à NATO. Isto é, na realidade, uma maneira de fortalecer a NATO. E não devemos perseguir qualquer caminho que aponte para uma divisão entre a Europa e a América do Norte”, completou.

No último sábado, Donald Trump, que quer ser eleito o candidato republicano às eleições presidenciais de novembro nos EUA, disse que se for reeleito Presidente encorajaria a Rússia a invadir os países com menores contribuições para a NATO ou que ainda não atingiram os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da Defesa.

Durante um comício na Carolina do Sul, o antigo chefe de Estado norte-americano relatou uma história que alegadamente teve com o homólogo de um país da NATO, que não identificou, que o confrontou sobre a ameaça de não defender os Estados-membros que não cumprissem com as metas estabelecidas.

“Um dos presidentes de um grande país levantou-se e disse: ‘Bem, senhor, se não pagarmos e formos atacados pela Rússia, vai defender-nos?”, relatou Donald Trump.

E terá respondido: “Não, não vou proteger-vos mais. Aliás, vou encorajá-los [aos russos] a fazerem o que quiserem. Vocês têm de pagar as vossas dívidas”.

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BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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