INTERNACIONAL
GUERRA: PAPA DIZ QUE A PAZ ‘NÃO SE ALCANÇA CONQUISTANDO ALGUÉM’
O Papa, que viaja para o Barém na quinta-feira, afirmou esta terça-feira em Roma que nunca se pode alcançar a paz pela violência ou derrota, apelando de novo ao fim do conflito na Ucrânia.

O Papa, que viaja para o Barém na quinta-feira, afirmou esta terça-feira em Roma que nunca se pode alcançar a paz pela violência ou derrota, apelando de novo ao fim do conflito na Ucrânia.
“Fazem-nos acreditar que a paz vem com força e poder: para Jesus é o contrário (…) A paz não se alcança conquistando ou derrotando alguém, nunca é violenta, nunca é armada”, disse Francisco na sua mensagem da oração do Angelus, a partir da Praça de São Pedro.
Todos queremos paz, mas muitas vezes o que queremos é estar em paz, ficar sozinho, não ter problemas, mas ter calma”, mas “Jesus, por outro lado, não chama bem-aventurados os que estão em paz, mas aos que fazem a paz, aos construtores, aos que trabalham pela paz”, explicou, citado pelas agências de notícias internacionais.
O Papa acrescentou que “a paz deve ser construída e, como qualquer construção, exige empenho, colaboração, paciência”.
“Como tornar-se num construtor da paz”, perguntou o Papa, respondendo de seguida que, para tal, “é necessário desarmar o coração” dos “pensamentos e palavras agressivos” e “defendermo-nos com o arame farpado e com os muros da indiferença”.
“A semente da paz exige que o campo do coração seja desmilitarizado”, disse Francisco, que afirmou que “aqueles que trabalham pela paz serão chamados filhos de Deus” e que “no mundo parecem deslocados, porque não cedem à lógica do poder e do domínio, no Céu serão os mais próximos de Deus, os mais semelhantes a Ele”.
No final da mensagem, o chefe máximo da Igreja Católica voltou a apelar a que não se esqueça “a Ucrânia martirizada” e que se reze para que a paz chegue a este país.
O Papa disse que viaja na quinta-feira para o Barém, entre a Arábia Saudita e o Irão, “para apoiar a fraternidade e a paz no mundo em nome de Deus”, duas condições das quais tem “necessidade urgente”.
Francisco vai participar no Fórum de Diálogo entre Oriente e Ocidente, em que vai estar em evidência a necessidade de “ocidente e oriente se encontrarem para o bem de todos”.
O programa da viagem engloba também um encontro com vários líderes religiosos e realiza uma oração pela paz na Catedral Nossa Senhora da Arábia, em Awali.

INTERNACIONAL
INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS
O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.
“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.
A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.
O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.
“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.
O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.
Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.
O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.
Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.
Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.
Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.
Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).
INTERNACIONAL
WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA
A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.
O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.
Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.
O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.
O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.
O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.
“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.
A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.
Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.
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