ECONOMIA & FINANÇAS
HÁ DUAS DÉCADAS QUE AS CASAS NÃO SUBIAM TANTO
Há 25 anos que os preços das casas não subiam tanto: Só em 2017 aumentaram 12,8%.
Muita procura, pouca oferta. Um cenário que continua a alimentar a subida do preço das casas, que não para de aumentar. No último ano, os preços aumentaram 12,8%, o maior aumento desde 1992, segundo dados da Confidencial Imobiliário (Ci). Há dois fatores a comandar a subida: a reabilitação urbana e o investimento estrangeiro.
Os preços das casas começaram a subir em julho de 2016. E desde aí que se tem vindo a assistir a um ciclo de de valorização ininterrupta, apenas comparável à série de subidas registada entre o final de 2002 e o início de 2005, refere a Ci em comunicado. No ano passado registou-se o maior avanço em 25 anos. Nos meses de junho e dezembro observaram-se os principais aumentos, 2,4% e 1,6%, respetivamente.
Actualmente pede-se, em média, 1.223 euros por metro quadrado (m2). Lisboa continua a ser, sem surpresas, a zona mais cara. O m2 na capital já custa 1.532 euros. No Norte, por sua vez, o valor médio por m2 não vai além dos 685 euros. O Algarve é a segunda região com os preços de venda mais elevados (1.416 euros por m2) enquanto no Centro e no Alentejo os preços variam entre 743 e 870 euros, respectivamente.
“Apesar desta recuperação acentuada, temos de saber ver os resultados à luz do que teria sido uma evolução natural dos preços, ou seja se o mercado tivesse prosseguido uma trajetória de valorização conforme a taxa de inflação (ou seja valorização real nula), não tendo sido atingido pela crise das dívidas soberanas. Nesse cenário, os preços estariam hoje num patamar cerca de 13,6% acima do observado efetivamente”, disse o diretor da Ci, Ricardo Guimarães, em comunicado.
Entretanto, e citado pelo Diário de Notícias, o responsável adiantou que “há um aumento grande no número de projectos em carteira e também mais imóveis de segmento prime”. “Julgo que há hoje uma noção de que os preços estavam muito baixos e com muitas oportunidades para rentabilização”, acrescentou.
Ricardo Guimarães destacou ainda a forte procura dos investidores estrangeiros e de “novos posicionamentos que criam mais valor, como o alojamento para estudantes ou o arrendamento a turistas”.
A legislação, a falta de mão de obra na construção e a corrida aos escassos imóveis para reabilitação, no caso de Lisboa, também estão entre os factores que fizeram os preços subir.
ECONOMIA & FINANÇAS
GOVERNO DUPLICA LIMITE DA CONSIGNAÇÃO DE 0,5% PARA 1% EM IRS
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, explicou que a duplicação da consignação de IRS de 0,5 para 1% para instituições de utilidade pública irá aplicar-se aos rendimentos auferidos pelos contribuintes este ano, tendo assim efeitos na campanha de liquidação de IRS que se concretiza no próximo ano.
O governante defendeu que com a medida, por um lado, reforça-se “a liberdade de escolha dos contribuintes” de “poder alocar o produto” dos impostos e, por outro lado, reforça-se de forma “muito significativa” o apoio a associações “de utilidade pública reconhecida”.
Segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a medida tem um “custo global” de “pelo menos mais 40 milhões de euros no setor social, ambiental e cultural”.
O número de entidades a quem os contribuintes podem atribuir 0,5% do seu IRS ou doar o benefício fiscal do IVA voltou a aumentar este ano, superando as 5.000, segundo a lista disponível no Portal das Finanças.
A escolha das entidades candidatas a esta consignação do IRS pode ser feita até ao final do mês de março ou durante o processo de entrega da declaração anual do imposto, que começou em 01 de abril e termina a 30 de junho.
Entre estas entidades incluem-se centenas de associações e academias dedicadas a diversos fins, bandas recreativas, casas do povo, vários centros sociais, de dia, paroquiais, infantis ou comunitários, fundações, cooperativas, coros, misericórdias ou sociedades filarmónicas e musicais.
Esta consignação não custa nada ao contribuinte nem significa uma redução do reembolso, uma vez que o valor é retirado ao imposto que é entregue ao Estado.
ECONOMIA & FINANÇAS
UM EM CADA SEIS TRABALHADORES EM PORTUGAL TEM CONTRATO A PRAZO – PORDATA
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um retrato da Pordata sobre o mercado laboral em Portugal, no âmbito do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, revela que 17,4% dos trabalhadores no país têm contrato a prazo, acima da média da União Europeia (13,4%).
“Em Portugal, um em cada seis trabalhadores tem contrato a prazo, rácio que se tem mantido quase sem alteração nos últimos 20 anos”, assinala.
Entre os países com maior percentagem de contratos a prazo estão a Sérvia e os Países Baixos.
Por outro lado, Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial, já que apenas oito em cada 100 trabalhadores se encontram em regime ‘part-time’.
“Olhando apenas para as mulheres portuguesas que estão empregadas, apenas uma em cada 10 o faz a tempo parcial. É o 9.º país da UE27 com menor percentagem de mulheres empregadas em ‘part-time’”, aponta a Pordata, que assinala que nos Países Baixos e na Áustria mais de metade das mulheres empregadas trabalham neste regime.
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