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HELICÓPTERO INEM: NOVOS DADOS REVELAM 384 METROS DE ‘TERROR’

Investigação diz que foram 384 metros de terror para lá dos limites humanos.

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Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves cumpriu com o prometido, e no prazo de 72 horas tornou pública a “Nota Informativa” que revela um conjunto de novos dados no âmbito da investigação do acidente do helicóptero ao Serviço do INEM; um Agusta A109S com a matrícula I-EITC.

Deste novo documento, consegue-se apurar e esclarecer com clareza alguns dos procedimentos antes do momento do acidente, e apura-se que “ … o piloto, conforme procedimento do operador, antes de descolar, contactou o mecânico localizado na sua base de Macedo de Cavaleiros, declarando intenção de iniciar o voo dentro de alguns minutos, depois das condições meteorológicas melhorarem … esta informação foi também transmitida ao prestador de serviço de tráfego aéreo do Porto onde declarou que, caso as condições meteorológicas em Baltar não permitissem a aterragem, regressaria à cidade do Porto para o aeroporto do Porto, LPPR … depois de descolar, a tripulação seguiu uma rota praticamente direta entre Massarelos e Baltar, subindo até aos 1300 pés (396,2 metros) e atingindo 130 nós (240,7 km/h) de velocidade cruzeiro …

O relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, esclarece que a aeronave terá embatido pelas 18:40 com a antena emissora da Média Capital instalada e licenciada na Serra de Santa Justa (Valongo).

A antena em questão tem 66 metros de altura, e apesar de possuir um sistema de iluminação/sinalização instalado, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves não considera claro que no momento do acidente esse sistema de iluminação/sinalização estivesse a funcionar.

A Rádio Regional questionou ainda técnicos de radiodifusão de outras estações de rádio, que pediram anonimato, garantiram “ser muito difícil afirmar que uma determinada luz está em funcionamento, já que esse tipo de iluminação sinalizadora tem um tempo de vida útil, e mesmo assim pode avariar a qualquer momento …“; dizem ainda os especialistas que “… salvo tenham um técnico permanente em cada local, é muito difícil garantir que essa iluminação estava efectivamente a funcionar …“.

O relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes descreve ainda os momentos seguintes à colisão com a antena da Média Capital: “ … após a colisão das pás do rotor principal com o mastro da antena e nas espias superiores, a cabine do helicóptero colidiu ainda com outras duas espias de travamento da torre … devido ao impacto, iniciou-se uma desintegração continuada de carenagens e outros painéis, bem como a separação de uma das pás do rotor principal, devido ao desbalanceamento do mesmo …“.

Os momentos seguintes são a descrição de momentos de terror, segundo o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes, o helicóptero começou a desintegrar-se no ar espalhando destroços por uma área de 24 mil metros quadrados, iniciando uma trajectória mortal colidindo com o terreno a 384 metros na antena a uma aceleração considerada acima da tolerância humana resultando um impacto sem hipótese de sobrevivência.

Esclarece ainda o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves; que o helicóptero possui um sistema de localização de emergência, que se ativou automaticamente, mas que dada a intensidade da desintegração da aeronave o referido “localizador” não funcionou correctamente; dificultando assim a localização dos destroços.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves esclarece ainda que continuará a desenvolver uma análise minuciosa a todos os aspectos envolventes à queda da aeronave, com especial atenção ao funcionamento da aeronave pré-acidente, incluindo análise de dados dos motores com o fabricante;  os procedimentos da tripulação; a envolvente meteorológica; os fatores humanos e organizacionais envolvidos na operação HEMS; o enquadramento legal/regulamentar e sua aplicação prática relativamente aos requisitos de exploração e monitorização do funcionamento do balizamento dos obstáculos à navegação aérea.

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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023

O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.

Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.

“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.

Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.

Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.

Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.

Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.

Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).

Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).

O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.

Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).

Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.

Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.

“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.

Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.

As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).

Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).

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PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.

“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.

A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.

O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.

Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.

Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.

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