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NACIONAL

HOJE A SAGA DE PEDRO DIAS TEVE DIREITO A “PRESUNÇÃO E ÁGUA BENTA”

Alguém testemunhou: “Pedro Dias? É amigo do seu amigo, gentil, generoso, solidário, alimenta quem tem fome, dá lenha a quem tem frio”.

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Várias testemunhas ouvidas esta terça-feira no Tribunal da Guarda descreveram Pedro Dias como um homem meigo, educado, pacificador, que gostava de ajudar os outros, tendo alojado pessoas sem-abrigo, alimentado quem tinha fome e dado lenha a quem tinha frio.

A descrição feita pelas testemunhas da personalidade de Pedro Dias – que está a ser julgado por vários crimes, entre os quais três homicídios ocorridos em Aguiar da Beira – foi, ao longo da manhã, motivando vários momentos de tensão e troca de palavras entre os advogados e entre os familiares que estavam no público.

Incomodado com comentários que alegadamente ouviu de um dos advogados, Pedro Dias chegou mesmo a levantar-se e a dizer “senhor juiz, é muito difícil estar aqui…”, tendo sido advertido de que não podia falar neste momento.

A primeira testemunha a ser ouvida hoje foi Andreia Dias, que disse que o seu irmão é “uma pessoa extremamente pacífica”, incapaz de fazer mal a algum ser, paciente, apaziguadora e com uma “bondade excessiva”.

“Para acontecer o que aconteceu, deve ter acontecido algo muito grave, seja lá o que for”, afirmou.

Andreia Dias referiu ainda o irmão dizia que rezava e pedia para que rezassem por Liliane Pinto (mulher que sobreviveu aos disparos e acabou por falecer meses depois), porque queria que ela contasse o que se passou na madrugada de 11 de outubro de 2016.

“Quando a Liliane morreu, o Pedro desabou”, afirmou.

Questionada pelos advogados das famílias das vítimas sobre o tempo de convívio com o irmão, Andreia Dias disse que desde os seus 18 anos (atualmente tem 39), quando foi estudar, que não estava diariamente com ele.

Características do bom caráter de Pedro Dias foram também apontadas por Cláudia Duarte, Paulo Duarte, António Monteiro e Isaura Ventura.

Cláudia Duarte admitiu que não esteve com Pedro Dias no último ano antes dos factos e Paulo Duarte contou que há cerca de 27 anos não tem contacto regular com o arguido.

Já António Monteiro disse que nos últimos três anos não convivia diariamente com ele, mas falavam quase todos os dias ao telefone. No entanto, quando questionado sobre o diminutivo por que é conhecida a filha de Pedro Dias, não o soube dizer.

Isaura Ventura afirmou ser muito amiga da família de Pedro Dias, que tem “uma educação de ouro”, e ter acompanhado as várias fases da vida dele.

“É amigo do seu amigo, gentil, generoso, solidário, alimenta quem tem fome, dá lenha a quem tem frio”, afirmou, dizendo ainda ter visto vários sem-abrigo na quinta onde Pedro Dias tinha os animais.

Na pausa para almoço, o advogado Pedro Proença, que representa o militar António Ferreira e os familiares de Carlos Caetano, disse aos jornalistas que se caiu “no exagero” de ter testemunhas abonatórias que podiam traçar um perfil de personalidade “de uma pessoa com características que não são compatíveis com a prática destes crimes”, para “a situação extrema” de “uma autêntica sessão de beatificação do arguido”.

Na sua opinião, isso choca e “fere o respeito que as vítimas merecem”, tendo motivado “alguma tensão, na medida em que os advogados dos assistentes acabaram por perceber que muita da razão de ciência destas testemunhas ditas abonatórias radica em convivência com o arguido há muitos anos”.

“Onde é que estão as testemunhas abonatórias que conhecem o arguido na atualidade? Pelos vistos não há”, concluiu.

A advogada de Pedro Dias, Mónica Quintela, desvalorizou as criticas, comparando estas testemunhas às que foram ouvidas na semana passada a propósito dos pedidos de indemnização cível, que também disseram que “as pessoas são muito boas”.

Para hoje, há ainda a expectativa de Pedro Dias contar ao tribunal a sua versão dos factos.

“Poderá falar (hoje). Vamos ver qual será a calendarização dos trabalhos que vai ser feita”, que o juiz presidente anunciará durante a tarde, disse a advogada aos jornalistas.

Isto porque, para além de requerimentos já feitos noutras sessões, hoje de manhã a procuradora do Ministério Público apresentou um novo, para que sejam ouvidos dois inspetores da Polícia Judiciária que Andreia Dias disse terem falado consigo quando o irmão andava fugido.

Segundo Andreia Dias, inspetores da PJ disseram-lhe que o irmão se devia entregar à PJ e não à GNR, porque “podia ser morto”.

Pedro Dias está acusado de três crimes de homicídio qualificado sob a forma consumada, três crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada, três crimes de sequestro, crimes de roubo de automóveis, de armas da GNR e de quantias em dinheiro, bem como de detenção, uso e porte de armas proibidas.

NACIONAL

LIGA DOS BOMBEIROS EXIGE CRIAÇÃO DE CARREIRA PARA OS “VOLUNTÁRIOS”

A Liga dos Bombeiros Portugueses alertou hoje, quando se comemora 120 anos do associativismo neste setor, que é indispensável criar uma carreira para os bombeiros, sublinhando ser uma “gravíssima lacuna que se regista há mais de 17 anos”.

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A Liga dos Bombeiros Portugueses alertou hoje, quando se comemora 120 anos do associativismo neste setor, que é indispensável criar uma carreira para os bombeiros, sublinhando ser uma “gravíssima lacuna que se regista há mais de 17 anos”.

“A Liga faz 120 anos de associativismo. Vamos utilizar essa data para chamar a atenção de todos os políticos do país para a absoluta indispensabilidade de criar uma carreira e um estatuto remuneratório para os bombeiros (…) que têm um contrato de trabalho e que, até hoje, não foi possível realizar, apesar de, desde 2007, haver uma intenção de uma lei”, adiantou à agência Lusa o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes.

No dia 17 de abril de 1904 foi fundada a primeira Federação dos Bombeiros por um grupo de comandantes de bombeiros de várias zonas do país, que deu origem mais tarde à Liga dos Bombeiros Portugueses.

Hoje, a LBP pretende “chamar a atenção” junto do Governo e dos municípios, solicitando a publicação de um “instrumento legal” que permita aos bombeiros terem a “dignidade que qualquer trabalhador deve ter”.

António Nunes afirmou que “a não existência de carreiras faz com que não haja retenção” de bombeiros.

“Se há uma empresa ou se há um serviço que procura uma mão-de-obra que pague mais, naturalmente que os bombeiros ficarão voluntários, mas não assegurarão o serviço diurno, que é aquilo que nos interessa”, realçou o dirigente, ressalvando que as missões de socorro, como o transporte diário de doentes, podem ficar comprometidas.

Pedindo brevidade e ponderação, o presidente da LBP avisou que o “melhor é resolver já os assuntos”, pois “pode haver um momento em que alguém há de tomar atitudes mais drásticas que obrigam a resolver”.

“Sempre foi assim. Quando existe um problema, não vale a pena pensar que esse problema desaparece. Se esse problema não existe, ou quando existe, mais cedo ou mais tarde, ele vai estar em cima da mesa. E, neste momento, os bombeiros começam a ficar saturados. E, portanto, é melhor que antecipadamente se consiga resolver esse problema antes que haja um problema maior”, informou.

No entanto, António Nunes disse estar convencido de que haverá um diálogo com a LBP “por forma a encontrar um mecanismo que satisfaça os bombeiros”, referindo que já foi pedida uma reunião com o Governo, mas ainda não obteve resposta.

“É normal que seja necessário mais algum tempo. Nós daremos mais algum tempo e depois logo veremos. (…) A partir de agora, toda a gente sabe do problema. Portanto, em conjunto, temos a obrigação de o resolver”, vincou.

O presidente da LBP acrescentou que “serão tomadas medidas”, se não houver resposta “daqui a 15 dias ou três semanas”.

As comemorações do 120.º aniversário da fundação da Federação dos Bombeiros Portugueses vão ser presididas pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, pelas 15:45, na sede da LBP, em Lisboa.

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NACIONAL

POLÍCIA: MENORES DE 12 ANOS IDENTIFICADOS COMO CORREIOS DE DROGA

O relatório final da comissão que analisou a delinquência juvenil, divulgado recentemente, refere que as polícias identificaram, nos primeiros 10 meses do ano passado, 64 crianças menores de 12 anos suspeitas de integrarem grupos criminosos, número que tem vindo a aumentar desde 2019.

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O relatório final da comissão que analisou a delinquência juvenil, divulgado recentemente, refere que as polícias identificaram, nos primeiros 10 meses do ano passado, 64 crianças menores de 12 anos suspeitas de integrarem grupos criminosos, número que tem vindo a aumentar desde 2019.

Segundo a Comissão de Análise Integrada da Delinquência Juvenil e da Criminalidade Violenta, a GNR identificou até outubro do ano passado 55 crianças com menos de 12 anos suspeitas de estarem envolvidas em grupos criminosos, enquanto o número de crianças entre os 6 e os 11 anos identificados pela PSP no mesmo período foi de nove.

Em declarações à Lusa, a propósito destes dados, Hugo Guinote, chefe de divisão de Prevenção Pública e Proximidade da Polícia de Segurança Pública, afirmou que estas crianças podem estar envolvidas em vários tipos de grupos: “Se estivermos a falar de um grupo que se dedica ao tráfico de droga, muitas vezes assumem os papéis de estarem a transportar as pequenas quantidades de droga ou de dinheiro”.

Hugo Guinote, que fez parte da comissão criada pelo anterior Governo para analisar a delinquência juvenil, avançou que há também menores de 12 anos que cometem outros crimes, designadamente roubos e furtos, sobretudo “a outras crianças mais ou menos da mesma idade”, o que está “preocupar bastante” a polícia.

“Aqui já não estamos a falar do mesmo tipo de organização criminosa [como a do tráfico de droga]. Estamos a falar de uma criminalidade grupal que não é propriamente um grupo com um caráter organizatório. Estes miúdos acabam por estar em grupo a cometer alguns crimes, mas não são um grupo muito grandes”, precisou.

O oficial da PSP sublinhou igualmente que alguns destes jovens referenciados pela polícia e que praticam atos qualificados como crime têm armas brancas.

“Estas crianças estão todas em situação de perigo”, disse, referindo que a PSP comunica “de imediato a situação” ao tribunal de família e menores, que pode decidir por retirar a guarda aos pais e colocá-los em instituições de apoio socais de apoio a crianças, que fazem parte maioritariamente da rede da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ).

Hugo Guinote esclareceu que, como se trata de crianças com menos de 12 anos, os tribunais não enviam estes jovens para os centros de acolhimento.

“O menor de 12 anos é sempre considerado vítima e, por isso, são acionadas as respostas da rede de proteção”, frisou, esclarecendo que “felizmente os menores de 12 anos envolvidos em crimes são situações raras”.

Segundo o oficial da PSP, estas crianças vivem, de um modo geral, com as famílias e vão à escola.

“Muitas vezes, quem toma conta destas crianças não são os pais (…). Os pais sujeitam-se a horários de trabalho prolongados durante o dia, estão ausentes de casa e estas crianças acabam, quando saem da escola, não tendo quem tome conta delas no agregado familiar, ou ficam entregues a outros parentes ou então ficam entregues a si próprios”, disse.

Contactada pelo Lusa, a CNPDPCJ escusou-se em avançar dados sobre as crianças sinalizadas pelas comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ), justificando com “motivos de reserva e confidencialidade”.

“As Comissões de proteção de Crianças e Jovens trabalham os seus processos de promoção e proteção de forma individual e utilizando todos os meios da comunidade e condições necessárias para o efeito. A execução dos Planos Locais dos Direitos das Crianças, e intervenção articulada com as entidades com competência em matéria de infância e juventude. Quanto mais a comunidade estiver atenta e dinâmica, menos situações de eventual delinquência juvenil surgirão”, indica a comissão.

O último relatório disponível desta entidade, referente a 2022, indica que as CPCJ atuaram, nesse ano, em pelo menos 20 casos em que crianças com menos de 12 anos praticaram “factos qualificados pela lei penal como crime”.

O relatório da comissão que analisou a delinquência entre os jovens indica também que os números da delinquência juvenil atingiram em 2023 os valores mais elevados desde 2015, enquanto a criminalidade grupal não era tão elevada desde 2013.

Hugo Guinote deu conta que a maioria dos jovens delinquentes tem entre 12 e 16 anos, pratica sobretudo crimes de roubo e ofensas à integridade física e recorrerem a armas, maioritariamente branca.

Segundo descreveu este responsável, a delinquência juvenil é maioritariamente nas zonas metropolitanas de Lisboa e Porto, existindo algumas situações em Setúbal e Faro.

“Estão todos em idade escolar e muitas vezes vão à escola. Eles não deixam de ir à escola, só que depois quando estão fora da escola, acabam por se entregar a atividades marginais e à prática de crime. São sobretudo crimes contra a propriedade, mas que depois, fazendo uso da violência, acabam por se transformar em crimes contra a integridade física em que roubam para ter dinheiro ou artigos que as pessoas têm na sua posse, como telemóveis e roupas”, explicou.

Para combater este fenómeno, a PSP tem vindo a organizar nas escolas várias ações de sensibilização tendo “os resultados sido bastante positivos” com uma diminuição significativa do número de ocorrências com armas no espaço escolar.

No entanto, realçou, muitos dos crimes acontecem fora do espaço escolar, estando a polícia a direcionar agora o esforço para as ações de fiscalização no âmbito dos convívios noturnos e nos locais onde estes jovens se podem juntar e onde há um maior potencial de conflito.

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