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HOMEM QUE VIOLOU E MATOU A PRÓPRIA MÃE CONDENADO A 25 ANOS

O homem de 46 anos julgado no Tribunal da Comarca da Madeira pelos crimes de violação na forma agravada e homicídio qualificado da mãe foi hoje condenado a 25 anos de prisão, a pena máxima permitida em Portugal

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O homem de 46 anos julgado no Tribunal da Comarca da Madeira pelos crimes de violação na forma agravada e homicídio qualificado da mãe foi hoje condenado a 25 anos de prisão, a pena máxima permitida em Portugal. O arguido foi julgado pela prática de um crime de ofensa à integridade física qualificada, um de violação na forma agravada, um de homicídio qualificado, um de tráfico de estupefacientes e um de roubo.

O homem foi condenado a um total de 36 anos e meio de prisão, tendo em cúmulo jurídico sido sentenciado a 25 anos.

Os factos ocorreram a 25 de Março do ano passado e, segundo a acusação do Ministério Público, o homem atacou a sua mãe na residência da vítima, na freguesia do Arco da Calheta, na zona oeste da ilha da Madeira.

O julgamento começou em 30 de Janeiro e as audiências decorreram à porta fechada na Instância Central do Funchal.

O colectivo presidido pela juíza Teresa Miranda condenou-o a 22 anos pelo crime de homicídio qualificado pelo facto de “a vítima ser a própria mãe” e a 10 ano pelo crime de violação, um ato que ocorreu enquanto a mulher ainda estava viva.

O tribunal decidiu desagravar o crime de roubo do qual estava também acusado, “por desconhecer qual o valor de bens de que se apropriou”, condenando-o a 10 anos por este ilícito e a mais um ano e meio pelo de tráfico, também simples.

Apesar de o arguido responder pela prática de ofensa à integridade física qualificada, o tribunal não o considerou autónomo dos de homicídio e violação.

A juíza afirmou que, exercendo esta profissão há cerca de 30 anos, nunca tratou de nada “tão horrível quanto isto”.

“Isto não tem justificação. É demasiado repugnante e horroroso”, complementou Teresa Miranda, considerando ser “inimaginável que isto aconteça”.

No seu entender, tendo em conta a prova disponível, “não há nada que mitigue” a culpa do arguido, que foi ainda declarado “indigno” de receber a sua parte da herança da mãe.

O homem foi também condenado ao pagamento de 60 mil euros de indemnização cível – 15 mil a cada um dos irmãos -, valor que o tribunal considerou “uma quantia justa e adequada”.

Durante o julgamento, o tribunal apurou que o homem vivia num anexo da casa da mãe, provavelmente porque “já estava cansada do rumo” que o filho tinha dado à sua vida, sendo-lhe vedado o acesso ao interior da habitação.

No entanto, o homem pernoitava na mesma casa desde que havia regressado do Reino Unido, onde esteve emigrado, no dia 11 do mês de março de 2017.

No dia 25, o arguido foi trabalhar no terreno de um amigo, recebeu dinheiro e esteve a beber, tendo chegado a casa “manifestamente embriagado”.

Também ficou provado que “deu socos” e facadas em várias partes do corpo da mãe com uma faca de cozinha, e manteve relações sexuais com a progenitora “com ela ainda viva”, tendo acabado por lhe tirar a vida por “asfixia mecânica”.

Além disso, apoderou-se do telemóvel e dos brincos, que “lhe arrancou das orelhas”.

A vítima tinha 79 anos e o filho, depois de ter sido ouvido em interrogatório judicial, em 28 de Março de 2017, ficou em prisão preventiva a aguardar julgamento.

O advogado dos outros filhos da vítima, Artur Baptista, considerou que “se fez justiça”. Quanto à advogada do arguido, Etelvina Gomes, não se quis pronunciar sobre a sentença sem ler o acórdão.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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