REGIÕES
ICOMOS DIZ QUE PROSPEÇÃO NO DOURO É UMA “AGRESSÃO IRREVERSÍVEL”
O ICOMOS, Conselho Internacional da UNESCO, considera que os projetos de prospeção de minérios no Alto-Douro Vinhateiro (ADV) são uma “agressão irreversível” àquele Património Mundial, implicando proibir a cultura da vinha e perder a classificação de Património Mundial.
O ICOMOS, Conselho Internacional da UNESCO, considera que os projetos de prospeção de minérios no Alto-Douro Vinhateiro (ADV) são uma “agressão irreversível” àquele Património Mundial, implicando proibir a cultura da vinha e perder a classificação de Património Mundial.
Num documento a que a Lusa teve hoje acesso, o ICOMOS destaca que prospeção “implica a proibição da cultura da vinha”, cuja “presença secular” é “elemento central da classificação” do ADV, pelo que não faz sentido “a manutenção da classificação de um território que deixará de existir como uma unidade”.
No “Alerta Património Mundial”, o ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, diz que “o licenciamento de qualquer tipo exploração do subsolo não interessa ao ADV nem tão pouco se considera que seja do interesse público abdicar-se de referências patrimoniais e culturais em favor de um interesse económico particular estranho ao bem”.
A concederem-se os direitos de prospeção de minérios, “estarão em perigo várias áreas de singular importância paisagística, nomeadamente na zona de foz Tua (ambas as margens do Douro), no planalto de Favaios, nas encostas do Castedo, ou a secular Quinta do Vale Meão”, alerta.
De acordo com o ICOMOS, o Estado “deveria ter já apresentado relatório de avaliação de impacte patrimonial quanto à intenção de atribuição desta concessão”, prevista em Diário da República para os concelhos de Alijó, Carrazeda de Ansiães, S. João da Pesqueira, Sabrosa, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa.
O ICOMOS recomenda “a abertura de audiência pública urgente a toda a população que diretamente tem interesse nas ações de salvaguarda, conservação e valorização do bem”.
Referindo-se à “informação disponibilizada” o ICOMOS diz desconhecer “se o Estado Português terá comunicado à UNESCO, nomeadamente ao Comité do Património Mundial, esta intenção de concessão”.
Tendo em conta a “Convenção do Património Mundial, compete ao Comité, em cooperação com os Estados parte, zelar pelo estado de conservação dos bens inscritos na Lista do Património Mundial”, descreve a organização não-governamental (ONG), consultora do Comité do Património Mundial da UNESCO.
A avaliação surge por estar “em fase de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ouro, prata, chumbo zinco, cobre, lítio, tungsténio, estanho e outros depósitos de minerais ferrosos e minerais metálicos associados”.
De acordo com o ICOMOS, “uma substancial parte dos projetos em causa são para a área do ADV e para a zona especial de proteção”.
“O ICOMOS Portugal considera que estes projetos constituem uma agressão ao bem acarretando uma modificação irreversível dos valores paisagísticos e culturais”, refere.
Para a ONG, avançar com a prospeção “significa uma alteração permanente da paisagem, já que são necessários trabalhos que implicam perdas do coberto vegetal, cuja reposição levará décadas em alguns casos, sendo impossível em outros, dada a alteração dos perfis do solo”.
“Por outro lado, implica a proibição da cultura da vinha, cujos processos de mobilização do solo são incompatíveis com o equipamento a instalar”, alertam.
“Ora, o elemento central da classificação do ADV é precisamente a presença secular da vitivinicultura neste território, não fazendo sentido a manutenção da classificação de um território que deixará de existir como uma unidade”, concluem.
O ICOMOS lembra que o ADV é uma área de 24.600 hectares, representativos da Região Demarcada do Douro, “a mais antiga região vitícola demarcada e regulamentada do mundo”.
Publicados em Diário da República em abril e maio, os avisos para vários concelhos dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu têm como requerente a empresa Fortescue Metals Group Exploration.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
MATOSINHOS: ESCOLA GONÇALVES ZARCO EVACUADA DEVIDO A QUEDA DE ÁRVORE
A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.
A chuva intensa e o vento forte que se fizeram sentir no Grande Porto ao início da manhã provocaram inundações e diversas quedas de árvores, designadamente em Matosinhos, onde por precaução a Escola Secundária Gonçalves Zarco foi evacuada.
Em declarações à Lusa, fonte das Relações Públicas do Comando Metropolitano da PSP do Porto disse que uma árvore caiu sobre a vedação daquela escola e provocou danos em viaturas estacionadas.
Segundo a fonte, não há vítimas, mas, uma vez que a escola é rodeada por árvores, foi decidido evacuar o estabelecimento de ensino como medida de precaução.
Ainda em Matosinhos, cerca das 08:20, uma árvore caiu sobre a linha do metro, junto à estação de Pedro Hispano, obrigando à interrupção da circulação até cerca das 08:40.
Neste concelho, há ainda a registar inundações, nomeadamente da via pública, e a queda de telhas sobre viaturas estacionadas.
No concelho do Porto, além de inundações, registou-se a queda de um telhado, na rua Silva Porto, na freguesia da Paranhos, que obrigou ao corte da via durante os trabalhos de remoção.
Neste caso, registaram-se também danos numa viatura estacionada.
A circulação na Linha ferroviária de Guimarães, entre as estações de Santo Tirso e Guimarães, encontra-se suspensa devido à queda de uma árvore, divulgou a empresa de transporte.
Numa nota na sua página oficial do Facebook, publicada pelas 09:30, a CP — Comboios de Portugal alerta para a situação ocorrida, sem dar mais pormenores.
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