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NACIONAL

INCÊNDIOS: NÚMERO DE FOGOS MAIS BAIXO DA DÉCADA, MAS ÁREA ARDIDA FOI TERCEIRA MAIOR

O número de incêndios rurais registou em 2024 o valor mais baixo da década, enquanto a área ardia foi a terceira maior, totalizando este ano 135.058 hectares, a maioria consumida pelos fogos de setembro, foi hoje divulgado.

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O número de incêndios rurais registou em 2024 o valor mais baixo da década, enquanto a área ardia foi a terceira maior, totalizando este ano 135.058 hectares, a maioria consumida pelos fogos de setembro, foi hoje divulgado.

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) avança num relatório hoje publicado que entre 01 de janeiro e 30 de setembro de 2024 deflagram 6.319 incêndios rurais que resultaram em 135.058 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (79.111 ha), matos (42.349 ha) e agricultura (13.598 ha).

“Comparando os valores do ano de 2024 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 43% de incêndios rurais e mais 65% de área ardida relativamente à média anual”, indicam os dados provisórios do ICNF, frisando que “o ano de 2024 apresenta, até ao dia 30 de setembro, o valor mais reduzido em número de incêndios e o terceiro valor mais elevado de área ardida, desde 2014”.

O documento destaca que setembro é o mês com maior número de incêndios, com um total de 2.048 incêndios, o que corresponde a 32% dos fogos registados este ano.

Também foi em setembro que as chamas consumiram a maior área ardida, 124.739 ha, correspondendo a 92% do total de área ardida do ano, segundo os dados provisórios do ICNF.

Apesar de o relatório não focar especificamente os incêndios da terceira semana de setembro, foi entre 16 e 20 desse mês que se registaram nas regiões norte e centro do país o maior número de fogos e área ardida, além de terem provocado nove mortes, queimado casas e destruídos terrenos agrícolas.

Nessa semana de setembro, o país passou dos melhores valores de área ardida da década para o terceiro pior desde 2014, sendo apenas ultrapassado em 2017 (563.000 hectares) e 2016 (165.000).

O ICNF dá conta que o maior incêndio do ano deflagrou em 16 de setembro no concelho de Castro Daire (Viseu) e consumiu 18.369 hectares, seguido do fogo no concelho de Vila Nova de Paiva (Viseu), que também começou em 16 de setembro e totalizou 14.327 hectares.

Nos terceiro e quarto lugares dos maiores incêndios estão os dois fogos que se registaram no concelho de Sever do Vouga, com 15.186 hectares de área ardida, estando também em destaque os incêndios em Penalva do Castelo (Viseu), que consumiu 7.071 hectares, em Nelas (Viseu), com 6828 hectares, em Baião (Porto), com 6.503 ha, e Oliveira de Azeméis (Aveiro), com 6.170 ha.

“Da análise por distrito, destacam-se com maior número de incêndios, e por ordem decrescente, os distritos de Porto (1.413), Braga (676) e Viana do Castelo (601). Em qualquer dos casos, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão”, lê-se no relatório.

O ICNF sublinha que o distrito mais afetado em área ardida é Viseu com 49.163 hectares, cerca de 36% da área total ardida, seguido de Aveiro com 28.079 hectares (21% do total) e do Porto com 20.255 hectares (15% do total).

O ICNF indica também que cerca de um terço dos incêndios teve como causa este ano o “incendiarismo – imputáveis” e 26% queimas e queimadas.

Do total de 6.319 incêndios rurais verificados este ano, 4.438 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído, tendo a investigação permitido a atribuição de uma causa a 3.246, de acordo com o relatório.

O INCF indica ainda que 30% dos incêndios deste ano corresponderam aos níveis de severidade meteorológica elevada, ou sejam dias tendencialmente com temperaturas elevadas, vento forte, ausência de precipitação e humidade relativa baixa.

Os dados do ICNF são diferentes dos avançados pelo sistema europeu Copernicus, que indicam que os incêndios florestais de setembro consumiram cerca de 135.000 hectares em seis dias, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares.

Este ano a época de fogos ficou ainda marcada pela queda, em 30 de agosto, de um helicóptero de combate a incêndios no rio Douro, que provocou a morte a cinco militares da GNR que faziam parte da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro.

NACIONAL

CCPJ: NOVOS ELEITOS APÓS MANDATO “IMPOPULAR” DE LICÍNIA GIRÃO

A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.

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A Lista A elegeu esta quarta-feira quatro representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), com 143 votos, tendo-se ainda registado 22 votos brancos.

Em comunicado, a CCPJ divulgou terem sido eleitos para o exercício efetivo do mandato para o próximo triénio os jornalistas Alexandra Correia (Visão), Paulo Agostinho (Lusa), Mariana Oliveira (Público) e Alexandra Inácio (JN).

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, avançou com várias linhas programáticas sob o mote: “Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas”.

“A lista A quer ser representativa da classe e é composta por jornalistas ligados a diversos órgãos de comunicação social, com percursos profissionais que refletem a diversidade dos meios e de diferentes grupos empresariais de comunicação social”, lê-se na apresentação da lista, que integrou jornalistas que se estreiam na CCPJ.

A eleição dos representantes dos jornalistas decorreu através de voto eletrónico, entre o dia 20 e esta quarta-feira, e presencialmente, ao longo desta quarta-feira.

As entidades empregadoras nomeiam mais quatro jornalistas para um plenário, que vai eleger o presidente do organismo.

Em outubro, três membros da CCPJ renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade a que a Lusa teve acesso.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou no final do mês de outubro do ano passado a renúncia após reunião do plenário da CCPJ.

Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

“Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considerou que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido um enorme equívoco”, explicando as razões da sua renúncia.

“Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos”, rematou.

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POLÍCIA JUDICIÁRIA INVESTIGA CARTAS COM PÓ SUSPEITO ENVIADAS A VÁRIAS INSTITUIÇÕES

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.

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A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que está a investigar, após um pedido da PSP, a origem de várias cartas com um pó suspeito no interior enviadas a instituições e órgãos de soberania.

A PJ referiu em comunicado que “face aos factos, encontra-se a investigar, em estreita articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Guarda Nacional Republicana (GNR), a origem dos vários subscritos enviados, com idêntica missiva e conteúdo”.

Fonte policial adiantou à Agência Lusa que as cartas foram enviadas à Assembleia da República, presidência do Conselho de Ministros, Campus XXI (a designação da nova sede do Governo), Ministério da Administração Interna e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

“A investigação destina-se a identificar a origem e autoria das cartas, bem como a natureza da substância incluída nas mesmas”, adiantou a PJ no comunicado.

A direção nacional da PSP informou também em comunicado que “hoje, pelas 14:40, respondeu a diversas chamadas de remessa de envelopes suspeitos, designadamente para alguns órgãos de soberania e entidades públicas”.

A PSP adiantou que, através do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa, “reagiu de imediato com equipas especializadas, treinadas e capacitadas para este tipo de ameaça, tendo tido a colaboração da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Judiciária e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.

Não houve danos materiais nem lesões pessoais a registar, sublinhou a PSP.

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