Ligue-se a nós

INTERNACIONAL

INFLAÇÃO MUNDIAL DE 8,1% FOI A MAIS ELEVADA NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

O mundo registou em 2022 o mais elevado nível de inflação dos últimos 20 anos, com uma subida média de 8,1%, estimando-se que abrande em 2023, segundo um estudo do Economist Intelligence Unit (EIU).

Online há

em

O mundo registou em 2022 o mais elevado nível de inflação dos últimos 20 anos, com uma subida média de 8,1%, estimando-se que abrande em 2023, segundo um estudo do Economist Intelligence Unit (EIU).

No inquérito esta quinta-feira divulgado desta organização ligada à revista Economist, a subida de preços entre setembro de 2021 e setembro deste ano foi a mais acelerada desde pelo menos 2002, quando este estudo começou a ser realizado.

O estudo — que analisou um pacote de preços de mais de 200 produtos em 172 grandes cidades em mais de 90 países — atribui esta rápida aceleração da inflação aos efeitos de continuadas restrições de produção na China devido à pandemia de Covid-19 e às consequências da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro passado.

O relatório do EIU antecipa que, em 2023, a subida de inflação abrande, dos 8,1% de 2022 para 6,6%, embora reconheça a existência de muitas variáveis geopolíticas incertas, que podem alterar esta estimativa.

A subida do preço do litro de gasolina, que em média global atingiu os 22%, contribuiu de forma decisiva para estes números recorde, ao lado das subidas dos preços do gás e da eletricidade, que atingiram em média 29% no período analisado.

A inflação na área da alimentação e dos bens domésticos também ficou em níveis muito elevados, refletindo restrições na produção e no comércio a nível global, de acordo com o estudo do EIU.

Este ano, e pela primeira vez, Nova Iorque é considerada a cidade mais cara do mundo, empatada no ranking do EIU com Singapura, que tem este estatuto há oito anos consecutivos.

Damasco (Síria) e Tripoli (Líbia) são as cidades mais baratas do mundo entre o lote de 172 analisadas por este estudo.

A cidade que assistiu a uma maior inflação este ano foi a capital da Venezuela, Caracas, com uma subida de preços de 132%, apesar da hiperinflação venezuelana estar a abrandar há várias semanas.

Outras cidades com níveis elevados de inflação foram Istambul (Turquia), Buenos Aires (Argentina) e Teerão (Irão), num estudo que este ano excluiu da lista analisada a capital da Ucrânia, Kiev, por incapacidade de analisar com rigor os seus dados, devido à invasão russa.

A nível de continentes, a Europa ocidental ficou acima da média global, com uma subida de preços de 9,9% (que foi atenuada pela desvalorização do euro), e a Europa oriental atingiu uma inflação de 13,5%, afetada particularmente pela guerra na Ucrânia.

Zurique é a cidade mais cara da Europa, logo seguida por uma outra cidade suíça, Genebra.

Ainda em termos regionais, o Médio Oriente tem um nível de inflação mais baixo, com 4,7%, e os países africanos revelam muitas assimetrias, atingindo, no seu todo, uma subida de preços média de 7,8%.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

Online há

em

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

LER MAIS

INTERNACIONAL

PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

Online há

em

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

LER MAIS

MAIS LIDAS