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NACIONAL

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AFECTA MEIO MILHÃO DE PORTUGUESES

Cerca de meio milhão de portugueses tem insuficiência cardíaca, doença que está a aumentar e é responsável por duas a três vezes mais mortes do que o cancro da mama e do cólon, segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

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Cerca de meio milhão de portugueses tem insuficiência cardíaca, doença que está a aumentar e é responsável por duas a três vezes mais mortes do que o cancro da mama e do cólon, segundo a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

Na véspera do Congresso Português de Cardiologia, que decorre em Vilamoura entre os dias 27 e 29 de abril, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta para o aumento dos casos de insuficiência cardíaca, sobretudo por causa do envelhecimento da população.

De acordo com a SPC, no caso da insuficiência cardíaca, o número de mortes pode aumentar em 73% em 2036 e a carga da doença, que engloba os anos de vida perdidos por morte e incapacidade, vai crescer 28% relativamente a 2014.

Em declarações à Lusa, o novo presidente da SPC, Vitor Gil, diz que, apesar dos dados divulgados esta semana, que indicam uma falta de conhecimento dos sintomas da doença por grande parte da população, os portugueses identificam os sintomas e procuram um médico, mas por vezes associam mais à idade do que à insuficiência cardíaca.

“A falta de ar e o cansaço levam as pessoas a procurarem o médico, podem é não chamar insuficiência cardíaca a isso”, afirma Vitor Gil, que defende que é preciso aumentar a literacia e, sobretudo, facilitar o acesso aos cuidados de saúde necessários.

“Tentar aumentar literacia é extremamente importante, mas tão importante ou mais é facilitar o acesso das pessoas. É frequente haver pessoas que estão preocupadas e não têm acesso imediato ao especialista ou até ao médico de família”, afirmou.

O responsável reconhece que a insuficiência cardíaca tem vindo a aumentar como consequência do envelhecimento gradual da população: “Temos de perceber que os corações envelhecem e que chega a uma altura que começam a dar manifestações”.

Vitor Gil sublinha ainda que além de ser importante alertar as pessoas para os sintomas de alerta — cansaço, falta de ar ou inchaço nas pernas -, é fundamental fazer o diagnóstico certo: “Nem todos os que se cansam e têm pernas inchadas têm insuficiência cardíaca”.

Destaca também a necessidade de tratar adequadamente os fatores de risco, afirmando que, por exemplo, na hipertensão Portugal está longe dos objetivos terapêuticos: “Há muita gente a tomar medicamentos, mas a percentagem de doentes efetivamente controlados está longe do que gostaríamos de atingir”.

O novo presidente da SPC defende igualmente uma melhor estratégia de ligação entre hospitais e cuidados de proximidade. Diz que na fase inicial o cardiologista deve ser envolvido, mas quando o doente estabiliza pode e deve ser seguido nos cuidados de proximidade.

“É preciso uma estratégia multidisciplinar e de colaboração porque os doentes não são de ninguém, nem do cardiologista, nem do clínico geral. O doente deve ser seguido de acordo com a sua situação na altura”, afirma, frisando que é preciso também fomentar a colaboração institucional entre centros de saúde e hospitais.

“Estimula-se que os médicos de família enviem doentes para os hospitais, mas pedir aos médicos de família para fazerem exames auxiliares de diagnóstico em ambulatório não é encorajado porque os orçamentos são diferentes. Isso facilitaria muito a vida dos hospitais, porque aliviava a carga dos exames auxiliares de diagnóstico em doentes de ambulatório”, concluiu.

No congresso que decorre entre sábado e segunda-feira, a SPC vai promover, no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, um treino com 12.000 pessoas em Suporte Básico de Vida para sensibilizar a população para a morte súbita.

A estimativa da SPC é que se perdem 32 vidas por dia por morte súbita cardíaca em Portugal. Das 12.000 vítimas de paragem cardíaca, apenas 360 sobrevive. É como se todos os meses caíssem quatro aviões com cerca de 236 vítimas mortais cada.

“Porque ser reanimado é um direito cívico, porque não podemos ter a nossa vida vetada à sorte e porque salvar vidas pode estar nas nossas mãos, aprender Suporte Básico de Vida (SBV) é um passo para não vivermos com ‘o coração nas mãos'”, refere a SPC.

LUSA

NACIONAL

25 DE ABRIL: HÁ 17 RUAS EM PORTUGAL COM O NOME DE “OLIVEIRA SALAZAR”

As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

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As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

De entre estradas, avenidas, ruas, vias, travessas, azinhagas, alamedas, praças, largos, escadas, calçadas, becos, terreiros, pracetas, pontes e bairros, permanecem no espaço público largas centenas de topónimos de protagonistas do Estado Novo, de acordo com a base de dados dos CTT — Correios de Portugal facultada à agência Lusa, embora Humberto Delgado ou Aristides de Sousa Mendes também fiquem como símbolos de resistência na ditadura.

Sobrevivendo à iniciativa de apagar a ideologia e memórias de 48 anos de ditadura, após o 25 de Abril de 1974, pelo menos 17 ruas mantêm o nome de António de Oliveira Salazar, que governou entre 1932 e 1968, primeiro como ministro das Finanças e depois como presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro).

Em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, o ditador que nasceu na antiga freguesia de Vimieiro dá nome a avenida (e apelido a escola), em Armamar, no mesmo distrito, destaca-se com outra avenida, praça e travessa, em Castelo Branco e Leiria, com duas ruas, e Ansião (Leiria), Cadaval (Lisboa), Carregal do Sal e Penodono (Viseu), Odemira (Beja), Santo Tirso (Porto), Tomar (Santarém), Vila Flor (Bragança), Vila Nova de Gaia (Porto), na maioria com uma rua cada.

Na cadeira de Salazar sucedeu Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do Estado Novo, que se rendeu no Quartel do Carmo na “revolução dos cravos”, com 16 placas, de quatro ruas em Pombal, em distintos lugares ou freguesias, e um beco em Peniche, no distrito de Leiria, duas ruas e largo em Cadaval, avenida e largo na Maia (Porto), largo em Arganil (Coimbra), travessa em Penalva do Castelo (Viseu), e ruas em Rio Maior e Tomar (Santarém) e Cascais e Sintra (Lisboa).

O último Presidente da República do Estado Novo, Américo Tomás, almirante apelidado pelo povo de “corta-fitas”, dá nome a avenida na Covilhã (Castelo Branco), e ruas de Celorico da Beira (Guarda), Ferreira do Zêzere (Santarém), e Cadaval e Loures (Lisboa).

O marechal Francisco Craveiro Lopes, Presidente da República entre 1951 e 1958, figura em 16 placas de duas ruas em Loures e em Odivelas (Lisboa), avenidas em Vendas Novas (Évora), Cascais e Lisboa, e rua em Almeirim, Santarém, Bragança, Castelo Branco, Mirandela (Bragança), Peniche, Ponte de Sor (Portalegre), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Vila Nova de Gaia.

O general Óscar Carmona, chefe de Estado entre 1926 e 1951, soma 41 referências toponímicas, de avenidas em Cascais (duas e uma rua), em Chaves (Vila Real), Santa Comba Dão, Tabuaço (Viseu) e Vila Flor, e ruas também nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu.

Carmona dá ainda nome a praças em Alcanena e Entroncamento (Santarém), Castelo Branco e Felgueiras (Porto), a largos em Anadia (Aveiro), Fronteira (Portalegre), Leiria e Odivelas, e uma ponte em Vila Franca de Xira (Lisboa).

O marechal Gomes da Costa, monárquico que foi Presidente da República em 1926, deposto por um golpe liderado por Carmona, possui 35 topónimos, e Carrazeda de Ansiães (Bragança) lidera em número, com duas ruas e uma travessa, seguindo-se Almeirim com duas ruas, ou Nisa (Portalegre) e Portimão (Faro) com uma rua e uma travessa cada.

O nome do marechal está também patente em avenidas de Oeiras, Lisboa, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Porto, assim como em ruas da Horta (Açores) e municípios dos distritos de Beja, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Viseu, Santarém ou Setúbal.

O escritor e jornalista António Ferro dá nome a rua e praceta em Cascais, a ruas em Amadora (Lisboa), Matosinhos, Portalegre e Portimão e praceta em Oeiras.

Pelo menos 72 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real têm o nome de Duarte Pacheco, engenheiro que foi ministro das Obras Públicas e responsável por projetos como o aeroporto de Lisboa e a Ponte Salazar, rebatizada Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada.

O cônsul português em França Aristides de Sousa Mendes, que concedeu à revelia de Salazar vistos a judeus, que fugiam ao exército alemão nazi, na Segunda Guerra Mundial, regista 63 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança. Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu.

O general Humberto Delgado, que tentou derrubar o regime salazarista através de eleições, possui 448 topónimos, com destaque para Sintra, com 17 placas em quatro avenidas, nove ruas, duas pracetas e duas travessas, em distintos lugares ou freguesias, seguido de Loures, com 16, dos quais 12 ruas, dois largos e uma praça.

Além da toponímia, figuras do Estado Novo estão ainda presentes na estatuária ou na ponte e viaduto Duarte Pacheco, em Penafiel e Lisboa, respetivamente.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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