INTERNACIONAL
ISABEL DOS SANTOS “DESLIGA” A SIC EM ANGOLA
A distribuidora de televisão Zap, detida por Isabel dos Santos, deixou de emitir em Angola canais da portuguesa SIC devido aos “onerosos custos de pagamento dos serviços feitos em moeda estrangeira”, informou hoje a associação de consumidores angolanos.
A distribuidora de televisão Zap, detida por Isabel dos Santos, deixou de emitir em Angola canais da portuguesa SIC devido aos “onerosos custos de pagamento dos serviços feitos em moeda estrangeira”, informou hoje a associação de consumidores angolanos.
A informação consta de um comunicado da Associação Angolana dos Direitos do Consumidor (AADIC), enviado à Lusa, no qual a organização refere que a operadora assumiu estar a ter “dificuldades em pagar os seus fornecedores em moeda estrangeira para manter os conteúdos estrangeiros na sua grelha”.
“Tudo em função da conjuntura económica e financeira que se vive no país, pois como se referiu esta, os pagamentos são feitos em moedas estrangeiras, o que manifestamente tem criado grandes dificuldades que os coloca na condição de devedor”, lê-se no comunicado.
No comunicado, com “esclarecimentos” da AADIC sobre o acordo de resolução extrajudicial com a Zap e DStv, precisamente sobre a retirada, pelas duas operadoras, dos canais SIC Notícias e SIC Internacional África, aquela associação refere que os argumentos da Zap “não iliba a operadora de faltar com o compromisso estabelecido com os consumidores subscritores daquela plataforma”.
“Outrossim tem a ver com a quebra do contrato de forma unilateral, sem aviso prévio aos consumidores, quando muitos deles, sublinhe-se, já tinham subscrições pagas para um ou mais meses”, refere o documento.
Apesar da compensação que a Zap alega ter feito aos seus clientes, com outras alterações na grelha, a AADIC faz alusão a Lei do Consumidor para considerar que a operadora “incorreu numa prática de vício de qualidade”.
“E não de quantidade, ou seja, ainda que a Zap retirasse da grelha de programas cinco canais e introduzisse cinquenta, seria no âmbito das suas faculdades e não em sentido obrigatório, ao passo que a retirada de serviços já contratados é uma violação ao direito do consumidor”, esclarece a nota.
Ainda de acordo com o documento, assinado pelo vice-presidente da AADIC, Lourenço Texe, a associação recomendou a distribuidora que se pronunciasse publicamente e de forma pormenorizada, tal como esclareceu à associação, sobre como compensou os seus clientes.
“Onde plasmasse toda informação pormenorizada e esclarecedora fornecida à AADIC no encontro entre as partes, isto para dizer, por conseguinte, que por imperativo legal quem deve provar que compensou ou ressarciu os consumidores ofendidos é a Zap em obediência ao princípio da inversão do ónus da prova”, refere a nota.
Assim, sublinha o documento a AADIC “recomenda” e aconselha a todos os consumidores que tenham contrato com aquela operadora que se sintam “lesados” que “apresentem as suas reclamações junto da Zap para que esta possa solucionar todas inquietações relativas a matéria em apreço”.
Em relação à DStv, outra operadora em Angola, que também excluiu da sua grelha canais da portuguesa SIC, diz o comunicado, “foi feita a mesma recomendação”, pelo facto de também “incorrer no mesmo vício de qualidade apesar da mesma alegar apenas interrupção e não retirada dos canais da SIC”.
“Porque a DSTV alega que os canais não foram retirados mais sim houve uma interrupção temporária com a perspetiva de serem novamente reintroduzidos na grelha de conteúdos todos os canais a qualquer momento, sem contudo explicar para quando essa reintrodução do pacote e quanto tempo de suspensão, sendo muito vago o fundamento da questão financeira”, acrescenta.
A Lusa noticiou a 27 de Julho que AADIC pediu aos clientes da Zap para contactarem directamente aquela operadora, para serem ressarcidos, no quadro da negociação extrajudicial, pela exclusão de canais do grupo português SIC.
Em Junho, a empresária Isabel dos Santos, que detém a distribuidora angolana de televisão por subscrição Zap, escreveu nas redes socais que “a SIC é muito cara” e que a exclusão dos canais daquele grupo português era uma decisão comercial.
Desde 05 de Junho, também a operadora de televisão por subscrição Multichoice, através da plataforma internacional DStv, deixou de transmitir os canais SIC Notícias e SIC Internacional África em Angola.
Esta decisão é semelhante à tomada anteriormente pela Zap, outra das duas operadoras generalistas em Angola, que em 14 de Março interrompeu a difusão dos canais SIC Internacional e SIC Notícias nos mercados de Angola e Moçambique, o que aconteceu depois de o canal português ter divulgado reportagens críticas ao regime de Luanda.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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