Ligue-se a nós

ECONOMIA & FINANÇAS

JOVENS NEM COMPRAM NEM ALUGAM CASA

A maioria dos jovens em Portugal não consegue arrendar ou comprar casa devido aos empregos precários e a um mercado de habitação com preços muito elevados, segundo um relatório da Cáritas Europa, que é divulgado hoje em Lisboa.

Online há

em

A maioria dos jovens em Portugal não consegue arrendar ou comprar casa devido aos empregos precários e a um mercado de habitação com preços muito elevados, segundo um relatório da Cáritas Europa, que é divulgado hoje em Lisboa.

“Os preços da habitação em Portugal, quando comparados com a média dos valores dos rendimentos, são desproporcionados. Os jovens precisam de um futuro”, refere o estudo, que descreve os principais desafios relacionados com a pobreza e a exclusão social entre os jovens em Portugal.

O desemprego, os empregos precários, os contratos irregulares e os baixos salários fazem com que seja “muito difícil” um jovem conseguir suportar os custos de habitação, alerta o documento.

“Assim sendo, os jovens não se comprometem com o arrendamento ou compra de habitação”, salienta o documento, que destaca um estudo do Núcleo de Observação Social da Cáritas Portuguesa (NOS), segundo o qual “a situação da habitação tornou-se incontrolável”, apesar de algumas medidas implementadas.

Segundo o estudo, o preço das casas antigas sofreu um novo aumento (9,2%), mais elevado que o preço das casas novas (3,5%) subindo em média 7,1% em 2016 e 7% apenas no primeiro trimestre de 2017”.

A maioria das habitações sociais precisa de obras, estimando-se que os custos superem os 50 milhões de euros, refere o documento, observando ainda que a oferta de casa para os grupos mais vulneráveis “praticamente desapareceu”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, adiantou que “a autonomia dos jovens é adquirida cada vez mais tarde”.

“A autonomia passa muitas vezes por uma vida independente que é ter habitação própria e os jovens com o dinheiro que auferem não têm acesso à habitação, as rendas são muito elevadas”, disse Eugénio Fonseca, sublinhando que, nos últimos anos, o valor das rendas em bairros antigos aumentou 20%.

Para ultrapassar este problema, o relatório recomenda aos decisores políticos que facilitem a “habitação a preços acessíveis para os jovens de acordo com os seus rendimentos e proporcionar-lhes a oportunidade de iniciar uma vida independente”.

O relatório alerta ainda para o desemprego jovem, afirmando que “é um flagelo que atinge muitas famílias, e acima de tudo, condiciona os sonhos e aspirações da juventude em Portugal” e “compromete o futuro do país”.

“As oportunidades de emprego e os níveis salariais diminuíram acentuadamente desde a crise financeira de 2008. Portugal regista ainda um elevado nível de desemprego jovem, muitos deles emigraram a as habilitações de nível superior não estão a ser valorizadas pelo mercado de trabalho”, sublinha.

Analisando o relatório, Eugénio Fonseca disse que este aponta para “a necessidade de uma maior articulação e de acompanhamento das políticas sectoriais”.

“Há que identificar os atores que têm intervenção direta na superação das causas da pobreza”, disse, defendendo que essa responsabilidade não pode apenas ser entregue ao Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social”.

Segundo o presidente da organização, “todas as preocupações colocadas no relatório foram cruzadas com as preocupações europeias”.

“Situámo-nos naquilo que nos parece ser a pobreza mais preocupante no domínio dos jovens que é a educação, a habitação e o trabalho”, vincou.

Eugénio Fonseca explicou que as propostas apresentadas já têm em conta algumas medidas que os governos têm implementado em Portugal, mas também a experiência dos 20 países da Europa que cooperaram na elaboração do relatório”.

Nuno Noronha | LUSA

Publicidade

HELPO, EU CONSIGNO EU CONSIGO, IRS 2024
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

ECONOMIA & FINANÇAS

CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Online há

em

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.

Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.

“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.

Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.

LER MAIS

ECONOMIA & FINANÇAS

RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Online há

em

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.

Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.

Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.

No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.

Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS