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NACIONAL

JUSTIÇA: ADVOGADOS ACUSAM GOVERNO DE FORÇAR DILIGÊNCIAS JUDICIAIS

O Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados (OA) manifestou hoje “perplexidade e grande preocupação”, face à proposta do Governo “que perverte o regime da suspensão de prazos e processos que vinha vigorando”, devido à covid-19.

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O Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados (OA) manifestou hoje “perplexidade e grande preocupação”, face à proposta do Governo “que perverte o regime da suspensão de prazos e processos que vinha vigorando”, devido à covid-19.

Em comunicado, este Conselho Regional da OA critica a proposta de Lei n.º 30/XIV que o Governo apresentou na Assembleia da República, em 30 de abril, a qual determina que as diligências de processos urgentes, mas também não urgentes, sejam realizadas presencialmente, sempre que as mesmas não sejam viáveis através de meios de comunicação à distância.

“Agora, o Governo começa por dizer que todas as diligências, sejam os processos urgentes ou não, terão lugar por meios de comunicação à distância, mas logo estabelece que, não sendo viáveis tais meios (como nunca foram, e o Governo bem sabe), então as diligências (todas as diligências) serão realizadas presencialmente”, explica a nota.

O Conselho Regional do Porto da OA diz que o Governo, “sem ter a frontalidade de o assumir expressamente, quer repor a tramitação de quase todos os processos judiciais, sem suspensão de prazos”, o que, no entender dos advogados, “atraiçoa tudo quanto constava das Leis n.º 1-A/2020 e n.º 4-A/2020, eliminando a garantia de que a cessação da situação excecional seria definida por decreto-lei, mediante as indicações da autoridade nacional de saúde pública”.

“Como a autoridade nacional de saúde pública não declarou finda a situação excecional, nem o fará tão cedo, o Governo resolve o problema à custa da frustração da confiança dos cidadãos, invertendo por completo o critério que vigorava e que se destinava a evitar o risco de contágio”, lê-se no comunicado.

Para o Conselho Regional do Porto da OA, o Governo “usa esta técnica por ter a exata noção de que os meios de comunicação à distância que disse ter instalado nos tribunais nunca funcionaram em condições, pelo que a única via de impor mesmo o andamento dos processos é forçando as diligências presenciais”.

“É grave, muito grave mesmo, que o Governo se disponha a colocar em risco a segurança e saúde dos cidadãos — não apenas de juízes, advogados e funcionários judiciais, mas dos milhares de pessoas que terão de se deslocar diariamente aos tribunais para intervirem nos processo (como peritos e testemunhas)”, advertem os advogados do Porto.

O comunicado sublinha que o facto de se prever que tais diligências presenciais deverão respeitar o limite máximo de pessoas e demais regras de segurança definidas pelas autoridades de saúde, “não dão garantia nenhuma, pois são conhecidas as enormes carências dos tribunais, desde logo em termos de higienização dos espaços”.

“A situação será tão mais grave quanto mais houver juízes que desatendam a esses critérios de segurança e queiram impor a realização das diligências, atirando para os advogados o ónus de se opor a tal e de fazer cumprir a lei, com a tensão que isso vai gerar. E ainda que juízes e advogados estejam de ‘acordo’, importa saber quem defende a saúde das pessoas convocadas para comparecer em tribunal, sob pena de multa, sem terem forma de se recusarem a tal e sujeitas a participarem em atos presenciais sem de meios de proteção individual”, questionam os advogados.

Esta atitude do Governo “merece o maior repúdio” por parte do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados, “não só porque atraiçoa os critérios anteriormente fixados pela Assembleia da República, mas também porque se percebe que há o intuito de o fazer à revelia do escrutínio da opinião pública e daqueles que trabalham nos tribunais ou lá se deslocam”.

Portugal regista hoje 1.043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infetados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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