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NACIONAL

JUSTIÇA: TRIBUNAL REDUZ A PENA A CONDENADO POR VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

O Tribunal da Relação do Porto reduziu em 10 meses a pena a um homem, de 35 anos, condenado por crimes de violência doméstica, pornografia de menores e ofensa à integridade física, segundo um acórdão hoje consultado pela Lusa.

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O Tribunal da Relação do Porto reduziu em 10 meses a pena a um homem, de 35 anos, condenado por crimes de violência doméstica, pornografia de menores e ofensa à integridade física, segundo um acórdão hoje consultado pela Lusa.

O acórdão do TRP, datado de 22 de abril, julgou procedente o recurso interposto pelo arguido, absolvendo-o de dois crimes de pornografia de menores.

Todavia, os juízes desembargadores decidiram manter a condenação pelos crimes de violência doméstica e ofensa à integridade física, tendo-lhe sido aplicada uma pena única de quatro anos e meio de prisão efetiva.

Os factos dados como provados referem que o arguido aliciou em duas ocasiões distintas uma menor de 16 anos, com quem namorava, a fotografar-se nua e a enviar-lhe estas fotografias que manteve na sua posse.

No entanto, os juízes da Relação entenderam que o “pedir e incentivar” o envio dessas fotografias, num contexto de namoro, “não integra o conceito de aliciar para esse fim a menor em causa”.

“Se a uma adolescente com essa idade é atribuída, para efeitos penais, capacidade para avaliar os seus atos e se determinar de acordo com essa avaliação e lhe é conferida a faculdade de contrair casamento, tem de se admitir que o envio de fotos nuas ao namorado, ainda que a pedido e incentivada por este, se inscreve no âmbito da autonomia de vontade que nessa idade já lhe é reconhecida”, lê-se no acórdão.

O advogado do arguido, João Saraiva, ficou satisfeito com a decisão, assinalando que o envio de fotos em tronco nu “corresponde a uma prática social comum entre adolescentes”, apesar de reconhecer que, no caso concreto, “a diferença de idades choca um pouco”.

“Considerando que a partir dos 16 anos a liberdade de manter relações sexuais com quem lhe aprouver é total, não se justificava a criminalização desta conduta em particular”, afirmou o causídico.

Em outubro de 2019, o arguido foi condenado pelo Tribunal de Aveiro a uma pena única de cinco anos e quatro meses de prisão por dois crimes de violência doméstica, praticados contra duas ex-companheiras, um crime de ofensa à integridade física e dois crimes de pornografia de menores.

O arguido, que terá de pagar uma indemnização global de três mil euros às duas ex-companheiras, está ainda proibido de contactar por qualquer meio com uma delas, pelo período de dois anos e nove meses.

Com a absolvição dos crimes de pornografia de menores, o TRP concluiu que deixou de existir fundamento para aplicar ao arguido as penas acessórias de exercer qualquer profissão que envolva contacto regular com menores e de assumir confiança de menores pelo período de dez anos, a que também tinha sido condenado na primeira instância.

O arguido estava ainda acusado de ter violado a adolescente e sequestrado as duas ex-companheiras, mas foi absolvido destes crimes por falta de provas. O tribunal também não deu como provadas as agressões a um filho de 20 meses.

O homem, que tem 10 filhos de várias mulheres, tem mais de 20 condenações por condução sem carta, detenção de arma proibida, injuria, ameaça agravada e resistência e coação

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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