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LEIRIA: AUTARCA DIZ QUE “HÁ UM CRIMINOSO À SOLTA” A INCÊNDIAR O CONCELHO

O presidente da Câmara de Leiria afirmou hoje que “há um criminoso” a provocar ignições nas freguesias da Caranguejeira e Arrabal, causando vários incêndios.

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O presidente da Câmara de Leiria afirmou hoje que “há um criminoso” a provocar ignições nas freguesias da Caranguejeira e Arrabal, causando vários incêndios.

“Ainda vamos ter muita surpresa sobre a autoria dos incêndios. A pessoa, ou as pessoas (…), que anda a fazer isso, no dia em que for preso, vamos ter mais paz nesta freguesia. Vivemos com um criminoso. Há um criminoso qualquer que vai para aquela zona provocar ignições umas atrás das outras todos os anos na última década”, afirmou Gonçalo Lopes (PS), presidente da câmara de Leiria.

Durante a reunião de executivo, o vereador com a pasta da Proteção Civil, Luís Lopes, reforçou que “há um território que está sob ameaça”.

“Podemos chamar de terrorismo ou uma guerrilha ao que está a acontecer”, acrescentou, alertando para o número elevado de ignições na zona da Caranguejeira e Arrabal, no concelho de Leiria, que confinam com Matas e Cercal, no concelho de Ourém, distrito de Santarém.

Segundo Luís Lopes, o dispositivo foi reforçado no terreno e a Polícia Judiciária e a GNR continuam a investigar eventuais suspeitos.

O autarca disse ainda que a GNR pediu um “reforço às Forças Armadas, que previsivelmente será atendido amanhã, não sabendo ainda quantas equipas estarão disponíveis”.

Durante estes dias, os militares têm feito “voos regulares com um drone em toda esta área”.

Numa breve análise aos incêndios rurais deste ano, Luís Lopes revelou que até sexta-feira, no concelho de Leiria, tinham ardido 776 hectares.

“Com a severidade que temos, tem sido possível reduzir os danos provocados por este tipo de incêndio”, não havendo registo de nenhuma casa de primeira habitação ou indústria ardida.

“Na freguesia da Caranguejeira, houve uma redução tendencial até 2013, mas agora assistimos a um acréscimo. No ano passado tivemos 20 ignições e este anos já vamos com 14. A área ardida é igual à de 2022 e ainda não concluímos o ano”, disse, ao referir que os três fogos registados este ano, traduziram-se em 136 hectares de área ardida.

Somando os números de ignições das freguesias de Cercal e Matas, Luís Lopes revelou que o “número de ignições disparou para mais de 20, no ano passado”.

“Se juntarmos as 20 da Caranguejeira, temos mais de 40 ignições em duas freguesias contínuas. Isto não é obra do acaso”, salientou.

Para o autarca, a resposta no terreno tem sido “mais eficiente” este ano, uma vez que “em anos anteriores, com o mesmo tipo de humidade relativa, combustíveis, temperatura e vento”, as áreas ardidas foram superiores.

“Sossega-nos? Não! Continuamos a ter incêndios e o sistema não está a responder para evitá-los e não podemos esquecer que quase 80% das ignições são em três freguesias do concelho de Leiria. Isto é motivo de preocupação”, acrescentou.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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