Ligue-se a nós

REGIÕES

LEIRIA: EMPRESAS DE CERÂMICA ADMITEM SUBIR OS PREÇOS – CRISE ENERGÉTICA

Alguns empresários do setor da cerâmica admitem um impacto da crise energética no produto final, mas acreditam na necessidade de encontrar soluções alternativas no processo produtivo.

Online há

em

Alguns empresários do setor da cerâmica admitem um impacto da crise energética no produto final, mas acreditam na necessidade de encontrar soluções alternativas no processo produtivo.

O aumento no preço do gás, eletricidade e combustíveis está a ter impacto na economia, nomeadamente em alguns setores.

Alguns empresários do setor da cerâmica admitem um impacto da crise energética no produto final, mas acreditam na necessidade de encontrar soluções alternativas.

Na cerâmica, o diretor-geral da Matcerâmica, no concelho da Batalha, distrito de Leiria, afirmou à Lusa que a crise energética está a ser “muito impactante ao nível da perda de competitividade” e irá acontecer quando os atuais contratos terminarem.

Marcelo Sousa acrescentou que “a energia é um dos custos mais relevantes, nomeadamente o gás para os fornos, e não existe produto substituto”.

“Infelizmente, os ciclos de revisão dos preços de energia não coincidem com os momentos de negociação com os nossos clientes pelo que não conseguimos repassar. Este é o problema de fundo que vai fragilizando a nossa competitividade”, constatou o diretor-geral da Matcerâmica.

Admitindo que as empresas renováveis podem ser o futuro, o empresário considerou que, para já, só a eletricidade pode ser solução. “Nessa matéria, penso que somos das poucas, ou eventualmente única empresa, com capacidade de produção de eletricidade ‘in-house’ para 100% das necessidades em período solar”, revelou.

No mesmo setor, Eduardo Alves, acionista maioritário da Val do Sol, em Porto de Mós, salientou que “os preços do gás vão continuar a aumentar”, mas defendeu que a “indústria vai ter de se adaptar a esta realidade”.

Para este empresário, as “soluções existem”. “É preciso apostar noutras energias, como a energia solar. Os processos produtivos têm de ser ajustados”, salientou.

Eduardo Alves insistiu que “não é possível controlar os preços do gás que vêm de fora”. “Outras indústrias já tiveram de se adaptar, como o setor do automóvel. Nós também temos de encontrar outras soluções. Esta crise é só um sintoma”, afirmou.

As políticas de combate às mudanças climáticas levarão à alta dos preços, dizem economistas contactados pela Lusa, que consideram o ‘sinal preço’ fundamental para mudar comportamentos e promover a transição energética, mas também defendem medidas mitigadoras do impacto.

Em julho, a Comissão Europeia apresentou propostas que vão desde a expansão do sistema de comércio de emissões de gases com efeito de estufa (estendendo às emissões dos edifícios e dos transportes) à proibição de carros movidos a combustíveis fósseis. O objetivo é levar indústria e consumidores a reduzirem a poluição.

Nove países europeus (Áustria, Alemanha, Luxemburgo, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Irlanda, Letónia e Holanda) divulgaram uma declaração conjunta contra os apelos para uma reavaliação do formato do mercado de eletricidade da UE (que têm sido feitos principalmente por Espanha e França) e do regulamento sobre comércio de emissões.

Espanha respondeu a esta posição dos países nórdicos com outro documento não oficial questionando o funcionamento do mercado de eletricidade da UE, interligado com o do gás: “Cada aumento de um euro por MWh [megawatt/hora] no preço do gás natural representa 2,7 mil milhões de euros por ano em custos adicionais de eletricidade, […] desviando recursos da transição energética e da recuperação económica e a cada dia que passa piora”.

O professor de economia Carlos Farinha Rodrigues defende uma intervenção na própria formação dos preços, nomeadamente dos combustíveis, salientando que, apesar de a carga fiscal ser uma componente muito significativa, nos últimos anos tem havido também “alguma desregulação do mercado de combustíveis”.

Lembrou, a propósito, que quando o preço do barril de petróleo “desceu fortemente”, isso não se repercutiu “a sério” no preço de venda aos consumidores, enquanto “agora que está a subir já está a repercutir”.

“Eu claramente acho que é necessário, em Portugal, e provavelmente também a nível europeu, formas de regulamentação do mercado de combustíveis que sejam mais eficazes”, defendeu.

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS