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NACIONAL

LIGA DOS BOMBEIROS CHAMA ‘CALOTEIROS’ AO MINISTÉRIO DA SAÚDE

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, acusou hoje o Ministério da Saúde de ser ‘caloteiro’, por ainda não ter liquidado a dívida de ‘mais de 35 milhões de euros’ às associações humanitárias.

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O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, acusou hoje o Ministério da Saúde de ser “caloteiro”, por ainda não ter liquidado a dívida de “mais de 35 milhões de euros” às associações humanitárias.

“Não é justo que a ministra da Saúde tenha enganado o senhor primeiro-ministro [António Costa], ao dizer que já tinham pago aos bombeiros portugueses aquilo que lhes devem. E é mentira. O Ministério da Saúde deve aos bombeiros portugueses mais de 35 milhões de euros de transporte de doentes que todos os dias fazem”, afirmou Jaime Marta Soares, na cerimónia do Dia Nacional do Bombeiro, que se assinalou hoje em Leiria.

O dirigente insistiu que “as pessoas que devem e não pagam, e não ouvem as pessoas a quem devem, só há um nome que se lhes pode chamar: caloteiros”.

Confrontado com as acusações de Marta Soares sobre as dívidas do Ministério da Saúde, o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, presente na cerimónia, afirmou que deve ser a ministra, Marta Temido, a “responder”.

No entanto, perante a insistência dos jornalistas, o secretário de Estado adiantou que “a senhora ministra informou recentemente a Assembleia da República e o senhor primeiro-ministro [sobre o assunto]”.

“Tenho conhecimento de que as associações estão a ser pagas. Há um ou outro caso com verificações, mas as associações estão a ser ressarcidas”, garantiu.

Questionado pela Lusa, o gabinete da ministra da Saúde confirmou as informações adiantadas pelo secretário de Estado, referindo que “as dívidas estão a ser progressivamente pagas”.

Na sua intervenção, e dirigindo-se aos deputados, “representantes da nação na catedral da democracia”, Marta Soares disse que a “Assembleia da República é vesga em relação aos bombeiros portugueses”.

“Mostrem-me um projeto lei que ao longo destes últimos anos tenha sido construído na Assembleia da República e que se dirija ao bem-estar, à compensação ou ajuda aos bombeiros voluntários portugueses: nem um”, sublinhou.

O presidente da LPB considerou que as negociações com o Governo “marcaram um ano difícil, com muitas coisas que ainda ficaram por fazer”, mas admitiu que se “avançou muito em relação ao que não” se conseguia fazer.

Marta Soares pediu ainda ao secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, para que o tempo de serviço dos bombeiros voluntários também conte para a reforma: “Aquele homem e mulher que é voluntário e que dá tudo e não recebe nada em troca, tem de ter direitos ainda superiores em termos daqueles que são dados aos bombeiros profissionais”, apelou

No Dia Nacional do Bombeiro, o presidente da LPB sublinhou que os bombeiros são os “heróis de Portugal” e “representam aquele que é o maior exército da paz e da vida que existe em Portugal”.

“São o principal agente de proteção civil do nosso país. O agradecimento fica sempre aquém daquilo que merecem. Portugal não era a mesma coisa sem os seus bombeiros voluntários”, afirmou, ao saudar o ex-chefe de gabinete do secretário de Estado da Proteção Civil, Adelino Mendes, que saiu por ter sido constituído arguido num processo de corrupção com fundos comunitários.

“É um dos homens que mais gosta dos bombeiros portugueses e tenho de o homenagear”, afirmou.

O secretário de Estado da Proteção Civil considerou que o Dia Nacional do Bombeiro é uma data “muito especial para todos os bombeiros de Portugal, sendo eles o principal pilar de proteção civil do país”.

Com o aproximar das temperaturas elevadas, José Artur Neves alertou para a necessidade de a população, sobretudo “os cidadãos que residem nas zonas vulneráveis junto à floresta, perceba bem como se deve comportar perante os riscos” e “saiba como contactar o oficial de segurança local e a estrutura de proteção civil porque, muitas vezes, em função de condições climáticas adversas nem sempre os bombeiros conseguem chegar ao local”.

LUSA

NACIONAL

SECA: ARMAZENAMENTO DE ÁGUA SUBIU EM SEIS BACIAS MAS DIMINUIU EM CINCO

Seis bacias hidrográficas registaram uma diminuição do volume de água armazenada no último dia de novembro comparando com o mês anterior e cinco registaram um aumento.

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Seis bacias hidrográficas registaram uma diminuição do volume de água armazenada no último dia de novembro comparando com o mês anterior e cinco registaram um aumento.

Odecréscimo do volume de água foi verificado nas bacias do Douro, Mondego, Arade, Mira, Ave e Lima e o aumento nas do Tejo, Guadiana, Sado, Oeste e Cávado, indica o boletim mensal do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

A Bacia do Barlavento manteve-se no final de novembro com o mesmo valor que tinha no último dia de outubro, 7,6% da capacidade, e continua a ser a que menos água armazena em Portugal continental.

Depois da do Barlavento, as bacias do Arade, com 24,7%, e do Mira, com 30,8%, são as que retêm menos água.

Com maior quantidade de água armazenada está a bacia do Cávado, com 88,4%, seguida da do Ave, com 81%, e da do Douro, com 79,5%.

A bacia que teve maior perda de água acumulada foi a do Ave, que passou de 99,6% no final de outubro para 81% no fim de novembro. A que teve maior ganho de foi a do Cávado, passou de 83,3% para 88,4% da capacidade.

O boletim de armazenamento mensal das albufeiras de Portugal continental refere ainda que das 60 albufeiras monitorizadas, 15 apresentavam, no último dia de novembro, disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 17 disponibilidades inferiores a 40%.

A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

O boletim do SNIRH refere que os armazenamentos do mês passado por bacia hidrográfica são superiores à média de novembro (1990/91 a 2022/23), com exceção das bacias do Mondego, Sado, Guadiana, Mira, Ribeiras do Algarve e Arade.

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NACIONAL

BANCO ALIMENTAR RECOLHE 1800 TONELADAS DE COMIDA NOS ÚLTIMOS DIAS

A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

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A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

“A campanha correu muito bem. Tivemos muitos voluntários e uma grande adesão de quem foi às compras. Mais uma vez os portugueses mostraram uma grande solidariedade, seja através da doação de tempo quer seja de alimentos”, afirmou à Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBACF), Isabel Jonet.

Até às 18:00 deste domingo, “já tinham sido contabilizadas mais de 1.800 toneladas de produtos doados”, acrescentou Isabel Jonet, salientando que este é ainda um valor provisório, uma vez que alguns dos 21 bancos espalhados pelo país ainda não terminaram as contagens.

Nos dois primeiros dias de campanha — sexta-feira e sábado – recolheram 1.555 toneladas e hoje tinham contabilizado 340 toneladas.

Isabel Jonet afirmou acreditar que, quando as contas estiverem fechadas, será revelado um novo record em relação a 2022.

“Não tenho quaisquer dúvidas de que vamos ultrapassar o valor do ano passado”, disse, acrescentando que no último natal os voluntários recolheram 2.098 toneladas.

A presidente do FPBACF lembrou que há cada vez mais gente a atravessar sérias dificuldades financeiras: “Quando as pessoas pedem ajuda para comer é quando já se esgotaram todos os outros pedidos de ajuda. Não é fácil pedir ajuda para comer”.

“Existem cerca de dois milhões de pessoas que vivem com menos de 591 euros por mês”, sublinhou Isabel Jonet, lembrando que metade destas pessoas “vive com menos de 224 euros”.

No ano passado, 17% das pessoas em Portugal estavam em risco de pobreza (mais 0,6 pontos percentuais do que no ano passado), segundo dados divulgados recentemente pelo INE.

Além destes casos, identificados nas estatísticas, existem muitas outras situações, como “jovens casais com crianças”, que trabalham, têm rendimentos superiores, mas “não conseguem pagar as contas”, alertou Isabel Jonet, dando exemplos de famílias que “viram o empréstimo da casa aumentar quatro vezes”.

“Nós vimos cair em situação de pobreza pessoas que nunca imaginaram estar nesta situação”, lamentou, explicando que há cada vez mais gente a usufruir do trabalho dos bancos alimentares.

Neste fim de semana, cerca de 40 mil voluntários tornaram possível a campanha que decorreu nos últimos três dias sob o mote “A sua ajuda pode ser o que falta à mesa de uma família”.

Em regra, o Banco Alimentar promove duas campanhas por ano que se destinam a angariar alimentos básicos para pessoas carenciadas, como leite, arroz, massas, óleo, azeite, grão, feijão, atum, salsichas, bolachas e cereais de pequeno-almoço.

Os bens entregues aos voluntários à saída dos supermercados foram encaminhados para os diversos armazéns do Banco Alimentar, onde são separados e acondicionados antes de serem distribuídos pelas pessoas com carências alimentares comprovadas.

A presidente da FPBACF saudou o empenho dos voluntários, “pessoas muito diferentes que querem estar lado a lado a contribuir para uma mesma causa”.

“Há muita malta jovem, escuteiros, guias, mas também escolas e empresas que promovem ações de voluntariado, mas também pessoas que aparecerem em nome individual”, disse, acrescentando que há “pessoas de todas as idades, convicções e até diferentes clubes de futebol”.

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