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LISBOA: 40% DA POPULAÇÃO EXPOSTA A EXCESSO DE RUÍDO DE TRÂNSITO

Mais de 40 por cento dos adultos em Lisboa estão expostos a ruído de trânsito superior ao limite definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo um estudo hoje divulgado.

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Mais de 40 por cento dos adultos em Lisboa estão expostos a ruído de trânsito superior ao limite definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo um estudo hoje divulgado.

A investigação, publicada no boletim científico Environment International, centrou-se em 749 cidades europeias e concluiu que quase 60 milhões de pessoas são sujeitas a “níveis pouco saudáveis de ruído” gerado por veículos.

Estima-se que se fossem cumpridos os níveis de ruído recomendados pela OMS, poderiam ser evitadas milhares de mortes anualmente, nomeadamente 3.600 provocadas pela doença cardíaca isquémica.

Os resultados, que se baseiam em dados de estudos anteriores sobre mortalidade e ruído referentes às cidades analisadas, indicam que “mais de 48% dos 123 milhões de adultos (com 20 anos ou mais) incluídos no estudo foram expostos a níveis de ruído que excedem o limite recomendado pela OMS”.

A OMS recomenda que o nível médio de ruído durante um período de 24 horas não deve exceder os 53 decibéis.

No caso de Lisboa, a percentagem da população exposta a ruído superior ao limite está em 40,6%. Olhando para outras capitais europeias, é em Berlim que esta percentagem é mais baixa, registando-se 29,8%.

Viena é a cidade com mais população exposta a ruído excessivo, com uma percentagem de 86,5%.

Em estudos anteriores, ligou-se o ruído ambiental a vários efeitos negativos na saúde, desde perturbações de sono a problemas no parto, além de doenças cardíacas.

“A exposição prolongada a barulho de tráfego pode provocar uma reação continuada de ‘stress’ que faz aumentar o ritmo cardíaco, pressão sanguínea e constrição dos vasos sanguíneos, acabando por levar a doenças crónicas, tais como cardiovasculares, depressão e ansiedade”, refere o estudo, realizado pelo Instituto de Barcelona para a Saúde Global.

Mesmo sem ter em conta as doenças, estima-se no estudo que mais de 11 milhões de pessoas tenham perturbações em atividades diárias, como comunicar, ler, trabalhar e dormir.

O principal autor do estudo, Sasha Khomenko, afirmou que os dados disponíveis só permitem analisar a população exposta a um nível de ruído superior a 55 decibéis, mas os cientistas “suspeitam que os efeitos adversos podem ocorrer mesmo com exposição a níveis mais baixos”.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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