REGIÕES
LISBOA: MANIFESTAÇÃO CONTRA O ‘FACISMO RUSSO’
Cerca de 300 pessoas marcharam hoje em Lisboa numa manifestação de apoio à Ucrânia e contra o que consideram ser o regime fascista na Rússia, tendo entoado palavras contra o Presidente russo, Vladimir Putin, junto à embaixada de Moscovo.
Cerca de 300 pessoas marcharam hoje em Lisboa numa manifestação de apoio à Ucrânia e contra o que consideram ser o regime fascista na Rússia, tendo entoado palavras contra o Presidente russo, Vladimir Putin, junto à embaixada de Moscovo.
Além de “Putin terrorista” e “Putin assassino”, as centenas de pessoas gritavam e cantavam pela Ucrânia na iniciativa ‘Diga Não ao Fascismo’, organizada pela Associação de Ucranianos em Portugal.
“Hoje nós estamos aqui com as bandeiras e com os terrores que os fascistas russos já fizeram na Ucrânia. E com este evento queremos hoje dizer que nós, ucranianos, em conjunto com outros povos livres em 1945, acabámos com o fascismo alemão, mas, infelizmente, não acabámos com o fascismo que passou para o império russo”, disse o presidente da associação, Pavlo Sadokha, à Lusa.
Sadokha instou “todos os países — inclusivamente Portugal — para que se juntem” para “defender a Ucrânia e acabar com o fascismo russo que quer não apenas destruir a Ucrânia, mas todo o mundo”.
Questionado sobre como pode Portugal ajudar, o líder da associação remeteu para o apelo feito pelo chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, durante a sua intervenção na Assembleia da República portuguesa.
“Precisamos de armas, precisamos de apoio financeiro e precisamos de mais sanções contra a Federação Russa”, destacou.
Numa marcha que se prolongou por cerca de 15 minutos, os manifestantes cantaram músicas enquanto empunhavam fotos de alegadas consequências da guerra na Ucrânia.
Pavlo Sadokha referiu que estas são “fotografias dos terrores de genocídio que os russos já fizeram na Ucrânia para mostrar que, mais uma vez, a Rússia é um país que está agora a fazer genocídio contra ucranianos”.
O responsável lamentou que haja “alguém que não acredita que a Rússia é invasora e que está a fazer genocídio” e acusou a Rússia de ser “fascista”.
Sadokha considerou que a sociedade portuguesa tem recebido “muito bem” os refugiados ucranianos e pediu que o país continue a apoiar “os ucranianos que lutam agora e que estão numa situação difícil a defender a sua vida e o seu país”.
As autoridades portuguesas criaram um perímetro de segurança a cerca de 100 metros da embaixada russa em Lisboa.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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