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MAÇÃO “QUEIXA-SE” DE DISCRIMINAÇÃO

A Câmara de Mação vai acionar “todos os meios judiciais e constitucionais contra o Estado Português junto das instâncias europeias” devido à “discriminação de apoios” em relação a outros municípios na sequência dos incêndios de 2017.

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A Câmara de Mação vai acionar “todos os meios judiciais e constitucionais contra o Estado Português junto das instâncias europeias” devido à “discriminação de apoios” em relação a outros municípios na sequência dos incêndios de 2017.

“Há questões muito graves e reservo-me no direito, porque é uma competência minha, de acionar meios judicial e constitucionalmente contra o Estado português junto das instâncias europeias, fazendo uma participação a Bruxelas perante estas atitudes”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara de Mação (distrito de Santarém), Vasco Estrela (PSD), criticando a “discriminação negativa” do concelho.

“Vou denunciar esta injustiça junto da Comissão Europeia para a tentar reverter e para tentar perceber o que têm as instâncias europeias a dizer sobre como o Estado português está a fazer a gestão destes fundos comunitários, nomeadamente no caso de Mação, em que o princípio da equidade é claramente violado”, disse.

No ano passado, lembrou, as chamas consumiram cerca de 80% da área do município, num total de 27 mil hectares.

A decisão da autarquia “decorre da confirmação por parte do secretário de Estado das Autarquias Locais de que Mação apenas receberá ajudas a 60%” no que toca aos prejuízos de domínio público/infraestruturas resultantes dos incêndios de 2017, contabilizados em cerca de três milhões de euros, enquanto os municípios afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e de outubro – que provocaram dezenas de mortes – receberão ajudas a 100%.

No entender de Vasco Estrela, a situação “é absurda”.

O autarca disse, aliás, não esquecer o “desvio de meios” de socorro nos fogos do ano passado, referindo “não haver qualquer tipo de justificação para estas situações estarem a suceder”.

Vasco Estrela lamentou “todas as desilusões e problemas que os incêndios têm causado ao concelho”, defendendo que “Mação tem direito a indemnizações na sequência das candidaturas apresentadas pela destruição causada pelos incêndios”.

“Foi sendo alimentada a ideia de que Mação conseguiria ver aprovadas as candidaturas, com apoio total, porém, tal não sucedeu, para grande desilusão e estupefação da nossa parte. Aquilo que era suposto acontecer e o que nos foi sendo transmitido era de que o Governo estaria a trabalhar nesse sentido, que estas candidaturas e estas indemnizações seriam pagas a 100% à Câmara de Mação, como seriam a outros municípios”, frisou.

O social-democrata sublinhou que foi depois da identificação de todos os prejuízos dos fogos, incluindo em Mação, que foram reportados os montantes à Comissão Europeia, o que resultou na proposta de 50,2 milhões de euros a distribuir em Portugal através do Fundo de Solidariedade da União Europeia.

“Uma vez mais não há nenhuma justificação para isto acontecer. Uma vez mais estamos a ser prejudicados e injustiçados, com a agravante de que, dos 50 milhões, consta dinheiro nosso: foi reportado o valor de prejuízos do concelho de Mação, que agora vai ser distribuído por outros que não tinham direito a esse montante”, afirmou, apontando que “todos os restantes municípios terão ajudas para as estradas, estradões, ETAR, sinalética e outros investimentos necessários a 100% e Mação apenas a 60%”.

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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