Ligue-se a nós

ARTE & CULTURA

MADONNA ADIA O ARRANQUE DA DIGRESSÃO ‘MADAME X’

A cantora norte-americana Madonna adiou o início da digressão mundial “Madame X”, previsto para 12 de setembro e que irá passar por Portugal em janeiro de 2020, devido a problemas de produção.

Online há

em

A cantora norte-americana Madonna adiou o início da digressão mundial “Madame X”, previsto para 12 de setembro e que irá passar por Portugal em janeiro de 2020, devido a problemas de produção.

A digressão “Madame X”, que deveria ter início no dia 12 de setembro no BAM Howard Gilman Opera House em Nova Iorque, vai arrancar a 17 de setembro, no mesmo local, de acordo com o ‘site’ da artista.

Numa publicação nas redes sociais e no seu ‘site’, Madonna escreveu que “Madame X é uma perfecionista e os seus fãs merecem nada menos que o melhor”.

“Ela subestimou a quantidade de tempo que seria necessária para levar este tipo de experiência teatral até vocês e quer que seja perfeito”, acrescenta a mensagem. “Obrigada pela vossa paciência”, escreveu a cantora. No entanto, são vários os comentários de fãs indignados com este adiamento, referindo que irão perder dinheiro da marcação de voos e hotéis.

Este adiamento afeta três espetáculos, todos marcados para o BAM Howard Gilman Opera House. Os que estavam marcados para 12 e 14 de setembro foram adiados para 10 e 12 de outubro, sendo os bilhetes válidos para as novas datas. O concerto de 15 de setembro foi cancelado, podendo os portadores de bilhete reaver o dinheiro dos mesmos.

Depois de Nova Iorque, a digressão “Madame X” irá passar por outras cidades norte-americanas, entre as quais Chicago, Los Angeles, Las Vegas, Boston, Filadélfia e Miami.

Na Europa, a digressão arranca a 12 de janeiro, em Lisboa.

Madonna tem marcados oito concertos no Coliseu de Lisboa: a 12, 14, 16, 18, 19, 21, 22 e 23 de janeiro.

Seis dos espetáculos estão esgotados. Os bilhetes para as atuações de 12 e 14 de janeiro vão ser postos à venda no sábado e os preços variam entre os 75 e os 300 euros, mais taxas.

Os espetáculos desta digressão caracterizam-se por serem atuações mais íntimas, em salas de menor dimensão.

Influenciada criativamente por ter vivido em Lisboa nos últimos anos, “Madame X” — título do álbum lançado em junho e que dá o nome à digressão -, é uma coleção de 15 novas músicas que “celebram o longo romance de Madonna com a música e cultura latina, assim como com outras influências mundiais”.

Dino d’Santiago, Celeste Rodrigues, Fábia Rebordão, Ricardo Toscano, Gaspar Varela e as batucadeiras de Cabo Verde são alguns dos artistas com quem Madonna se cruzou nos últimos meses, a avaliar pelas fotografias e vídeos que tem divulgado nas redes sociais.

Feito com a colaboração do produtor francês Mirwais, o 14.º álbum de estúdio de Madonna – gravado ao longo de 18 meses em Portugal, Londres, Nova Iorque e Los Angeles – inclui uma versão de “Faz gostoso”, da cantora portuguesa Blaya, que Madonna interpreta em português com a artista brasileira Anitta, e “Medellín”, o primeiro ‘single’, que é um dueto com o músico colombiano Maluma.

Arthur Fogel o promotor de longa data de Madonna, presidente da Global Touring e CEO da Global Music, Live Nation, salienta que esta é “a grande oportunidade para os fãs verem Madonna nestas incríveis e especiais salas”.

Em 2018, quando completou 60 anos, Madonna disse numa entrevista à revista italiana Vogue que a temporada recente em Lisboa a influenciou no processo criativo deste álbum.

“Conheci imensos músicos maravilhosos e acabei por trabalhar com muitos deles no meu novo disco, por isso, sim, Lisboa influenciou a música e o meu trabalho. Como não influenciar? Não sei como é que eu teria passado este ano sem ter conhecido toda esta cultura”, disse a cantora norte-americana na entrevista.

ARTE & CULTURA

PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Online há

em

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

LER MAIS

ARTE & CULTURA

PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Online há

em

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

LER MAIS

MAIS LIDAS