INTERNACIONAL
MÃE DE BIN LADEN FALA AO MUNDO PELA PRIMEIRA VEZ
A mãe e irmãos do antigo líder da Al-Qaeda aceitaram dar uma entrevista, 17 anos depois do ataque que vitimou quase três mil pessoas em Nova Iorque, num dos piores atentados da História.
A mãe e irmãos do antigo líder da Al-Qaeda aceitaram dar uma entrevista, 17 anos depois do ataque que vitimou quase três mil pessoas em Nova Iorque, num dos piores atentados da História.
Numa entrevista exclusiva ao The Guardian, a mãe de Osama bin Laden decidiu falar pela primeira vez sobre o filho, quase 17 anos depois dos ataques de 11 de setembro, em Nova Iorque, nos EUA, que mataram quase três mil pessoas.
É Alia Ghanem quem capta todas as atenções da sala, embora também esteja acompanhada pelos dois filhos sobreviventes, Ahmad e Hassan, e o seu segundo marido, Mohammed al-Attas, o homem que ajudou a criar os três irmãos. Todos na família têm algo a dizer sobre Osama, o líder da Al-Qaeda que se tornou o inimigo número um dos EUA e que foi morto num esconderijo no Paquistão em 2011.
“A minha vida foi muito difícil porque ele estava muito longe de mim. [Osama] era uma criança muito boa e gostava muito de mim”, recorda, acrescentando que era um rapaz tímido mas muito inteligente.
Já na Universidade King Abdulaziz, em Jeddah, onde estudou Economia, Osama tornou-se um jovem forte, tendo sido nessa altura que se radicalizou, revela a mãe. “As pessoas na universidade mudaram-no. Ficou um homem diferente. Ele era um rapaz muito bom até ter conhecido algumas pessoas que basicamente lhe fizeram uma lavagem cerebral quando tinha 20 e poucos anos”.
“Podem chamar aquilo de culto. Conseguiram dinheiro para a sua causa. Eu dizia-lhe sempre para ficar longe deles, e ele nunca iria admitir o que estava a fazer porque me amava muito”.
“Antes, toda a gente que o conhecia respeitava-o. No início, estávamos muito orgulhosos dele. Até o Governo saudita o tratava de uma forma muito nobre e respeitosa. E depois veio Osama, o mujahid [o combatente]”, comenta o irmão Hassan.
“Estou muito orgulhoso dele no sentido em que era o meu irmão mais velho. Ensinou-me muito. Mas acho que não estou assim tão orgulhoso quando falamos dele como homem. Alcançou o estrelato mundial, e foi tudo para nada”, continua, depois de um longo silêncio.
“Já se passaram 17 anos, desde o 11/9, e [a minha mãe] continua em negação sobre o Osama. Gostava tanto dele que se recusa a culpá-lo. Em vez disso, culpa todos os que estavam à sua volta. Só conhece o lado bom daquela pessoa, o lado que todos nós conhecíamos. Ela nunca chegou a conhecer o seu lado jihadista”, explica o irmão, quando a mãe se ausenta da conversa.
Questionado sobre o momento em que começaram a chegar os primeiros relatos sobre o ataque, o irmão admite que “foi um choque”. “Foi um sentimento muito estranho. Soubemos desde o início [que tinha sido Osama], nas primeiras 48 horas. Do mais jovem ao mais velho, todos nos sentimos envergonhados por ele. Sabíamos que íamos enfrentar consequências terríveis. Toda a nossa família que estava fora voltou para a Arábia Saudita”, recorda.
Durante anos, Ghanem recusou-se a falar sobre Osama, tal como o resto da família, que continua a ser muito influente na sociedade saudita. Atualmente, com a nova liderança do país, encabeçada pelo ambicioso príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, a mãe concordou com a entrevista.
O legado do antigo líder da Al-Qaeda é visto como uma praga no reino saudita, assim como na sua família, por isso, altos funcionários acreditavam que, ao permitir que os bin Laden contassem a sua história, poderiam demonstrar que foi um pária – e não um agente – o principal responsável pelo 11 de setembro.
Recorde-se que vários críticos da Arábia Saudita alegam há muito tempo que o terrorista tinha apoio do Estado e várias famílias das vítimas do atentado lançaram, para já sem sucesso, ações judiciais contra o país. 15 dos 19 sequestradores vieram da Arábia Saudita.
Na mesma entrevista, a família foi questionada sobre Hamza bin Laden, o filho de 29 anos do falecido líder da Al-Qaeda, que já é considerado pelos EUA uma “ameaça terrorista”.
“Achávamos que todos tinham ultrapassado isto. Depois vi Hamza a dizer que ia vingar a morte do pai. Não quero que também passe por isto. Se ele estivesse à minha frente neste momento, dizia-lhe: ‘Deus vai guiar-te. Pensa duas vezes no que estás a fazer. Não cometas os mesmos erros que o teu pai. Estás a entrar em partes horríveis da tua alma’”.
ZAP
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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