Ligue-se a nós

REGIÕES

MAIA: AUTARQUIA VAI TAXAR OS MUNÍCIPES QUE PRODUZEM MAIS LIXO

A câmara da Maia quer alargar a todo o concelho, até 2024, a cobrança da gestão de resíduos urbanos em função do lixo produzido por cada consumidor através dum sistema “mais justo” e que permite poupar na fatura.

Online há

em

A câmara da Maia quer alargar a todo o concelho, até 2024, a cobrança da gestão de resíduos urbanos em função do lixo produzido por cada consumidor através dum sistema “mais justo” e que permite poupar na fatura.

O projeto “Recicle Mais, Pague Menos”, que arrancou em 2021 e que foi hoje apresentada a primeira fase, segundo adiantou à Lusa uma das responsáveis, Helena Lopes, mostrou “alterações de comportamento” nos consumidores abrangidos, assim como poupanças na fatura da gestão de resíduos.

Ao abrigo daquele projeto, a tarifa do serviço de gestão de resíduos urbanos é indexada à quantidade de lixo produzido por cada consumidor, substituindo o atual modelo de cobrança daquele serviço com base numa tarifa variável indexada ao consumo de água.

“Em maio, quando começamos o projeto, cerca de 50% dos clientes apresentavam os contentores de lixo indiferenciado à recolha cerca de quatro vezes por mês. Agora só registamos cerca de 25% de clientes com quatro ou três recolhas e depois temos no patamar das duas ou uma recolhas mensais muito mais do que tínhamos. As pessoas começaram a alterar comportamentos, a separar mais os resíduos e a deixar no do lixo indiferenciado só aquilo que não conseguem valorizar”, explicou.

Helena Lopes apontou também diferenças na fatura a pagar: “Cerca de 45% dos consumidores abrangidos estava no intervalo de faturação de 15 euros mensais, a maioria baixou significativamente para o patamar dos seis a dez euros”, disse.

A primeira fase abrangeu cerca de 11.300 clientes (22% da população daquele concelho no distrito do Porto), sendo o objetivo alagar a todo o território até 2024.

“Até ao final de 2022 vamos abranger o total de consumidores em habitações unifamiliares, cerca de 22 mil clientes, e que têm contentores de utilização exclusiva, depois em 2023 vamos avançar com os edifícios multifamiliares (38.500) e em 2024 com a totalidade de clientes que utiliza os equipamentos de via pública (7.600)”, explicou.

Para a responsável, esta forma de faturação tem duas vantagens: “Aplica-se uma tarifa mais justa e que é efetivamente é consequência do comportamento das pessoas face aos resíduos que produzem e é possível baixar o preço a pagar por cada consumidor”, enumerou.

O sistema consiste numa recolha seletiva porta a porta de contentores com identificação eletrónica e na implementação de um sistema integrado de gestão, incluindo registo, recolha e comunicação de dados, sendo depois processado, faturado e cobrado via serviços municipalizados da autarquia.

Na apresentação, o presidente da Câmara Municipal da Mais, António Silva Tiago, salientou igualmente que esta forma de cobrança é “mais justa e equitativa” ao refletir a “efetiva produção” dos resíduos de cada família.

“Estes sistemas tarifários em vigor [indexados ao consumo de água] vão contra os princípios da justiça e da equidade no pagamento dos serviços prestados ao cidadão e não premeiam o cidadão que diariamente separa os seus resíduos e os encaminha para reciclagem”, disse.

REGIÕES

BOTICAS: AUTARQUIA “GARANTE” INEXISTÊNCIA DE CONTRAPARTIDAS DA EMPRESA MINEIRA

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

Online há

em

A Câmara de Boticas reiterou hoje a oposição à mina de lítio e garantiu que nunca negociou ‘royalties’ ou outro tipo de contrapartidas com a empresa Savannah Resources, segundo um comunicado assinado pelo presidente, Fernando Queiroga.

“Nunca, e fique sublinhado, a Savannah Resources se sentou à mesa com o município de Boticas para negociar o que quer que fosse. Nem ‘royalties’, nem qualquer outro tipo de contrapartida, muito menos nos valores apresentados pela empresa, que fala numa compensação anual ao município de Boticas de 10 milhões de euros”, afirmou a autarquia do norte do distrito de Vila Real.

Essas conversações ou negociações, acrescentou, “nem sequer fariam sentido, tendo em conta a posição clara do município contra esta exploração”.

O município de Boticas presidido por Fernando Queiroga quis reiterar a sua posição contra o projeto de mineração, garantindo que se mantém ao lado da população que contesta a exploração e que vai apoiar todas as iniciativas que tenham como objetivo travar a mina do Barroso.

“A Câmara de Boticas subordina esta posição não só por todas as questões de caráter ambiental e de saúde pública que a exploração mineira acarreta, mas também pela forma ‘pouco séria’ e ‘pouco transparente’ com que este processo sempre se desenvolveu, com a Savannah Resources a usar de um discurso e uma estratégia intimidatórios, ao mesmo tempo que anuncia o ‘paraíso’ ao nível do desenvolvimento socioeconómico da região”, referiu.

A autarquia disse que a empresa se apresenta como um “‘profeta salvador’ capaz de resolver todos os problemas que afetam este território, ao criar uma espécie de ‘época dourada’ para a economia local ao distribuir, qual Robin dos Bosques dos tempos modernos, riqueza por toda a região”.

“Podem prometer os milhões que entenderem, onde entenderem, podem falar dos empregos, das estradas, dos hospitais, das escolas, das creches, dos centros de dia, num sei lá mais de contrapartidas, mas isso não passa de promessas atiradas para o ar”, salientou.

Acrescentou que a “realidade é que a única coisa que se tem visto é destruição, devassa, falta de respeito pelo espaço público e privado e sobretudo muita arrogância”.

“Podemos ser pobres, podemos ser um concelho pequeno no número de habitantes, podemos ter um orçamento municipal limitado, mas temos orgulho na gestão rigorosa, criteriosa e sem desperdício dos recursos financeiros, que faz de nós o 6.º município do país com melhor eficiência financeira e uma autarquia familiarmente responsável há 12 anos consecutivos”, pode ler-se ainda no comunicado.

O município lembrou ainda a condição do território do Barroso ser Património Agrícola Mundial e garantiu que “não há dinheiro, nem ouro, nem lítio, que cheguem perto da riqueza” desta ruralidade.

“O mais importante são e serão sempre as pessoas. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Não tem preço e não é negociável”, concluiu.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio de 2023.

A empresa já disse que prevê iniciar a produção em 2027.

LER MAIS

REGIÕES

MACEDO DE CAVALEIROS: SUSPEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DETIDO PELA GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

Online há

em

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve um homem de 54 anos suspeito de exercer violência doméstica contra a mulher e que tinha uma arma de fogo em casa, informou hoje a autoridade em comunicado.

A detenção aconteceu na terça-feira daquele concelho do distrito de Bragança. A GNR vinha a investigar o caso.

Segundo descreveu a Guarda, os militares “apuraram que o suspeito exerceu violência física, psicológica e verbal contra a vítima, sua mulher de 52 anos”.

No seguimento das diligências policiais, numa busca domiciliária, foi apreendida uma arma de fogo alterada ao suspeito, mais 12 munições.

O homem foi presente a tribunal no dia seguinte, quarta-feira. Como medidas de coação, ficou proibido de ter ou usar armas de fogo, vai ter de frequentar um programa específico para tratar dependência de álcool e não podeo contatar a vítima ou aproximar-se a menos de 200 metros da casa e do trabalho dela.

A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.A GNR lembra que a violência doméstica é um crime público e que denunciar é um dever de todos.

LER MAIS

MAIS LIDAS