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MATOSINHOS: MANIFESTAÇÃO CONTRA O ENCERRAMENTO DA REFINARIA MARCADA PARA 12 DE JANEIRO

Os trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento, foi hoje anunciado.

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Os trabalhadores da refinaria da Galp de Matosinhos têm prevista uma concentração para dia 12 de janeiro, com saída do complexo industrial até à câmara de Matosinhos, para protestar contra a decisão de encerramento, foi hoje anunciado.

“Já está programada uma iniciativa de concentração de trabalhadores com saída desde a refinaria até aos Paços do Concelho de Matosinhos, depois iremos concentrar-nos em Lisboa, em princípio na porta do senhor primeiro-ministro, que até ao momento está calado e foi a primeira pessoa a saber desta decisão por parte da administração”, afirmou hoje, Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente (Site-Norte).

Os trabalhadores estiveram reunidos em plenário esta tarde e decidiram que vão lutar pela “permanência do complexo da refinaria do Porto”, bem como pela manutenção dos postos de trabalho.

“Vamos tomar todas as medidas institucionais para denunciar este crime económico que está a ser feito, a nível não só regional mas nacional”, disse Telmo Silva, acusando o Governo de ser “cúmplice da administração da Galp”.

“O Governo mais uma vez é cúmplice da administração da Galp, uma administração que está a levar à desindustrialização não só de uma região mas de um país e está a olhar sim pelos interesses económicos dos acionistas, mas não do país e dos portugueses”, defendeu.

O plenário realizado hoje pelos trabalhadores da refinaria da Galp contou com a presença da secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha.

Na terça-feira, na reunião da câmara de Matosinhos, o responsável pela refinaria da Galp de Matosinhos, José Silva, afirmou que a decisão de encerramento “está tomada e fechada” e que para o complexo não está previsto “nenhum projeto de refinação de lítio”.

“Esta não é uma decisão reversível pelos fundamentos que foram analisados e valorizados pelo Conselho de Administração. A decisão está tomada e fechada”, afirmou o engenheiro José Silva.

Quanto aos trabalhadores, o responsável afirmou que a Galp tem mantido “um diálogo de proximidade com as estruturas representativas dos trabalhadores”, acrescentando que foram realizadas duas reuniões, uma no dia 21 de dezembro (aquando do anúncio do encerramento) e outra hoje.

José Silva garantiu que a empresa vai “procurar encontrar soluções para todas as pessoas” e que “será feita uma avaliação de cada trabalhador”, sendo que essas soluções “pressupõe que muitas poderão ser recolocadas noutras funções ou localizações, mas também ver recapacitadas as suas competências para fazer face a outros desafios”.

Em 21 de dezembro, a Galp anunciou, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que “continuará a abastecer o mercado regional mantendo a operação das principais instalações de importação, armazenamento e expedição de produtos existentes em Matosinhos”, e que está a “desenvolver soluções adequadas para a necessária redução da força laboral e a avaliar alternativas de utilização para o complexo”.

A empresa afirmou que as “alterações estruturais dos padrões de consumo de produtos petrolíferos motivados pelo contexto regulatório e pelo contexto covid-19 originaram um impacto significativo nas atividades industriais de ‘downstreaming’ da Galp”, e disse que “o aprovisionamento e a distribuição de combustíveis no país não serão impactados por esta decisão”.

Esta reconfiguração “permitirá uma redução de mais de €90m por ano em custo fixos e investimentos e c.900kt das emissões de CO2 e (scope 1 e 2) associadas ao sistema atual”, refere a nota.

Esta decisão já desencadeou várias reações com o Governo a considerar que a decisão da Galp “levanta preocupações” em relação ao destino dos trabalhadores, mas a lembrar que as medidas anunciadas se inserem num processo que visa a descarbonização do setor energético.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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