REGIÕES
MATOSINHOS: UTENTES DO LAR DO COMÉRCIO VÃO SER NOVAMENTE TESTADOS
Os utentes do Lar do Comércio, em Matosinhos, vão voltar a ser testados à covid-19 antes de regressarem às suas instalações, que começaram hoje, a ser descontaminadas, adiantou à Lusa o major Milton Pais.
Os utentes do Lar do Comércio, em Matosinhos, vão voltar a ser testados à covid-19 antes de regressarem às suas instalações, que começaram hoje, a ser descontaminadas, adiantou à Lusa o major Milton Pais.
Depois de concluído o processo de descontaminação e antes de voltarem a ocupar os seus quartos, os idosos vão ter de voltar a ser submetidos a novos testes, mesmo que numa primeira fase tenham dado negativo, explicou.
Durante o dia de hoje, 36 militares do Elemento de Defesa Biológico, Químico e Radiológico concluíram a primeira de duas fases de descontaminação, contou.
O militar adiantou que hoje foi descontaminada, com cerca de 350 litros de descontaminante, a ala sul do lar que compreende seis andares e uma cave.
Posteriormente, e numa segunda fase, que deverá acontecer previsivelmente na quarta-feira, será feita a descontaminação da ala norte e infantário, espaço que atualmente acomoda cerca de 70 utentes que testaram negativo à covid-19, adiantou.
Esta operação, para a qual estes militares estão preparados, garantiu, deverá ficar concluída no final da semana, referiu.
Na passada quinta-feira, 59 dos cerca de 160 utentes do lar, que já regista 21 mortes por covid-19, foram transferidos.
Destes 59, 48 dos quais dependentes e com testes negativos à covid-19, foram levados para o Centro de Neurointervenção da Cruz Vermelha, em Vila Nova de Gaia, e para o Hospital Militar do Porto.
Os outros 11 utentes, infetados pelo novo coronavírus, foram para o Centro de Apoio Comunitário de Matosinhos até recuperarem.
A opção visou não só por transferir os utentes infetados, mas também os dependentes, porque os recursos humanos do Lar do Comércio são insuficientes para prestar os cuidados de saúde adequados.
Os restantes residentes, que testaram negativo à covid-19, começaram a ser acomodados no infantário contíguo e pertença da instituição.
Já na sexta-feira, a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, considerou a atuação da direção do Lar do Comércio negligente, adiantando que vai participar ao Ministério Público (MP) as situações que chegaram ao conhecimento da autarquia.
“Naturalmente que as situações que chegaram ao nosso conhecimento sobre casos no Lar do Comércio são participadas ao Ministério Público. Tal como a câmara já fez em situações em que havia relatos muito menores, nós participaremos e depois o Ministério Público fará o desenrolar do processo conforme melhor entender”, afirmou à margem da cerimónia de inauguração do túnel de ligação da Avenida Calouste Gulbenkian à Autoestrada 28 (A28), em Matosinhos.
O MP instaurou um inquérito à atuação do lar, revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em resposta à Lusa, a PGR confirma que “foi instaurado um inquérito” que corre “termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] do Porto”.
Portugal contabiliza 1.218 mortos associados à covid-19 em 29.036 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
REGIÕES
OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.
Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.
A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.
Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.
O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.
Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).
O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.
Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.
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