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INTERNACIONAL

MAU TEMPO: EM ESPANHA CAUSOU SEIS MORTES NA CATALUNHA

Um pescador morreu hoje de manhã na Catalunha, em Espanha, depois de cair ao mar devido aos ventos fortes, aumentando para seis o número de mortos confirmados no país devido ao mau tempo.

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Um pescador morreu hoje de manhã na Catalunha, em Espanha, depois de cair ao mar devido aos ventos fortes, aumentando para seis o número de mortos confirmados no país devido ao mau tempo.

No sábado, as autoridades espanholas também indicavam o número de seis mortos, mas posteriormente foi retirada do balanço a morte, na sexta-feira, de um holandês de 68 anos enquanto praticava windsurf, em Huelva, estando por determinar se a causa foi o temporal marítimo.

Segundo as autoridades, o homem que morreu hoje estava a pescar numa zona costeira do município de Sant Feliu de Guíxols (província de Girona), quando tropeçou numa rocha, caiu e foi arrastado pelo mar.

Na altura, realizava-se uma prova desportiva na zona.

Quando o homem caiu o seu companheiro de pesca lançou-se ao mar para o tentar resgatar, assim como três policias que estavam junto a uma lancha da Guardia Civil para garantir a segurança da prova.

Um helicóptero dos bombeiros do governo regional conseguiu resgatar os quatro homens que tentaram ajudar a vítima, mas quando a embarcação de Salvamento Marítimo localizou o pescador, este já estava morto.

A Catalunha tem sido afetada por ventos muito fortes nas últimas horas, tendo o serviço meteorológico Meteocat detetado rajadas de vento de 180,7 quilómetros por hora ma montanha Puig de Sesolles, o valor mais alto registado nos nove anos em que há naquela localização uma estação meteorológica.

Os temporais que têm afetado a Europa ocidental nos últimos dias – denominados Elsa e Fabien – já fizeram vários mortos em Espanha.

Uma mulher sul-coreana de 32 anos morreu no sábado no hospital em Madrid depois de, na sexta-feira, ter sido gravemente atingida por destroços caídos de um edifício público na Calle Alcalá, na capital espanhola.

Também no sábado morreu um homem em Huéscar, Granada, quando o veículo que conduzia foi arrastado por uma corrente de água.

Na sexta-feira, um homem de 51 anos perdeu a vida ao cair do seu trator num rio por causa do temporal, em Vegas del Condado, na província de León, e, na quinta-feira, morreram dois homens vítimas do mau tempo, um em Puenxo, nas Astúrias, e outro em Santiago de Compostela, na Galiza.

Em Portugal, o mau tempo já provocou, desde quarta-feira, dois mortos, um desaparecido e deixou 144 pessoas desalojadas, segundo o último balanço.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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