NACIONAL
MÉDICOS ‘ACUSAM’ O GOVERNO DE ‘PROPAGANDA SOBRE A VACINAÇÃO’
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusou este sábado o Governo de fazer propaganda com a vacinação contra a Covid-19, afirmando que há muitas pessoas que estão na primeira linha de combate à pandemia que não foram vacinadas.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) acusou este sábado o Governo de fazer propaganda com a vacinação contra a Covid-19, afirmando que há muitas pessoas que estão na primeira linha de combate à pandemia que não foram vacinadas.
“Não adianta e é totalmente inqualificável esta atitude de dizer que se vai vacinar os senhores professores — que aliás [somos] totalmente de acordo quanto a essa matéria – quando se sabe que muitas das pessoas que estão na primeira linha ainda nem sequer foram vacinadas”, disse o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha.
Jorge Roque da Cunha, que falava em declarações à Lusa após o encerramento do XIII Congresso do SIM, disse que, neste momento, só cerca de 75 a 80 % dos médicos, 20% dos elementos da PSP e GNR e cerca de 25% dos bombeiros estão vacinados.
“Não adianta, não vale a pena, não faz sentido preocupar-se unicamente com tirar a fotografia e deixar centenas, milhares desses profissionais por vacinar”, disse o dirigente sindical, hoje reeleito para mais um mandato de três anos, com 126 votos a favor e zero brancos. Além disso, só cerca de 10% das pessoas com mais de 80 anos têm as duas inoculações e cerca de 40% têm uma inoculação, acrescentou.
Jorge Roque da Cunha diz que ao falar em alargar a vacinação aos professores o Governo “está a criar expectativas” e a criar “uma pressão imensa junto dos serviços de saúde”, afirmando que os médicos, “em vez de estarem preocupados a tratar os seus doentes, estão a responder e a tentar justificar a propaganda do Governo”.
“Mais vale o Governo deixar de fazer propaganda em relação a esta matéria e ser verdadeiro. Não há vacinas. Só é possível vacinar estes grupos, incluindo os grupos de risco, daqui a dois, três ou quatro meses”, defendeu.
O dirigente sindical reclamou, por outro lado, um reforço de médicos, para “colmatar aqueles que saem” e para que possam libertar os médicos de família de atividades que não têm a ver com o acompanhamento dos seus doentes.
“As pessoas que não estão a ser acompanhadas por parte dos médicos de família na sua vigilância, a responsabilidade é do Ministério da Saúde. As pessoas, particularmente em Lisboa e Vale do Tejo, que não estão a ser vistas por especialidades hospitalares, feitas as suas cirurgias em unidades hospitalares, a responsabilidade é do Governo, que proibiu a atividade programada. Em vez de se preocupar em fazer demagogia, [o Governo] devia estar a tentar resolver estes problemas”, defendeu.
Jorge Roque da Cunha diz que este investimento na contratação das pessoas, tem de ser acompanhado por um investimento nas infraestruturas. “Nós queremos é impressoras nos centros de saúde. Queremos que os dados que são identificados nos laboratórios sejam colocados no sistema. Queremos que os nossos doentes recebam os meios complementares de diagnóstico de forma digital em vez de ser em papel”, disse.
A proteção dos médicos é outra das preocupações do SIM, tendo em conta que, segundo o responsável sindical, “há locais no nosso país onde os médicos continuam a correr risco por falta de equipamentos de proteção”.
O secretário-geral do SIM voltou, também, a defender a criação de uma comissão para identificar “os erros, os atos e as omissões e a tentativa de utilização política da pandemia, particularmente numa primeira fase”.
NACIONAL
SINISTRALIDADE: 11 MIL ACIDENTES E 34 MORTOS NO PRIMEIRO MÊS DE 2025
Quase 11 mil acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas no mês de janeiro que provocaram 34 mortos, um ligeiro aumento face ao mesmo período do ano passado, indicou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Quase 11 mil acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas no mês de janeiro que provocaram 34 mortos, um ligeiro aumento face ao mesmo período do ano passado, indicou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
O relatório da sinistralidade da ANSR dá conta que, entre 01 e 30 de janeiro, se registaram 10.932 acidentes, 34 mortos, 134 feridos graves e 3.073 feridos ligeiros.
Em comparação com o mesmo mês de 2024, registaram-se mais 52 acidentes e mais um morto, enquanto os feridos graves e ligeiros diminuíram, menos 55 e 65 respetivamente.
No primeiro mês do ano ocorreram mais acidentes nas estradas no distrito de Lisboa, num total de 2.033, seguido do Porto (1.896), Aveiro (891) e Braga (854).
Também é no distrito de Lisboa onde se registaram mais vítimas mortais em janeiro (5), enquanto em Aveiro e Braga morreram em cada um dos distritos quatro pessoas devido aos acidentes.
A ANSR indica ainda que os feridos graves ocorrem na maioria dos distritos de Lisboa (27), Santarém (15) e Setúbal (13).
O número de mortos diz respeito às vitimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.
NACIONAL
PARLAMENTO APROVA O FIM DAS INSPEÇÕES AOS MOTOCICLOS
O parlamento aprovou esta sexta-feira, em votação final global, diplomas com origem no PSD que retiram da lei a inspeção obrigatória para motociclos e universalizam o acesso destes veículos às faixas BUS.
O parlamento aprovou esta sexta-feira, em votação final global, diplomas com origem no PSD que retiram da lei a inspeção obrigatória para motociclos e universalizam o acesso destes veículos às faixas BUS.
O texto final apresentado pela Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação altera o Regime de Inspeções Técnicas de Veículos e elimina a obrigatoriedade prevista num decreto-lei de 2012 de sujeitar a inspeção “motociclos, triciclos e quadriciclos com cilindrada superior a 250 cm3, bem como reboques e semirreboques com peso superior a 750 kg”, que nunca entrou em vigor por estar dependente de uma portaria, sucessivamente adiada.
Este diploma que retira da lei a inspeção para motociclos foi aprovado em votação final global apenas com abstenção do Livre.
Já o texto final que altera o Código da Estrada de forma a universalizar o acesso dos motociclos às faixas BUS — que atualmente depende de cada Câmara Municipal — foi aprovado com a abstenção da IL.
Em votação final global, foram ainda aprovados, por unanimidade, textos finais com base em resoluções do PSD (sem força de lei) que recomendam ao Governo a redução do Imposto Único de Circulação (IUC) para motociclos, a criação de uma classe própria nas portagens para estes veículos ou a implementação de medidas de segurança como eliminação de materiais derrapantes nas juntas de dilatação nas estradas, criação de sinalização vertical própria para motociclistas (por exemplo, a alertar para a existência de carris) e a eliminação de pilaretes e de separadores de vias junto à estrada, considerados “armas letais para os motociclistas”.
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