Ligue-se a nós

REGIÕES

MÉDICOS DA URGÊNCIA METROPOLITANA DE PSIQUIATRIA DO PORTO DEMITEM-SE EM BLOCO

Os médicos responsáveis pela Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto (UMPP), concentrada desde abril de 2006 no Hospital de São João, apresentaram a sua demissão por aquele serviço padecer de “limitações e problemas vários” desde a sua génese.

Online há

em

Os médicos responsáveis pela Urgência Metropolitana de Psiquiatria do Porto (UMPP), concentrada desde abril de 2006 no Hospital de São João, apresentaram a sua demissão por aquele serviço padecer de “limitações e problemas vários” desde a sua génese.

Na carta de demissão datada de terça-feira, a que a Lusa teve hoje acesso, os oito médicos psiquiatras afirmam que a UMPP “padece de limitações e problemas vários desde a sua génese que têm sido sistematicamente levantados pelos profissionais de saúde que lá trabalham e pelos seus representantes”.

Dirigindo a carta ao presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), ao coordenador regional da Saúde Mental da ARS-Norte e aos diretores dos Serviços de Psiquiatria, os médicos salientam que um dos problemas “basilares” daquela urgência é a “ausência de definição dos critérios de referenciação”.

Escrevem os clínicos que este problema foi “já repetidamente reportado e discutido nas reuniões de coordenação que mereceu a elaboração de um documento pela coordenação da UMPP em 2018”.

“No início de 2020, em reunião com a ARS-Norte, foi comunicada a implementação dos critérios de referenciação, mas tal nunca chegou a suceder, contribuindo para o recurso à UMPP de uma enorme quantidade de casos sem indicação para observação em contexto de urgência e, assim, para um afluxo excessivo e inapropriado de utentes”, referem.

Salientando que desde o início da pandemia da covid-19 tem ocorrido uma “acentuada deterioração no modo de funcionamento” da UMPP, afetada pelas “graves limitações à transferência de doentes para o serviço de internamento de retaguarda da urgência (Hospital Magalhães Lemos)”, os médicos afirmam que a ausência de articulação com este serviço “inviabiliza o atual modelo de funcionamento”.

Na missiva, os oito profissionais de saúde dizem já ter, por diversas ocasiões, individual e coletivamente, denunciado “a gravidade destas situações às diferentes entidades”, mas que perante a “ausência de respostas e resolução dos problemas”, comunicaram a sua escusa de responsabilidade por riscos decorrentes da não resolução dos problemas que “colocam em risco a segurança clínica, qualidade do serviço prestado e dignidade de utentes e profissionais”.

Referindo-se a uma reunião solicitada a 09 de julho com o Conselho Diretivo da ARS-Norte, os médicos dizem existir “dificuldades de comunicação” com aquela entidade e que a reunião “ainda não foi agendada”.

“Registamos ainda a notória ausência de articulação entre a ARS-Norte e a Coordenação da UMPP e que culminou no recente pedido de exoneração de funções da Dra. Márcia Mota, com o qual nos solidarizamos”, referem os clínicos, justificando a demissão da coordenadora com a “falta de informação” sobre os planos de obras no Hospital Magalhães Lemos, a “falta de resposta” ao pedido de reunião e ao não ter sido convocada para a reunião da ARS-Norte, no dia 01 de outubro, com o objetivo de discutir as atuais condições da UMPP.

“Todos estes factos têm causado profunda indignação entre os médicos psiquiatras das várias instituições que participam na UMPP e, naturalmente, entre os seus responsáveis de equipa, que tudo têm feito para minorar os efeitos destes graves problemas nos cuidados prestados aos utentes”, acrescentam.

A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da ARS-Norte, mas até ao momento tal não foi possível.

Ao Jornal de Notícias, que divulgou hoje a demissão em bloco dos responsáveis de equipa da UMPP, a ARS-Norte disse estar a “trabalhar” para tentar resolver o problema e garantiu que ainda não desistiu de manter Márcia Mota nas funções atuais, afirmando que “tem vindo a reunir e vai continuar a trabalhar com a coordenadora no sentido de se encontrar uma solução e de ver a possibilidade de se manter no cargo”.

Desde 01 de abril de 2006 que a UMPP funciona nas instalações do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ).

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS