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METADE DA CRIMINALIDADE VIOLENTA ESTÁ EM LISBOA

A área da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa é responsável por cerca de 45,9% das participações de criminalidade violenta e grave do país, segundo o relatório anual referente a 2017, hoje divulgado.

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A área da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa é responsável por cerca de 45,9% das participações de criminalidade violenta e grave do país, segundo o relatório anual referente a 2017, hoje divulgado.

A competência da Procuradoria-geral Distrital de Lisboa (PGDL) abrange cinco comarcas, nomeadamente Lisboa, Lisboa Norte, Lisboa Oeste, Madeira e Açores.

No documento, a PGDL refere ainda que o crime violento em Portugal se tem caracterizado, em geral, pela actuação de gangues itinerantes, com grande mobilidade geográfica, por vezes de dimensão internacional, a exigir partilha de informação e concentração de inquéritos no Ministério Público (MP) em conjunto com os órgãos de polícia criminal.

A investigação criminal no distrito judicial de Lisboa, adianta a PGDL no relatório assinado pela procuradora-geral distrital de Lisboa, Maria José Morgado, caracteriza-se não só por um excepcional volume processual anual como também pela natureza dos fenómenos criminais próprios dos grandes centros urbanos e sua periferia.

Este volume processual envolve o combate à criminalidade de massa em simultâneo com a criminalidade organizada ou grupal e itinerante, a criminalidade violenta urbana, a delinquência juvenil, a alta corrupção, o crime financeiro e a violência no desporto focada nos principais ‘derbys’ e uma pequena e média criminalidade diária a exigir respostas simplificadas imediatas.

Nesse sentido, a PGDL considera que “o sistema de justiça penal enfrenta desafios desiguais, que exigem tratamento diferenciado e resposta imediata sob pena de descontrolo de certos fenómenos”.

Em 2017, a PGDL registou um aumento do crime económico-financeiro com destaque para os crimes de corrupção, e a tendência para o endurecimento dos fenómenos em investigação através da utilização de diversos filtros de camuflagem das atividades criminosas com a utilização intensiva de pessoas coletivas de fachada.

A PGDL destaca também a atuação de redes de corrupção em diversas áreas de serviços administrativos relevantes (como a saúde ou a segurança social) e a corrupção no futebol.

“A dimensão internacional de certas tipologias, o anonimato conseguido através do uso das tecnologias de informação, o entrelaçamento entre os crimes financeiros e os de corrupção e afins, tem aumentado a opacidade dos ‘modi operandi’, a disseminação da atuação organizada”, lê-se no documento.

A procuradora-geral distrital de Lisboa alerta para a necessidade de um reforço de assessorias técnicas, financeiras, contabilísticas e informáticas, de proximidade ao Ministério Público nos principais Departamento de Investigação e Ação Penal.

Em matéria de recuperação dos ativos do crime o valor total dos bens apreendidos ou arrestados em processos das comarcas do distrito foi de 1,5 milhões de euros.

Durante o ano de 2017 deram entrada no distrito judicial de Lisboa 171.030 inquéritos, a maioria da comarca de Lisboa (90.692), seguindo-se Lisboa Oeste (38.737), Lisboa Norte (21.269), Açores (11.794) e Madeira (8.538).

Ao longo de 2017 foram movimentados 228.443 inquéritos (entre os que vinham do período anterior e os novos), terminados 168.948 e outros 59.495 ficaram pendentes.

No total da área da PGDL existem 499 magistrados colocados (231 procuradores da República e 268 procuradores adjuntos).

LUSA

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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