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ARTE & CULTURA

METALLICA E IMAGINE DRAGONS CONFIRMADOS PARA O FESTIVAL ALIVE 2022

Os Metallica e os Imagine Dragons foram hoje confirmados para a 14.ª edição do festival Alive, marcada para os dias 06 a 09 de julho de 2022, no Passeio Marítimo de Algés, anunciou a promotora Everything is New.

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Os Metallica e os Imagine Dragons foram hoje confirmados para a 14.ª edição do festival Alive, marcada para os dias 06 a 09 de julho de 2022, no Passeio Marítimo de Algés, anunciou a promotora Everything is New.

“Metallica e Imagine Dragons são as grandes novidades que se juntam ao cartaz de 2022, com o tão desejado regresso dos Da Weasel”, lê-se no comunicado da promotora.

Faith No More, Royal Blood, Parov Stelar, Tom Misch, Caribou, Parcels, Phoebe Bridgers, Dino D’Santiago, Seasick Steve, Inhaler, Hobo Johnson and the Lovemakers e Manel Cruz marcam também presença nos palcos da 14.ª edição, adianta a promotora, confirmando a manutenção de alguns nomes que estavam anunciados para as edições canceladas dos dois últimos anos (2020 e 2021), por causa da pandemia, como era o caso do regresso dos Da Weasel, previsto desde 2020.

“Os bilhetes adquiridos para o NOS Alive’20 e NOS Alive’21 são válidos para os dias de semana correspondentes do NOS Alive’22”, esclarece a Everything is New, admitindo a possibilidade de troca “para outro dia, mediante disponibilidade de lotação” ou ainda “por um vale”, no ponto de venda onde o bilhete tenha sido adquirido, “apresentando o bilhete e prova de compra”.

O anúncio do adiamento do festival de música NOS Alive, em Oeiras, de julho deste ano para um ano depois, foi feito na última semana de maio, por causa “da situação pandémica atual, que limita a circulação entre países”, inviabilizando as digressões de músicos.

O Alive contava ter atuações de nomes como Red Hot Chili Peppers, Alt-J, Black Pumas e Two Door Cinema Club.

Os bilhetes para a edição de 2022 foram colocados à venda em 24 de maio.

O anúncio dos novos nomes acontece poucas horas depois de conhecida a norma da Direção Geral da Saúde (DGS), que especifica o número de participantes em eventos familiares, culturais e desportivos, a partir dos quais devem ser realizados testes de diagnóstico à covid-19, uma medida contestada pelos promotores, que preveem diminuição de público e “uma catástrofe” para o setor cultural, com o teste obrigatório pago.

A norma da DGS recomenda testes à covid-19 em eventos familiares com mais de 10 pessoas, e em eventos culturais e desportivos, com mais de mil espectadores, em ambiente aberto, “ou superior a 500, em ambiente fechado”.

A definição do número de participantes acontece depois de, na passada quarta-feira, o Conselho de Ministros ter aprovado a obrigatoriedade de realização de testes de diagnóstico para acontecimentos familiares, desportivos e culturais.

O promotor Álvaro Covões, da direção da Associação de Promotores de Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE), em declarações à agência Lusa, na segunda-feira, considerou já que a obrigatoriedade destes testes, antes de eventos culturais, com custos para os espectadores, seria “uma catástrofe para o setor cultural”.

“Se agora há pouco público, [com teste obrigatório pago] ainda haverá menos – a chatice que é fazer um teste a cada espetáculo. E depois há o princípio da proporcionalidade, em que pode ser mais caro o teste do que o bilhete. É completamente sem nexo e sem organização”, lamentou então o promotor.

No domingo, a Associação Espetáculo – Agentes e Produtores Portugueses defendeu que os testes de diagnóstico deviam ser gratuitos em eventos culturais e, como contrapartida à obrigatoriedade, pedia um aumento da lotação das salas.

Na terça-feira, a Associação Portuguesa de Festivais de Música, em comunicado, manifestou-se “a favor de uma testagem massificada, mas coerente com outros setores e coerente com o desenvolvimento económico, e não com o caráter prejudicial atual, que coloca o custo no público ou no promotor”.

Em abril e maio, foram feitos vários eventos-piloto, em Braga, Coimbra e Lisboa, em que foram realizados, previamente, testes de diagnóstico aos espectadores.

Esse eventos-piloto, realizados em articulação com a DGS e a Cruz Vermelha Portuguesa, tinham como objetivo, segundo o Governo, definir “novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais”.

Na segunda-feira, Álvaro Covões disse à agência Lusa que a DGS informara as associações do setor, na sexta-feira passada, na mais recente reunião com representantes e o Governo, de que teria tido “um problema informático” com os dados dos eventos-piloto.

A DGS, numa resposta enviada à agência Lusa na terça-feira, admitiu a demora do processo, por ser “necessário fazer corresponder a informação de identificação que foi utilizada para aceder aos eventos com o número de utente do Serviço Nacional de Saúde”.

Fonte da DGS disse à agência Lusa que a demora não se deve a qualquer erro técnico ou informático.

“Os trabalhos de monitorização de potenciais casos de infeção de SARS-CoV-2, após a assistência aos eventos culturais piloto de abril e maio, estão ainda em conclusão”, disse a DGS.

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PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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