Ligue-se a nós

REGIÕES

MONTALEGRE: EX-AUTARCA SOCIALISTA AGUARDA JULGAMENTO EM LIBERDADE “LIMITADA”

O ex-presidente da Câmara de Montalegre deixou hoje a prisão domiciliária, 16 meses depois da sua detenção no âmbito de um processo que envolve cerca de 70 arguidos e crimes como associação criminosa, prevaricação e branqueamento.

Online há

em

O ex-presidente da Câmara de Montalegre deixou hoje a prisão domiciliária, 16 meses depois da sua detenção no âmbito de um processo que envolve cerca de 70 arguidos e crimes como associação criminosa, prevaricação e branqueamento.

Orlando Alves foi restituído às 10:06 à liberdade, mas continua sujeito à medida de coação de proibição de entrar no concelho de Montalegre.

“Continua a ser uma punição muito severa sobre a minha pessoa e considero que não há ganhos de causa absolutamente nenhuns para a justiça. A acusação está feita, é incontornável, e eu quero é paz, quero viver a minha vida com a minha família e amigos e quero que me deixem preparar convenientemente esta luta que tenho que levar até ao fim de modo a que possa recuperar a minha cidadania”, afirmou o antigo autarca.

Os três arguidos detidos no âmbito da operação Alquimia, desencadeada pela Polícia Judiciária (PJ) em outubro de 2022, foram hoje ao Tribunal de Murça para uma reavaliação das medidas de coação. São eles Orlando Alves, o ex-vice-presidente da Câmara de Montalegre, David Teixeira, e um funcionário do município (chefe da divisão de obras).

“Hoje recuperei a liberdade, é um bem precioso, não é tudo porque o impedimento de ir para minha casa é uma punição severa, mas falta a tarefa de recuperar a minha cidadania”, salientou Orlando Alves.

O Ministério Público (MP) imputa ao antigo presidente 395 crimes, entre eles associação criminosa, prevaricação, participação económica em negócio, branqueamento, falsificação de documento e fraude na obtenção de subsídio.

Para além de estar proibido de entrar no concelho de Montalegre, Orlando Alves tem que se apresentar três vezes por semana num posto policial da área onde está a residir, ou seja, em Viseu, onde se encontra em casa de familiares. Os seus bens continuam arrestados.

“No fundo, o tribunal considera que eu sou um elemento perturbador da harmonia social do burgo e do território”, referiu o ex-autarca.

A defesa de Orlando Alves requereu a abertura de instrução, um processo que vai decorrer no Tribunal de Murça devido à sua dimensão, quer em número de arguidos, de advogados, testemunhas e documentação escrita.

A sua advogada de defesa, Susana Moreira, entende que as medidas de coação aplicadas ao seu cliente “além de serem desnecessárias, são desadequadas, até ilegais e incompatíveis com as exigências de prevenção que se pretendem acautelar”.

“Teremos que nos defender e certamente apresentar recurso”, afirmou.

O antigo vice-presidente também viu hoje extintas algumas medidas de coação a que estava sujeito, como a proibição de ir ao concelho de Montalegre, tendo sido decretada como medida adicional a apresentação bissemanal num posto policial.

“O interesse é poder ser julgado o mais rapidamente possível, nós não fomos requerentes da instrução. O que pretendemos é que o julgamento se inicie no mais curto espaço de tempo possível para podermos demonstrar cabalmente a nossa inocência”, afirmou Miguel Mendes, advogado de defesa de David Teixeira.

A defesa do ex-autarca nega os crimes “um por um” que são imputados pelo MP, nomeadamente associação criminosa, prevaricação, participação económica em negócio, branqueamento, falsificação de documento.

Também o funcionário do município ficou sujeito a apresentações semanais que vão acumular à caução já prestada.

Neste processo, o Ministério Público (MP) acusa um total de cerca de 70 arguidos, entre arguidos individuais e empresas, imputando-lhes crimes como corrupção ativa e passiva, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem ou abuso de poder.

Os autarcas são suspeitos do favorecimento de amigos e familiares em centenas de concursos públicos, do recurso sistemático ao ajuste direto ou ao ajuste simplificado, à divisão artificial dos trabalhos ou serviços e fracionamento da despesa, num esquema que a acusação suspeita que se tenha prolongado entre 2014 e 2022.

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS