INTERNACIONAL
MORREU SHIMON PERES
O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres morreu hoje, disse o seu médico pessoal à agência noticiosa francesa AFP. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres morreu hoje, disse o seu médico pessoal à agência noticiosa francesa AFP. O estadista de 93 anos morreu por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa), afirmou Rafi Walden, que é também genro de Shimon Peres.
QUEM FOI SHIMON PERES ?
A HISTÓRIA, A VIDA E A OBRA DE SHIMON PERES:
Shimon Peres nasceu em Wiszniew a 2 de Agosto de 1923 e faleceu a 28 de Setembro de 2016; foi um político israelense, ex-membro do Partido Trabalhista. Recebeu o Nobel da Paz de 1994, junto com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat. Foi Presidente de Israel entre 2007 e 2014.
Em maio de 1945, Shimon casou com Sonya Gelman, que ele conhecera no acampamento para jovens Ben Shemen, onde seu pai serviu como professor de carpintaria. Os dois se casaram após Sonya terminar seu serviço militar no exército britânico durante a Segunda Guerra Mundial. Ao longo dos anos, Sonya optou por ficar longe da mídia e manter a privacidade de sua família, apesar da extensa carreira política de seu marido. Ela faleceu em 20 de Janeiro de 2011, aos 88 anos, de insuficiência cardíaca em seu apartamento em Tel Aviv. Shimon Peres e Sonya tiveram três filhos e oito netos.
Em 13 de Setembro de 2016, Shimon Peres foi hospitalizado em coma induzido, por conta dum derrame cerebral. O estado de saúde dele era até então considerado grave.[4]
Shimon Peres foi primeiro-ministro de Israel nos períodos de 1984 a 1986 e de 1995 a 1996, e co-fundador do Partido Trabalhista israelense (1968).
Shimon Peres foi eleito em 13 de Junho de 2007 para exercer o cargo de presidente de Israel, tomando posse a 15 de Julho de 2007.
Peres nasceu Szymon Perski em Wiszniew, então parte da Polónia, hoje denominada Višnieva, pequena localidade na província de Minsk.
Sua família mudou-se para o Mandato Britânico da Palestina, que desde 1948 constitui o estado de Israel. É parente da atriz norte-americana Lauren Bacall.
Primeiro-ministro (1984-1986):
Nas eleições de 1984 não houve vencedor entre os dois maiores partidos israelenses. Através de um acordo entre estes dois partidos, foi criado um Governo Unido, com Peres como primeiro-ministro entre os anos 1984-1986 e como ministro das Relações Exteriores no período de 1986-1988.
Em 1985 Peres e o ministro da Defesa Yitzhak Rabin retiraram as forças israelenses do Líbano, permanecendo exclusivamente no Sul, na fronteira entre o Líbano e Israel.
Nobel da Paz:
Em 1993 Israel ainda participava das Conversações em Madrid que não avançavam e não apresentavam quaisquer resultados.
Yossi Beilin informou a Peres sobre a existência de negociações secretas com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e este compartilhou a informação com Yitzhak Rabin. Em Agosto de 1993 Peres e Mahmoud Zeidan Abbas assinaram o primeiro acordo em Oslo.
Em Setembro de 1993 foi assinado na Casa Branca o Acordo de Paz de Oslo. No ano seguinte, Shimon Peres recebeu o Nobel da Paz, juntamente com Yitzhak Rabin e Yasser Arafat.
Em 1993 Peres publicou seu livro “O Novo Oriente Médio”. Neste livro, ele transmite sua visão sobre o futuro do Oriente Médio, no qual interesses nacionais e económicos seriam os guardiões da Paz nesta zona.
O nome do livro passou a ser uma expressão utilizada, em especial por parte dos direitistas de Israel, como fantasia irreal e contra as ideias contidas neste livro.
Primeiro-ministro (1995-1996):
Em 1995 o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin foi assassinado e Shimon Peres, Ministro dos Negócios Estrangeiros foi nomeado a preencher o cargo até meados de 1996, quando perdeu nas eleições a Benjamin Netanyahu.
Em 2005 Peres demitiu-se oficialmente do Partido “Avoda” apoiando e tornando-se membro do Partido Kadima.
Presidente (2007-2014):
Em 2007 o Kadima anunciou que lançaria Shimon Peres como seu candidato à presidência de Israel. Em 13 de Junho do mesmo ano foi feita a eleição no Knesset. Na primeira votação Peres conseguiu 58 votos, insuficientes para se eleger. Após esta votação, Reuven Rivlin do Likud (37 votos) e Colette Avital do Partido Trabalhista (21 votos) retiraram suas candidaturas. Na segunda votação Shimon conseguiu 86 votos a favor (23 contra e duas abstenções), superando o mínimo exigido de 61 votos.
Shimon assumiu assim aos 84 anos de idade, a Presidência em 15 de Junho para um mandato de sete anos.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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