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NACIONAL

MOTORISTAS DE MATÉRIAS PERIGOSAS EM GREVE

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) deu hoje início a uma greve nacional por tempo indeterminado para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo impugnado os serviços mínimos definidos pelo Governo.

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O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) deu hoje início a uma greve nacional por tempo indeterminado para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica, tendo impugnado os serviços mínimos definidos pelo Governo.

A greve teve início às 00:00 de hoje e estão a decorrer concentrações em Aveiras, no Barreiro, em Sines e Matosinhos junto à Petrogal, como explicaram à Lusa o presidente do SNMMP, Francisco São Bento, e o vice-presidente e consultor jurídico, Pedro Pardal Henriques.

“A greve abrange todos os trabalhadores do setor do transporte de matérias perigosas, terá início hoje pelas 00:00 e irá prolongar-se por tempo indeterminado até que as entidades competentes decidam sentar-se à mesa para chegar a um consenso”, disse Francisco São Bento.

Este apelo diz respeito, em particular, à Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e ao Governo, que procurou mediar um encontro entre as duas partes no dia 08 de abril, sem sucesso, segundo um comunicado daquela entidade.

“Apesar do pré-aviso de greve suscitar várias dúvidas quanto à sua legalidade, a ANTRAM decidiu estar presente na reunião, que teve lugar a 08 de abril, nas instalações da [Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], procurando dar a conhecer as razões pelas quais se demarca das pretensões apresentadas pelo SNMMP. Com efeito, a ANTRAM não reconhece qualquer legitimidade às reivindicações pretendidas e como tal não está disponível para iniciar qualquer negociação com este Sindicato”, pode ler-se no documento com data de 09 de abril.

Dois dias depois, a ANTRAM publicava outro comunicado no qual indicava que “da parte das forças de segurança, a GNR deu já a conhecer que irá estar atenta ao desenrolar dos protestos e que, caso alguma intervenção venha a ser necessária, desencadeará os respetivos meios para repor a segurança”.

Pedro Pardal Henriques afasta qualquer ideia de violência e salienta que o que os motoristas reivindicam “é o reconhecimento da categoria profissional porque são considerados apenas trabalhadores de pesados apesar de existirem diferenças [e de serem] obrigados a ter formação especial”, havendo ainda “riscos suplementares”.

Adicionalmente, é exigido que cessem os pagamentos de ajudas de custo “de forma ilegal”, que levam a que os trabalhadores sejam prejudicados, por exemplo, em momentos de baixa.

Pedro Pardal Henriques adiantou ainda que as empresas “têm feito uma pressão tremenda sobre estas pessoas”, inclusive através de ameaças de despedimento por pertencer ao sindicato, criado há 14 meses através da conversão da Associação Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas.

Em relação aos serviços mínimos, o despacho conjunto dos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do Ambiente e da Transição Energética estabelecia o “abastecimento de combustíveis aos hospitais, bases aéreas, bombeiros, portos e aeroportos, nas mesmas condições em que o devem assegurar em dias em que não haja greve”, bem como o “abastecimento de combustíveis aos postos de abastecimento da grande Lisboa e do grande Porto, tendo por referência 40% das operações asseguradas em dias em que não haja greve”.

Questionado sobre se os serviços mínimos vão ser cumpridos, Pedro Pardal Henriques respondeu que “foram impugnados juridicamente”.

“Fizemos uma impugnação do despacho conjunto dos ministérios e ainda fizemos um processo para salvaguardar os direitos, liberdades e garantias” dos trabalhadores, afirmou, antes de acrescentar que a intenção é cumprir apenas a proposta do SNMMP de abastecer os hospitais.

Pedro Pardal Henriques questiona o porquê de ter sido estabelecida uma diferença entre habitantes de Lisboa e Porto e residentes do resto do país.

“A ideia dos serviços mínimos é salvaguardar o indispensável para o dia-a-dia. Abastecer os aeroportos não é indispensável para o dia-a-dia”, frisou.

LUSA

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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