REGIÕES
MOURA: FÁBRICA DE PAINÉIS SOLARES ENCERRA E DEIXA 105 DESEMPREGADOS
A fábrica de painéis solares de Moura, no Alentejo, vai fechar, porque a sua viabilidade económica é ‘impossível’, revelou hoje à agência Lusa um porta-voz da empresa proprietária, situação que deixará 105 pessoas desempregadas.
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A fábrica de painéis solares de Moura, no Alentejo, vai fechar, porque a sua viabilidade económica é “impossível”, revelou hoje à agência Lusa um porta-voz da empresa proprietária, situação que deixará 105 pessoas desempregadas.
O porta-voz da empresa espanhola ACCIONA, a dona da fábrica, justificou à Lusa “o encerramento definitivo” da MFS – Moura Fábrica Solar, no distrito de Beja, com o facto de a sua viabilidade económica ser “impossível, num ambiente de mercado competitivo dominado por fabricantes chineses”.
Contactado hoje pela Lusa, o presidente da Câmara de Moura, Álvaro Azedo, afirmou que o fecho da fábrica, “o maior empregador privado do concelho”, é “um drama”, porque “vai deixar 105 pessoas no desemprego”.
Segundo o mesmo porta-voz, a decisão da ACCIONA de fechar a MFS “foi comunicada verbalmente aos trabalhadores” na passada segunda-feira e “também às autoridades nacionais e locais”.
“A partir de agora”, disse o porta-voz, “haverá um período de conversações com os representantes sindicais dos trabalhadores” para “definir as condições concretas” do despedimento e das indemnizações.
Os trabalhadores vão ser notificados formalmente por carta da decisão da ACCIONA e, após o período de negociações com os representantes sindicais, irão receber os pré-avisos de despedimento e as cartas de indemnização e só depois a fábrica irá fechar.
“São 105 postos de trabalho que se vão perder”, o que “para um concelho do interior como o de Moura, que tem problemas em termos de emprego, é, de facto, um rombo muito grande”, lamentou o presidente da câmara municipal, o socialista Álvaro Azedo, mostrando-se “muito consternado” com a situação, que considerou “dolorosa e devastadora”.
Segundo o autarca, entre os 105 trabalhadores da fábrica, que vão ficar desempregados, “há muitos jovens e casais”.
“Vamos ter situações em que numa casa de família marido e mulher vão ficar sem emprego, o que é devastador”, sublinhou.
O porta-voz da empresa disse à Lusa que a ACCIONA “cumpriu plenamente todos os seus compromissos com as autoridades nacionais e locais, mantendo a atividade da fábrica durante 10 anos, com uma média de mais de 100 empregados” e através de dois parceiros tecnológicos, um primeiro espanhol e um segundo chinês, que “a geriram consecutivamente”.
No entanto, o segundo parceiro, chinês, que geria a fábrica, “anunciou em 10 de setembro de 2018 – sete dias depois de a União Europeia ter decidido eliminar as tarifas sobre a importação de painéis da China – que iria concluir definitivamente a sua atividade em Moura e transferir a sua produção para fábricas na Ásia”, explicou o porta-voz.
“Ao longo de 2018”, a ACCIONA tentou negociar a entrada de um terceiro parceiro tecnológico na gestão da MFS, mas “sem qualquer resultado, dada a evolução do setor à escala global”, e, por isso, “não houve outra opção senão [a de] fechar a fábrica”, que parou de produzir painéis solares no passado mês de setembro, frisou.
“A ACCIONA aprecia o clima de colaboração alcançado nos últimos anos com as autoridades nacionais e locais e o empenho demonstrado por todos os colaboradores da fábrica e lamenta que o contexto global fotovoltaico – praticamente já não existem fábricas de painéis fotovoltaicos na Europa – nos obrigue a tomar esta decisão, que não era esperada quando iniciámos este projeto em 2008”, disse o porta-voz.
A criação da MFS, que implicou um investimento de 10 milhões de euros e começou a produzir em 2008, foi uma das contrapartidas do projeto de construção da Central Solar Fotovoltaica de Amareleja, no concelho de Moura.
Após ter comprado a empresa que tinha sido criada pela Câmara de Moura para construir e gerir a central, a ACCIONA construiu a MFS e, no âmbito de um acordo com o município, comprometeu-se a mantê-la a funcionar durante 10 anos, ou seja, até 2018, e com mais de 100 trabalhadores.
Nos 10 anos de atividade, a MFS parou de produzir durante vários períodos, mas manteve sempre a relação laboral com os trabalhadores.
Álvaro Azedo disse à Lusa que a Câmara de Moura “percebia que a continuidade” da MFS “após 2018 levantava muitas dúvidas” e, por isso, fez “várias diligências”, sobretudo junto do Governo, “no sentido de manter a fábrica a laborar e os 105 postos de trabalho”, o que não foi possível.
LUSA
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REGIÕES
FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023
O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.
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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.
“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.
Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.
“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.
Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.
Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.
Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.
Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.
Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).
Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).
O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.
Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).
Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.
Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.
“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.
Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.
As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).
Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).
REGIÕES
PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE
O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.
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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.
Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.
“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.
A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.
O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.
Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.
Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.
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Curto Música
10 de Janeiro, 2019 at 19:32
Muito bom pessoal