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INTERNACIONAL

NAVIOS “NRP ZAIRE” E “NRP BÉRRIO” A CAMINHO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE

Navios da Armada, “NRP Zaire” e “NRP Bérrio” partem para missão de um ano em São Tomé e Príncipe.

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Os navios da Marinha portuguesa “Zaire” e “Bérrio” partiram hoje de Lisboa para uma missão de um ano para reforçar a segurança marítima na zona de São Tomé e Príncipe e dar formação à guarda costeira.

O ministro português da Defesa, José Azeredo Lopes, presidiu, na base do Alfeite, na margem sul do Tejo, em Almada, distrito de Setúbal, à cerimónia de despedida do navio patrulha “Zaire” e do reabastecedor “Bérrio”, que chegarão a São Tomé a 17 de janeiro, após 14 dias de navegação.

O objetivo da missão, segundo Azeredo Lopes, é promover a “defesa e segurança marítimas” no Golfo da Guiné, a mais de 7.000 quilómetros de distância da base.

O ministro elogiou o bom estado das relações entre Portugal e São Tomé, cujo embaixador em Lisboa assistiu também à cerimónia, num ano em que se cumprem 30 anos sobre o primeiro acordo de cooperação na área da defesa.

O navio patrulha “Zaire”, com 36 tripulantes, vai cumprir uma “missão inovadora e determinante” para a formação da guarda costeira de São Tomé e para “o desenvolvimento mais profícuo da cooperação” entre os dois países na área da Defesa, que se iniciou há 30 anos, afirmou o ministro.

O navio “Bérrio”, com 86 tripulantes, incluindo 17 mulheres, é um navio abastecedor que estará também numa missão cujo orçamento é estimado pela Marinha em 1,4 milhões de euros.

Portugal é hoje, nas palavras de Azeredo Lopes, “um verdadeiro produtor de segurança” no mundo e esta missão é mais um exemplo.

O ministro recordou a importância da região para Portugal e o mundo, apresentando o Golfo da Guiné, onde estarão os dois navios, como uma região do globo “que ao longo dos séculos tem tido um papel maior no comércio internacional”.

Aí se concentra “uma percentagem considerável de produção de petróleo e hidrocarbonetos” e pela zona passam “importantes rotas de comércio”, incluindo navios de pavilhão português, que é preciso manter seguros, e onde existem ameaças e riscos, acrescentou.

“Aí se tem verificado também, infelizmente, um crescente aumento de atividades ilícitas no mar, como a pirataria, o roubo à mão armada e os tráficos de droga, de armas e de pessoas por via marítima”, afirmou Azeredo Lopes.

Além da questão da segurança, incluindo a marítima, a missão dos dois navios da Marinha portuguesa passa pela formação da guarda costeira de São Tomé, de forma que o país consiga “capacidades para controlar e administrar as suas águas”.

Além do mais, assinalou o ministro, com o aumento da segurança no Golfo da Guiné “estima-se que as receitas de São Tomé em matéria de pescas possam aumentar significativamente”.

Após a cerimónia, os navios “Bérrio” e “Zaire”, construídos na década de 60, ainda durante o regime colonial, zarparam em direção a São Tomé e Príncipe, após uma cerimónia a que assistiram familiares dos marinheiros, ao som do hino nacional e da “Maria da Fonte”, o hino da Marinha Portuguesa.

O comandante naval, vice-almirante Gouveia e Melo, afirmou que, além da formação, a missão portuguesa vai também ajudar ao nível de infraestruturas em São Tomé.

Uma delas é a construção de um sistema de comunicações de alta frequência nas ilhas, cobrindo a zone económica exclusiva de São Tomé, e a uma boia de amarração na baía de Ana Chaves.

Esta bóia, montada e concebida na Base Naval de Lisboa, no Alfeite, e pela Direcção-Geral de Faróis, segue a bordo do “Bérrio” e permitirá fornecer electricidade ao “Zaire” quando este estiver ao largo.

A electricidade chega por cabo eléctrico marítimo, a partir de terra, dá electricidade ao navio, permitindo evitar o desgaste dos geradores eléctricos, explicou o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António da Silva Ribeiro.

Estas são duas infraestruturas que a missão portuguesa ajudará a montar num país que, nas palavras de Silva Ribeiro, “não está preparado para receber um navio de guerra”

“Se conseguimos chegar à Índia, também conseguimos ficar um ano em São Tomé e cumprir bem a nossa missão”, afirmou o Chefe do Estado da Armada.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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