NACIONAL
NOVA PLATAFORMA VAI FACILITAR ACESSO ÀS DECISÕES JUDICIAIS
Uma plataforma informática a lançar no dia 22 pelo Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados vai permitir a consulta de sentenças e acórdãos dos tribunais de primeira instância do Norte, avançou hoje o presidente da estrutura.
Uma plataforma informática a lançar no dia 22 pelo Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados vai permitir a consulta de sentenças e acórdãos dos tribunais de primeira instância do Norte, avançou hoje o presidente da estrutura.
“Essa pesquisa é absolutamente inovadora”, disse Paulo Pimenta, em declarações à agência Lusa.
Numa primeira fase, a plataforma, designada “Direito em dia”, incluirá o acesso a decisões de tribunais de primeira instância a norte do Douro (Braga, Bragança, Porto, Porto Este, Viana do Castelo e Vila Real), bem como de Viseu, “mediante protocolos celebrados com as presidências dessas comarcas”.
Os protocolos criam condições para que todos os juízes de primeira instância, independentemente da área judicial em que atuem, possam colocar diretamente as suas decisões na plataforma, “mediante uma palavra-passe que lhes é fornecida, sem nenhum filtro da nossa parte”, explicou Paulo Pimenta.
“A única coisa que os juízes terão de fazer é, como já se faz hoje em decisões dos tribunais superiores que são publicitadas, eliminar elementos identificativos das pessoas envolvidas, substituindo-as por letras ou algo do género”, ressalvou.
Acrescentou que se pretende abrir a “Direito em dia” a contributos das outras comarcas portuguesas.
Outra vertente da plataforma é que vai permitir “tornar mais ágil” o acesso às decisões de tribunais superiores, que já é possível em agregadores do Ministério da Justiça e do Tribunal Constitucional, mas de forma “pouco prática”.
“Se se quiser fazer um estudo de jurisprudência sobre determinado assunto nessas plataformas, tem de fazer a consulta tribunal a tribunal. Já a nossa [plataforma], aglomera tudo num único motor de busca. Nesta vertente, permitimos aos utilizadores agilizarem a pesquisa, dando-lhes acesso a informação muito mais depressa e de forma mais organizada”.
A plataforma “Direito em dia” vai ser agregadora conteúdos que permitirão a pesquisa de jurisprudência organizada e simultânea em todas as bases de dados públicas, incluindo as decisões do Tribunal Constitucional, do Supremo Tribunal de Justiça e dos tribunais da Relação.
A comunidade jurídica poderá consultar ainda decisões do Supremo Tribunal Administrativo e dos tribunais centrais administrativos, bem como do Tribunal de Justiça da União Europeia, do Tribunal Geral e do Tribunal da Função Pública.
Será igualmente possível conhecer decisões do Centro de Arbitragem Administrativa e informações jurídicas da Autoridade Tributária e do Instituto dos Registos e do Notariado.
Os protocolos acordados com as primeiras sete comarcas aderentes à plataforma “Direito em dia” são oficializados no próprio dia 22, no Palácio da Justiça do Porto, em cerimónia que incluirá também a reinauguração da biblioteca que o Conselho Regional da Ordem dos Advogados detém naquele edifício judicial desde 1960.
“A biblioteca esteve a ser renovada e remodelada nos últimos dois meses e vamos aproveitar o momento para a reabrir”, disse o presidente Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados.
É uma biblioteca jurídica, com mais de oito mil volumes, aberta a toda a comunidade jurídica e não apenas a advogados.
“Aliás, juízes e procuradores do Palácio da Justiça são dos principais frequentadores”, sublinhou Paulo Pimenta.
LUSA
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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