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NACIONAL

NOVE MIL VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM 2017

Associação registou mais de nove mil vítimas no ano passado: crimes de violência doméstica ainda têm um peso de 75% face ao total de crimes registados

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A Associação de Apoio à Vítima (APAV) atendeu no ano passado 40.928 pessoas, um aumento de 19% entre 2015 e 2017, tendo identificado 9.176 vítimas, segundo dados divulgados esta terça-feira pela organização. Segundo os dados da APAV mais de 25 vítimas pedem ajuda por dia.

Segundo dados do Relatório Anual da APAV, em 2017 foram registados um total de 40.928 atendimentos, firmados em 12.086 processos de apoio, onde foi possível identificar 9.176 vítimas e 21.161 crimes e outras formas de violência.

A APAV salienta que os crimes contra as pessoas apresentam-se com uma dimensão na ordem dos 95% face ao total de crimes registados, destacando-se os crimes de violência doméstica (75,7%).

Por tipo de crime, destacam-se os de violência sexual, nomeadamente o abuso sexual de crianças (175 crimes), o ‘stalking’/perseguição (422) e o cibercrime (25).

“Nas restantes dimensões criminais, os destaques vão para os crimes patrimoniais – o crime de dano com 212 registos (1%) – e para as outras formas de violência – ‘bullying’ com 113 casos (0,5%)”, é indicado no relatório.

Segundo a APAV, a maioria das vítimas eram do sexo feminino (82,5%) e tinham idades compreendidas entre os 25 e os 54 anos (38,9%).

Quanto ao estado civil, as vítimas eram sobretudo casadas (28,2%), solteiras (23,1%) enquanto 33,4% pertenciam a um tipo de família nuclear com filhos/as.

Em termos académicos e profissionais, o ensino superior apresentou-se como o grau de ensino mais referenciado (8,4%) e mais de 30% das vítimas encontravam-se profissionalmente activas.

“Da análise efectuada aos dados da APAV é possível confirmar a existência de um número superior de autores de crime, face ao número de vítimas”, é referido.

Assim, no ano passado, a APAV registou um total de 9.481 autores/as de crime, sendo que destes/as, mais de 80% eram do sexo masculino e tinham idades compreendidas entre os 35 e os 54 anos (23,3%).

Segundo os dados recolhidos, cerca de 30% eram casados e possuíam uma ocupação profissional (32,1%), sendo que o tipo de vitimação continuada foi o mais registado em 2017, representando 75% dos casos.

No que diz respeito ao local do crime, a residência comum foi a mais referenciada, seguida da residência da vítima e o lugar/via pública.

Os dados indicam também que em cerca de 46% das situações foi formalizada queixa /denúncia junto das entidades policiais.

Os dados da APAV apontam para diferentes tipos vítimas: 944 pessoas idosas, com mais de 65 anos (em média três por dia e 18 por semana), 810 crianças e jovens (duas por dia e 16 por semana), 5.036 mulheres adultas (14 por dia e 97 por semana) e 775 homens adultos (duas por dia e 15 por semana).

Os dados estatísticos dizem respeito aos processos de apoio desenvolvidos presencialmente, por telefone e ‘online’, no ano transacto, pelos serviços de proximidade da APAV.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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