CIÊNCIA & TECNOLOGIA
O FACEBOOK SABE TUDO DE SI … MESMO QUE NÃO TENHA CONTA OU PERFIL
A privacidade do Facebook é cada vez mais preocupante … sabe-se agora que a sua informação electrónica é do conhecimento do Facebook, mesmo que não tenha conta/perfil !

Segurança de dados na internet é um assunto que voltou à tona entre os meios de tecnologia. Grande parte disso é por conta do recente caso em que Facebook é acusado do vazamento de dados de 50 mil milhões de usuários da rede social. Para fugir de ter seus dados monitorizados, basta não ter uma conta ou apagar a sua da rede?
A resposta imediata é: NÃO! Isso acontece por conta de um produto chamado Facebook Audience Network, ou “rede de audiência do Facebook”, em tradução literal. Esta ferramenta une publicidade e análise de audiência da rede social em uma plataforma só. Com isso, programadores conseguem utilizar o produto para não somente publicar suas campanhas, mas ter acesso a dados do usuário.
Dessa forma, mesmo que não se tenha uma conta/perfil, o seu comportamento on-line é monitorizado na mesma por apps/aplicações de parceiros do Facebook. A função do Facebook é de analisar os dados e devolver estratégias de comunicação para os programadores. Em troca disso, quando o utilizador fornece permissão de partilha de dados com a app/aplicação, as suas informações são fornecidas também ao Facebook.
Isto está explicitamente escrito nas políticas de privacidade do Facebook: “Informações de sites e apps que usam nosso serviço: Nós agregamos informação quando você visita um site ou app terceiro que usa nosso serviço (isso quer dizer que quando ele oferece nosso botão Like ou log in pelo Facebook ou usam alguns de nossos serviços de monitorização e publicidade). Isso inclui informação sobre os sites e apps que você visita, seu uso de nossos serviços ou daqueles sites ou apps, bem como informações que desenvolvedores e publicadores dos sites ou apps oferecem para você ou para nós”.
O Adguard fez uma pesquisa recente para entender como que estas informações são transferidas dentro desta lógica. O site analisou, com base em uma plataforma automatizada, os principais aplicativos da Google Play, instalando em um dispositivo e analisando tráfego e código. Ao todo, foram analisados 2.556 apps para o estudo.
Com isso, o grupo descobriu que 88% dos apps se ligam a servidores de terceiros e 41% utilizam o serviço Facebook Audience Network. Um dos dados mais alarmantes ainda é o de que nenhum aplicativo deixou explícito ou pediu permissão ao usuário sobre o caminho que esta informação poderia percorrer.
O time descobriu também que não é apenas o Facebook que utiliza este método para adquirir informações do usuário. Na análise, serviços da Google como Crashlytics e Double Click, semelhantes a Facebook Audience Network, apareceram em 65% dos apps. Contudo, é importante ter em mente que este estudo foi feito somente na Google Play, sem considerar outras lojas de aplicativos e serviços na web.
A terceira maior empresa apontada na pesquisa é o Yahoo, com 11% de uso de dados. Ainda aparecem na lista Twitter (4%) e Alibaba (3%). Caso você tenha um adblock instalado em seu celular, ao proibir o domínio graph.facebook.com, suas informações deixam de ser compartilhadas, pelo menos com o Facebook Audience Network.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA
INVESTIGADORES APROVEITAM O PÓ DA CORTIÇA PARA REMOVER POLUENTES DAS ÁGUAS
Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.
No âmbito do projeto “Corkcatcher: Adsorventes magnéticos com base em resíduos de cortiça para remediação ambiental”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, já alcançaram resultados promissores. Estão a adicionar propriedades a este pó para agarrar alguns dos poluentes mais preocupantes nas águas residuais: iões de metais pesados, corantes e antibióticos. São depositados, diariamente, cerca de dois milhões de toneladas de resíduos nas águas, em todo o mundo.
“O pó da cortiça é um material extremamente interessante visto possuir porosidade, ou seja, cavidades que podem acomodar os poluentes de águas”, começa por explicar o líder do projeto Carlos Granadeiro, investigador do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) na FCUP. “Contudo, esta porosidade não é acessível, isto é, não há uma passagem do exterior até aos poros”, comenta.
Assim, através do método de síntese desenvolvido no projeto Corkcatcher, “foi-nos possível tornar essa porosidade acessível (e até aumentá-la) e simultaneamente conferir propriedades magnéticas ao material”. E quanto maiores os poros, maior a capacidade de armazenar os poluentes. O objetivo dos investigadores é tornar a aplicação deste resíduo viável do ponto de vista económico e ambiental.
“A grande vantagem destes materiais renováveis magnéticos é o facto de serem facilmente separados magneticamente de águas, evitando passos adicionais de recuperação (ex. filtração, sedimentação) como acontece com os adsorventes tradicionais”, concretiza. Para além disso, os resíduos, depois de cumprirem a sua função de adsorver os poluentes, podem ser novamente reutilizados.
Estes materiais podem ser utilizados em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e pretende-se, na próxima fase do projeto, aplicá-los na própria ETAR da empresa corticeira J.A. Veiga de Macedo, que colabora com o projeto.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO MINHO TEM TRÊS DOS CIENTISTAS MAIS CITADOS NO MUNDO
A Universidade do Minho tem três cientistas entre os mais citados no mundo por outros investigadores – António Vicente e José António Teixeira, do Centro de Engenharia Biológica (CEB), e Rui L. Reis, do Grupo 3B’s.

A Universidade do Minho tem três cientistas entre os mais citados no mundo por outros investigadores – António Vicente e José António Teixeira, do Centro de Engenharia Biológica (CEB), e Rui L. Reis, do Grupo 3B’s.
A confirmação é dada hoje pela lista Highly Cited Researchers 2023, da consultora norte-americana Clarivate Analytics, que inclui 6849 cientistas de 67 países, sendo 19 deles em Portugal. O ranking incide no período 2012-2022 e apenas sobre os artigos altamente citados, que representam 1% do que se publica no mundo e para 21 áreas de conhecimento.
A dupla do CEB e da Escola de Engenharia da UMinho surge pelo sexto ano consecutivo nesta lista. António Vicente, na área das ciências agrárias, teve os seus artigos citados 19.011 vezes e está ligado a inovações como ecoembalagens, compostos funcionais e bioativos e nanossistemas para aplicações alimentares. José António Teixeira, na área cross-field, é um nome ímpar na biotecnologia industrial e biotecnologia alimentar, tendo várias distinções e 31.247 citações dos seus artigos.
Rui L. Reis surge pelo segundo ano na área cross-field, somando 62.905 citações dos seus artigos. O presidente do Instituto 3B’s e responsável do laboratório associado ICVS/3B’s é uma referência em biomateriais, engenharia de tecidos e medicina regenerativa, com diversos prémios e cargos internacionais.
O Highly Cited Researchers 2023 inclui, aliás, mais três alumni da UMinho em ciências agrárias/cross-field: Isabel Ferreira, Manuel Simões e Miguel Ângelo Cerqueira.
As análises bibliométricas da lista foram realizadas pelo Instituto de Informação Científica do grupo Web of Science, que “pesou” os artigos científicos da mesma coorte anual, retirando a vantagem da citação de artigos mais antigos perante os mais recentes. Os países mais representados no ranking são os EUA (2669 cientistas, 38% do total), China (1275), Reino Unido (574), Alemanha (336) e Austrália (321). Portugal ocupa o 27º lugar no mundo (era 26º). A lista inclui diversos Prémios Nobel e a instituição com maior volume de cientistas é a Academia Chinesa de Ciências (270), seguida pelas universidades de Harvard (237) e de Stanford (126).
As citações são um dos critérios mais utilizados para produzir rankings de instituições de ensino superior e demonstram a influência significativa de um grupo de investigadores entre os seus pares.
Há um mês, foi também publicada a lista World’s Top 2% Scientists 2023, do grupo editorial Elsevier, havendo 65 cientistas da UMinho entre os 200 mil cientistas mais influentes do mundo.
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