ECONOMIA & FINANÇAS
O QUE VAI AUMENTAR EM JANEIRO DE 2018
Fumar e beber álcool fica mais caro, mas também andar de carro (ou comprar um) ou de transportes. Até a carcaça na padaria sobe de preço. Saiba o que esperar a partir de 1 de janeiro.
Fumar e beber álcool fica mais caro, mas também andar de carro (ou comprar um) ou de transportes. Até a carcaça na padaria sobe de preço. Saiba o que esperar a partir de 1 de janeiro.
O novo ano está aí à porta e, mesmo com um regime de IRS mais favorável e outras mudanças que podem afectar positivamente o bolso dos contribuintes portugueses no novo Orçamento do Estado, há preços que vão subir a partir do dia 1 de Janeiro. Esteja preparado para pagar mais por um copo de whisky ou por um automóvel, para gastar mais nas portagens, nos transportes e também na padaria. Afinal, o que muda nos preços em 2018?
AUTOMÓVEL:
Conduzir o seu automóvel vai ficar mais caro. O Imposto Único de Circulação, ou IUC, vai ser atualizado de acordo com a inflação, isto é, vai subir 1,4%. O mesmo se aplica a outros aspetos do mundo automóvel. Por exemplo, o Imposto sobre Veículos, ou ISV, que se aplica à compra de um automóvel, também sobre 1,4% (o que significa aumentos substanciais quanto mais luxuosa a viatura).
Também as portagens ficam mais caras, pelo mesmo motivo. A partir de 1 de Janeiro, as portagens vão subir de preço para acompanhar o ritmo da inflação, para preços que vão ser tabelados pela Brisa e pela Infraestruturas de Portugal em conjunto com o Governo e o IMTT.
TRANSPORTES PÚBLICOS:
Se anda de transportes públicos, prepare-se para pagar mais a partir de 1 de Janeiro. É que, diz o Jornal de Notícias (acesso pago), os valores dos bilhetes vão sofrer um agravamento até 2%, subida que o Governo considera “equilibrada”. O jornal diz que os preços dos transportes públicos subirão até 2% em Janeiro do próximo ano, sendo este aumento dos tarifários explicado pela necessidade de cobrir os custos das empresas de transporte. O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, justifica a actualização dos valores dos bilhetes com o facto de manter-se, em simultâneo, a compensação dos passageiros com a dedução de 6% do IVA dos passes no IRS e com o alargamento dos descontos às crianças e jovens.
ÁLCOOL E TABACO:
O novo Orçamento do Estado resultou também na aprovação de uma subida do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas, ou IABA, ligeiramente mais do que a inflação: subirá 1,5%. O Governo prevê um aumento da receita com este imposto na ordem dos 17 milhões de euros no final do ano, mas o aumento do imposto é tão pequeno que mal se fará sentir na cerveja. Os aumentos virão, aos cêntimos, nas bebidas destiladas de custo mais elevado.
O maço de tabaco também pode vir a subir de preço, dependendo da marca. O imposto sobre o tabaco aumentou, mas o ad valorem diminuiu em um ponto percentual. Isso significa que as marcas de tabaco mais caras ficam a salvo de uma subida, segundo calculou o Jornal de Negócios, enquanto os maços que custam até 4,70 euros terão de subir os preços para absorver a carga fiscal.
PÃO / PANIFICAÇÃO:
“No início do ano que vem o pão terá, inevitavelmente, de aumentar. Não dá para aguentar mais esta situação”, disse António Fonte, presidente da Associação dos Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte (AIPAN) ao Correio da Manhã, sublinhando que “o que aí vem, em termos de agravamento dos custos de produção, não permite alternativa”. O preço do pão está congelado desde 2011. O agravamento dos custos com os combustíveis e a subida do salário mínimo farão com que venha aí um aumento em torno dos 20%.
RENDA DE CASA:
Os senhorios vão poder aumentar as rendas em 1,12% em 2018. O coeficiente de actualização do arrendamento urbano e rural para o próximo ano fixou-se nos 1,0112, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística. Desde o final de Setembro, quando o valor foi publicado em Diário da República, que os senhorios podiam comunicar o aumento aos inquilinos. Mas é sempre necessário respeitar uma antecedência mínima de 30 dias face ao momento exacto da actualização da renda. Contudo, os senhorios não são obrigados a aplicar a actualização.
Por exemplo, um aumento de 1% numa renda de 200 euros significa que o inquilino poderá pagar mais dois euros — 24 euros por ano. Já numa renda de 400 euros traduz-se num aumento de quatro euros — 48 euros anuais. Caso o inquilino rejeite, tem de responder no prazo de 30 dias. Esta é a atualização mais significativa das rendas desde 2013 (3,36%). Em 2017 foi de 0,54%.
COMPRAR CASA:
Se as rendas podem sofrer o maior aumento desde 2013, comprar casa também não vai ficar mais barato. De acordo com o inquérito realizado pelo Confidencial Imobiliário e o Royal Institution of Chartered Surveyors a proprietários, agentes imobiliários e promotores em Portugal, e divulgado este fim de semana pelo jornal Expresso (acesso pago), no próximo ano, o preço das casas deverá subir em média 5%. Um agravamento que se deve, em parte, ao aumento da procura, sobretudo em regiões como Lisboa, Porto e Algarve onde a procura é claramente superior à oferta, mas também ao aumento da actividade do crédito. Os preços estão a aproximar-se dos valores anteriores à crise.
ECO
ECONOMIA & FINANÇAS
SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.
Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.
Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.
Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.
Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.
Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.
Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.
Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.
No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.
Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.
O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).
A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.
Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.
ECONOMIA & FINANÇAS
ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).
“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.
Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.
O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.
No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.
O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.
Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.
A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.
De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.
O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.
O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.
-
REGIÕES3 semanas atrás
ANACOM E ERC RENOVAM LICENÇAS DA RÁDIO REGIONAL
-
DESPORTO4 semanas atrás
PRIMEIRA LIGA: BOAVISTA EM ÚLTIMO APÓS DERROTA COM O AROUCA (VÍDEO)
-
DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: BENFICA VENCE SPORTING NA FINAL PELA MARCAÇÃO DE PENÁLTIS (VÍDEO)
-
DESPORTO3 semanas atrás
TAÇA DA LIGA: JOÃO PINHEIRO NOMEADO PARA A FINAL “SPORTING X BENFICA”
-
NACIONAL2 semanas atrás
JOSÉ MANUEL MOURA É O NOVO PRESIDENTE DA PROTEÇÃO CIVIL
-
DESPORTO DIRETO2 semanas atrás
DIRETO: GIL VICENTE FC X FC PORTO (20:30)
-
DESPORTO DIRETO1 semana atrás
DIRETO: FC PORTO X OLYMPIACOS FC (17:45)
-
REGIÕES2 semanas atrás
PORTO: ARRANCAM AS OBRAS NA CIRCUNVALAÇÃO ENTRE CUF E MAGALHÃES LEMOS