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ARTE & CULTURA

OS A-HA DE ‘TAKE ON ME’ ESTREIAM-SE EM PORTUGAL ESTE ANO NO ROCK IN RIO LISBOA

Os noruegueses a-ha, responsáveis por “Take on me”, tema que fez sucesso na década de 1980, estreiam-se em Portugal este ano, no Rock in Rio Lisboa, no mesmo dia em que atuam os ingleses Duran Duran, foi hoje anunciado.

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Os noruegueses a-ha, responsáveis por “Take on me”, tema que fez sucesso na década de 1980, estreiam-se em Portugal este ano, no Rock in Rio Lisboa, no mesmo dia em que atuam os ingleses Duran Duran, foi hoje anunciado.

Segundo a organização do Rock in Rio Lisboa, num comunicado hoje divulgado, “os grandes êxitos do pop/rock estão garantidos” no festival, em 27 de junho, “num dia marcado pela estreia de nomes icónicos: Duran Duran, pela primeira vez na Cidade do Rock, e a-ha, numa estreia em Portugal”.

Além disso, no mesmo dia, e também no palco principal, atuam os portugueses Xutos & Pontapés, “presentes em todas as edições desde 2004”, e os ingleses Bush.

Os Duran Duran, cabeças de cartaz do dia 27 de junho, atuam no Rock in Rio Lisboa, 15 anos depois do último concerto em Portugal (em maio de 2005 no Coliseu de Lisboa).

A banda, formada no final da década de 1970 em Birmingham, é responsável por temas como “Girls on film”, “Rio”, “Ordinary World”, “Come undone” ou “The wild boys”. Liderados por Simon LeBon, contam “com mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo”.

Da Noruega chegam os a-ha, banda formada no início da década de 1980 em Oslo, responsáveis pelo popular tema “Take on me”. “Considerados um dos maiores fenómenos da música pop de todos os tempos, os seus temas intemporais levaram a mais de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, apenas com o disco de estreia, e arenas esgotadas pelos vários continentes”, refere a organização do Rock in Rio Lisboa.

Os Bush, formados nos anos 1990 em Londres, e que já atuaram várias vezes em Portugal, são autores de temas como “Swallowed”, “Letting the cables sleep”, “Machinehead” e “Glycerine”.

A 9.ª edição do festival decorre nos dias 20, 21, 27 e 28 de junho, no Parque da Bela Vista.

O cartaz deste ano inclui, entre outros, Foo Figherts, Post Malone, The Black Eyed Peas, Camila Cabello, The National, Anitta, Incubus, Ney Matogrosso, Delfins, Bárbara Tinoco, Plutónio e Mundo Segundo & Sam The Kid.

ARTE & CULTURA

PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

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O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.

Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.

Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.

Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.

“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.

Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.

“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.

“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.

O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.

Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.

Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.

“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.

“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.

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PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM

A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

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A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.

Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.

O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.

“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.

De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.

“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.

Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.

Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.

Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.

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