ARTE & CULTURA
OS METALLICA VIERAM A PORTUGAL E RECORDARAM “ZÉ PEDRO”.
O Altice Arena viveu um momento tão inesperado quanto emocionante na última noite, quando, fora do alinhamento, os Metallica tocaram A minha casinha dos Xutos e Pontapés, em homenagem a Zé Pedro
A banda norte-americana de ‘heavy metal’ Metallica surpreendeu na quinta-feira o público português ao tocar um tema do grupo de rock Xutos e Pontapés, num concerto de duas horas e meia, que correspondeu às expectativas dos fãs.
No segundo concerto da parte II da WorldWired Tour, a maior digressão de sempre do grupo de metal norte-americano, esgotado há quase um ano, os Metallica regressaram a Portugal 25 anos depois da primeira presença em solo português, na altura no antigo estádio de Alvalade.
Antes do 11.º concerto dos “monstros” do ‘heavy metal’ em solo português, que serviu para apresentar o décimo álbum do grupo, lançado a 18 de novembro de 2016, “Hardwired… to Self-Destruct”, foram os noruegueses Kvelertak a estrearem o palco de 360º montado a meio do antigo Pavilhão Atlântico, às 20:20.
Ainda com a arena longe de estar lotada com os 19.000 esperadores esperados, os seis elementos ofereceram um bom “aquecimento” instrumental ao público, já que o vocalista foi constantemente abafado pelas guitarras, tornando pouco percetível a melodia e, talvez por culpa disso, não conseguiu criar empatia com os fãs dos Metallica.
Depois da atuação de pouco mais de meia hora, as luzes abriram-se e, entre aplausos, assobios e alguns cânticos, o público ia aguardando pela entrada em cena dos norte-americanos, refrescando-se com copos grandes de cerveja e tirando várias fotografias, na cada vez mais composta arena do Altice.
Agendados para às 21:30, os Metallica subiram ao palco já muito perto das 22:00, entoando de rajada as novas “Hardwired” e “Atlas, Rise”, acompanhados com inúmeros telemóveis a filmar e a fotografar, tanto na plateia, com alguns clarões, como nos dois balcões completos.
Antes de “levantar” os milhares espetadores das cadeiras dos balções com a poderosa “Seek and Destroy”, James Hetfield soltou um “Olá Lisboa!” e prosseguiu: “Estamos muito felizes por estar aqui. Se vocês estão felizes nós também estamos”.
Em cima do palco, o cenário reproduzia o concerto através de cerca de 40 cubos suspensos, intercalado com imagens reais de homens a tentar sair dessas mesmas caixas, que subiam e desciam ao som das músicas. O terceiro tema agarrou a multidão e seguiram-se “Harvester of Sorrow” e “Welcome Home”, dos álbuns “And Justice for All” e Master of Puppets, respetivamente.
Preparando-se para entoar “Now That We’re Dead”, James já tinha rodado os vários microfones espalhados pelo palco 360º e voltou a dirigir-se ao público português, perguntando por quatro vezes: “Vocês estão vivos?”.
O vocalista, acompanhado pelos outros membros da banda, estenderam a canção com um momento de percussão, ao tocarem tambores escondidos em caixas luminosas durante alguns minutos, voltando à melodia.
Apenas o baterista dinamarquês, Lars Ulrich, e fundador da banda em 1981, se mantinha mais “quieto” ao centro do palco, enquanto os outros três se aproximavam dos fãs incansáveis na primeira fila redonda, interpretando mais três temas: “Dream No More”, “For Whom the Bell Tolls” e “Halo on Fire”.
“Cidade linda. Vocês estão bem?”, questionou o vocalista, surpreendendo de seguida os milhares na arena num momento único, quando o concerto já ia em uma hora.
O guitarrista Kirk Hammett e o baixista Robert Trujillo fizeram os acordes e o público entoou o tema “Minha Casinha”, em homenagem à banda de rock portuguesa “Xutos e Pontapés” e ao falecido membro Zé Pedro.
Após o momento alto da noite, “Am i Evil”, “Creeping Death” e “Moth Into Flame” destabilizaram o Altice Arena por completo, com a última a ser acompanhada por dezenas de pequenos drones luminosos em círculo por cima do quarteto.
Em nova pausa, o vocalista elogia os fãs: “Temos três gerações aqui: os avós, os pais e as crianças”, destacando ainda o povo feminino que se encontrava na fila da frente, nomeadamente uma menina de 10 anos. A seguir retoma com “Sad Bad True”.
Já com a bandeira de Portugal em palco, a parte final da atuação não podia ter sido melhor, com a clássica e obrigatória nos concertos “One”, abrindo caminho para a desconcertante “Master of Puppets”.
“Spit out the Bone” antecedeu à mais melódica canção da banda, “Nothing Else Matters”, entoada, em uníssono, pela multidão com várias “lanternas” e “flashs”, encerrando com “Enter Sandman”, depois de mostrar a palheta da guitarra com as cores lusas e rematar com um: “Continuam vivos?’.
RECORDAR AQUI O MOMENTO DA NOITE:
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ARTE & CULTURA
PAUL MCCARTNEY PEDE AO GOVERNO PARA PROTEGER ARTISTAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.
O ex-Beatle Paul McCartney apelou hoje ao Governo britânico para reforçar a proteção dos artistas contra a inteligência artificial (IA), numa altura em que o executivo considera uma reforma da lei dos direitos de autor.
Numa entrevista à BBC, o cantor e compositor britânico, de 82 anos, alertou que os músicos podem ser “despojados” das suas criações e voltou a criticar o projeto do Governo trabalhista que prevê alterações à legislação sobre direitos de autor.
Entre as propostas está “uma exceção aos direitos de autor” para treinar modelos de IA com fins comerciais, cujo projeto ofereceria aos criadores a possibilidade de “reservar os seus direitos”.
Paul McCartney, que manteve uma carreia praticamente a solo após a dissolução oficial dos Beatles, em 1970, sustenta que, com essa reforma, os artistas perderão o controlo sobre as suas obras.
“Os jovens podem escrever uma bela canção, mas podem acabar por não ser os proprietários dela”, disse.
Pior ainda, “qualquer pessoa poderá apropriar-se dessa canção”, denunciou.
“A verdade é que o dinheiro irá para algum lado. Alguém será pago. Não deverá ser o tipo que escreveu ‘Yesterday’?”, um dos temas mais conhecidos dos The Beatles, composto por Paul McCartney (creditada a Lennon/McCartney), gravada em 1965 para o álbum “Help!”, questionou.
“Se apresentarem um projeto de lei, assegurem-se de que protegem os pensadores e os artistas, caso contrário, não terão o seu apoio. Somos o povo, vocês são o Governo. É suposto que nos protejam. Esse é o vosso trabalho”, reforçou McCartney.
O Governo britânico anunciou que aproveitará o período de consulta pública, que decorre até 25 de fevereiro, para explorar os principais pontos do debate, incluindo a forma como os criadores poderão obter licenças e ser remunerados pela utilização das suas obras.
Questionada sobre estas propostas numa entrevista à BBC, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, garantiu que “quer apoiar os artistas” e fará “tudo para que os direitos de autor sejam respeitados”.
Em novembro de 2023, McCartney e Ringo Starr, os membros sobreviventes dos Beatles (George Harrison morreu em novembro de 2001), usaram a IA para extrair a voz de John Lennon, assassinado em 1980 em Nova Iorque, de uma canção inacabada com várias décadas, intitulada “Now and Then”.
“Eu acho que a IA é fantástica e pode fazer muitas coisas incríveis”, admitiu Paul McCartney.
“No entanto, a IA não deve despojar os criadores. Isso não faz sentido”, concluiu.
ARTE & CULTURA
PORTO: SERRALVES RECEBE 37 OBRAS CONTEMPORÂNEAS DA COLEÇÃO DUERCKHEIM
A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.
A Fundação de Serralves, no Porto, assinou um acordo para receber em depósito 37 obras de 19 artistas provenientes da Coleção Duerckheim, que prevê ainda a doação de uma peça de Anselm Kiefer à instituição portuguesa.
Em comunicado, a Fundação de Serralves anunciou que vai receber, neste âmbito, o depósito de peças de Darren Almond, Georg Baselitz, Isaak Brodsky, Roman Buxbaum, Jake e Dinos Chapman, Theaster Gates, Gilbert & George, Antony Gormley, Damien Hirst, Zhang Huan, Stefan Hunstein, Anselm Kiefer, Michael Landy, Mamedov, Haralampi Oroschakoff, Sam Taylor-Wood, Matthias Wähner, Cerith Wyn Evans e Remy Zaugg.
O acordo inclui a doação de “Dat rosa miel apibus”, de Anselm Kiefer.
“É com grande alegria que Serralves recebe em depósito esta extraordinária coleção reunida ao longo de décadas de dedicação à arte pelo Conde Duerckheim. Este é um momento de grande importância para Serralves, e o acordo representa o reconhecimento da capacidade da Fundação para atrair e acolher as maiores coleções internacionais de arte contemporânea”, disse a presidente do conselho de administração da fundação, Ana Pinho, citada no mesmo comunicado.
De acordo com Serralves, o acordo foi possível graças à influência de Nuno Luzio, que deu a ideia ao Conde Christian Duerckheim, algo saudado por ambas as partes.
“Tendo estado fora de Portugal durante mais de 20 anos, Nuno Luzio demonstra o poder da diáspora portuguesa e o bem maior que podem fazer pelo seu país”, afirmou Ana Pinho.
Nascido em 1944 na região alemã da Saxónia, o industrial Christian Duerckheim viveu em Londres na década de 1960 e tornou-se num dos “mais significativos colecionadores da Europa”, como escreveu o jornal britânico The Guardian, em 2013, aquando de uma doação de 34 desenhos de artistas alemães modernos e de mais 60 trabalhos ao British Museum.
Em 2011, Duerckheim vendeu cerca de 80 obras através da leiloeira Sotheby’s por um valor recorde de mais de 100 milhões de libras, segundo notícias publicadas então pela imprensa especializada.
Na altura, ao New York Times, Christian Duerckheim afirmou que sempre quis ver a arte do seu tempo, enquanto alguém interessado em história que ficou obcecado com a arte do seu próprio país depois de ver uma obra de Georg Baselitz em 1970.
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