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OS NÓMADAS DIGITAIS

Os “nómadas digitais” como vivem e o que integra o kit de sobrevivência desta nova “espécie” de trabalho. Um computador, um smartphone, uma boa ligação Wi-Fi, trabalho como freelancers e espírito de aventura. Vê mais. Partilha com os teus amigos !

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NÓMADAS DIGITAIS

Um computador, um smartphone, uma boa ligação Wi-Fi, trabalho como freelancers e espírito de aventura. Este é o kit de sobrevivência dos nómadas digitais, uma nova geração que trabalha de forma remota enquanto viaja. Nos primeiros meses de 2016, a casa de Rafaela Mota Lemos, uma algarvia de 31 anos, será a sua terra natal, Portimão. Em 2014, o seu lar doce lar foi, durante seis meses, o Rio de Janeiro no Brasil e, por um trimestre, Nova Iorque, nos EUA.

A partir de março de 2016, a tradutora freelancer, que já foi gestora e editora da rede social Tumblr em Portugal, vai viver em Nápoles em Itália ou em Telavive em Israel. Depois, será a vez do Lobito, em Angola. «A minha casa é onde me encontro no momento e onde está o meu computador», refere. Rafaela Mota Lemos faz parte de uma comunidade crescente de nómadas digitais, globetrotters ou location independent entrepreneurs (empreendedores remotos e independentes).

Profissionais e viajantes que trabalham em regime freelance, de forma remota, a partir de qualquer parte do mundo. Não há ainda estatísticas sobre estes nómadas dos tempos modernos, mas é evidente, através de uma simples pesquisa no Google, nos media ou nas nossas redes sociais, que há cada vez mais jovens profissionais que trocaram o emprego fixo das 9h00 às 18h00, com um salário certo no final do mês, por uma vida errante e aventureira em cidades cosmopolitas ou praias exóticas.

E fazem-no sem abdicar das ambições profissionais e do trabalho que garante o pão na mesa. «O nómada digital vai porque quer e procura muito mais do que os bens materiais. Os emigrantes [no sentido tradicional] saem do país para poupar dinheiro, não têm uma vida social intensa, optam pela rotina casa/trabalho/casa. O nómada digital procura algo diferente. Quer aproveitar cada momento da vida sem limites geográficos», diz a jovem algarvia numa entrevista à publicação electrónica Saber Viver.

Rafaela Mota Lemos largou um emprego fixo e «uma vida muito simpática em Lisboa» há quatro anos [2011], mas só no ano passado se tornou numa nómada digital. «Nem conhecia o termo. Só soube o que era quando cheguei ao Brasil», refere. A certa altura pensou «Tenho 30 anos e esta pode ser a minha última hipótese para viajar. Porque não gastar este dinheiro noutra cidade e aproveitar a liberdade que tenho como freelancer ao máximo?», refere. No blogue Odisseando e na sua página no Facebook, Rafaela Mota Lemos partilha as suas experiências sobre «a chegada a uma nova cidade sem conhecer nada, nem ninguém e sem estar protegida por uma empresa ou por uma almofada social».

A maior parte dos nómadas digitais são, tal como ela, profissionais que produzem conteúdos escritos ou digitais. Muitos são jornalistas, tradutores, publicitários, designers, programadores, fotógrafos, gestores de conteúdos e professores de línguas. Podem existir outra categorias profissionais mas estas tendem a ser as mais comuns.

TRABALHAR SEM LOCAL FIXO

Débora Corrano e Felipe Pacheco, um casal de publicitários que acabou de se mudar de Lisboa para Berlim, na Alemanha, defendem, no entanto, que este estilo de vida está ao alcance de qualquer pessoa. «Qualquer área pode permitir esse tipo de vida. Tudo depende da forma como se encara a profissão. Nas nossas pesquisas encontramos médicos-legistas que trabalham em regime de telemedicina, psicólogos que atendem os clientes via Skype e até advogados», afirmam.

Autores do site Pequenos Monstros, Debbie e Fê arrastaram, só este ano, duas malas de 50 quilos e os seus dois cães, Lisa e Luca, por várias cidades. São Paulo, Córdova, Barcelona, Lisboa e Berlim foram algumas delas. «Ser nómada é viver de hipóteses que se vão testando para ver se funcionam ou não», explica Débora Corrano. «Este estilo de vida é uma tendência muito nova e depende muito dos gostos de cada indivíduo, família ou casal», sublinha.

«Depois de uma temporada a viver em Lisboa, optamos por criar uma base em Berlim e ter a nossa casa onde podemos deixar a maioria das nossas coisas. Assim, podemos viajar de comboio para vários países europeus com os cães, alugar a casa por dois meses a outras pessoas e continuar a ser nómadas. Já andávamos há um ano e meio a carregar, por exemplo, uma mala de roupa de Inverno que não abríamos há meses, mais as caixas enormes dos cães e isso acabava por nos limitar a mobilidade», diz.

Os dois luso-brasileiros, que adoraram «viver como alfacinhas e descobrir, em Lisboa, o que os brasileiros puxaram dos portugueses», tornaram-se nómadas quando a sua carteira de clientes em regime freelance ultrapassou em lucro o rendimento que conseguiam na agência publicitária onde trabalhavam e se conheceram. «Perdíamos três horas no trânsito de São Paulo para ir e voltar do trabalho. Queríamos viver de outro jeito, com mais liberdade», asseguram numa entrevista realizada por WhatsApp.

GERAÇÃO HI-TECH

A tecnologia e a proliferação do acesso barato ou gratuito à internet sem fios por todo o globo contribuem para que o estilo de vida nómada e empreendedor se tenha tornado muito popular entre a Geração Milénio, que abarca os nascidos entre 1980 e 2000. «É o sonho do século XXI. Uma forma de vida, um misto de Jack Kerouac (escritor considerado o pai do movimento Beat) com Richard Branson (o fundador da Virgin)», define o jornal britânico The Guardian.

Os nómadas não existiriam sem smartphones, aplicações com soluções para tudo, sem espaços de coworking, sem profissões tecnológicas e de produção de conteúdos, sem as viagens aéreas a baixo custo. «Começamos por atender os clientes via Skype porque não fazia sentido atravessar a cidade de São Paulo, que é enorme, para fazer reuniões presenciais», explica Felipe Pacheco.

Mas a tecnologia nem sempre é aliada e desengane-se quem pensa que os nómadas são meros turistas que passam o dia a passear ou a bronzear-se numa praia do sudeste asiático. Débora Corrano garante que, «mesmo nos momentos de lazer, estão sempre conectados». «Falamos no Skype quando estamos na rua. Vemos o email a cada duas horas. Acabamos por trabalhar mais e estar conectados muito mais tempo do que num emprego fixo», assegura.

DO SOFÁ PARA O MUNDO

As oito regras de ouro dos nómadas digitais:

1.Wi-Fi:

É a ferramenta mais importante. Sem um bom sinal de internet não se fazem reuniões via Skype nem se atendem pedidos urgentes de clientes.

2. Disciplina e uma rotina de trabalho:

Os espaços coworking são uma opção para os freelance que não querem passar o dia em pijama.

3. Criar laços afetivos e uma rede de apoio:

É importante ter um ombro amigo para as horas mais difíceis, como uma doença sazonal, e para partilhar os momentos alegres, como jantar fora, dançar ou ir ao cinema.

4. Hobbies:

Os nómadas têm dificuldade em conhecer pessoas quando começam do zero numa nova cidade. Um passatempo (praticar um desporto, por exemplo) ajuda a matar os tempos mortos e a conhecer pessoas novas.

5. Gostar de estar sozinho:

Os nómadas são, por natureza, pessoas extrovertidas e aventureiras e têm de estar preparados para resolver problemas sozinhos.

6. Visibilidade online:

Captar novos clientes é uma etapa importante do nomadismo digital. Crie conteúdo online sobre a sua área de trabalho e sobre as suas experiências. Pode ser um site ou uma página nas redes sociais. Vai acabar por criar uma rede com pessoas com os mesmos interesses e tornar-se uma referência para potenciais clientes.

7. Encontrar uma casa confortável:

E com bons acessos a transportes públicos.

8. Poupar dinheiro:

Para os imprevistos.


Há ir e trabalhar. O modo de vida destes novos nómadas digitais tem vantagens e desvantagens:

PRÓS:

1. Liberdade. Permite-lhes trabalhar onde e quando quiserem.

2. Produtividade. Podem mais facilmente trabalhar nos horários em que se sentem mais inspirados e produtivos.

3. Gestão do tempo facilitada. Se estiverem em fusos horários diferentes dos dos seus clientes podem, por exemplo, passear de manhã e começar a trabalhar apenas quando se inicia o dia de trabalho de quem os contratou.

4. Experiências novas. Começar do zero num local novo pode ser altamente motivante e inspirador.

5. Destruição de preconceitos relacionados com o trabalho. Esta opção garante maior flexibilidade e horários adaptados ao quotidiano e à carga laboral.

6. Conhecer novas culturas e aprender novas línguas.

7. Ter uma perspetiva global. Uma boa base criativa para encontrar soluções para diferentes problemas é uma das vantagens, além de que ter experiência em vários países agrega conhecimento.

CONTRAS:

1. Dificuldade em fazer novos amigos.

2. Horários. O sono e a produtividade afectadas quando os clientes estão em países com fuso horário adiantado.

3. Obriga a estar sempre conectado, dia e noite.

4. Exige um planeamento maior. Para os nómadas que mudam de país regularmente, a ansiedade de programar os próximos passos mal se chega num novo local.

5.Viajar com bagagem limitada durante anos ou meses.

6. Desgaste provocado pelos constantes recomeços, o que implica consumir tempo na adaptação a pequenas actividades, como descobrir o melhor supermercado ou saber como funcionam os electrodomésticos.

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MENOPAUSA: 50% DAS MULHERES EM PORTUGAL ASSUMEM “SENTIR-SE MAL”

Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

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Cerca de metade das 1,2 milhões mulheres (12% da população) que passa atualmente pelo período da menopausa em Portugal “assume mal-estar” nesta fase, indica uma investigação do seguro de saúde Médis, cujas conclusões foram divulgadas esta quarta-feira.

Esta é “a maior de todas as fases da saúde da mulher, ocupando, em média, 40% das suas vidas” e “é, também, a fase em que mais sofrem: cerca de metade das mulheres assumem mal-estar nesta fase o que, comparando com o mal-estar exibido na puberdade (20% das mulheres) é um número 140% superior, e comparando com o mal-estar exibido na maternidade (12% das mulheres) é um número 300% superior”.

A investigação deu continuidade ao estudo, realizado através do projeto Saúdes da Médis e divulgado em 2022, “Saúde e bem-estar das Mulheres, um Potencial a alcançar”, aprofundando o tema da menopausa.

Realizado durante “27 meses”, o trabalho teve por base “245 entrevistas quantitativas, cinco grupos de referência e quatro conversas aprofundadas com profissionais de saúde”, tendo sido entrevistadas 33 mulheres entre os 45 e os 65 anos.

“Vivemos numa sociedade que não está preparada para falar abertamente sobre a menopausa e até a esconde. Isto colide com a necessidade, que ouvimos da boca da maioria das mulheres com quem falámos, que vai precisamente em sentido contrário, ou seja, querem e precisam expor, sem tabus, sintomas, medos e anseios em relação ao tema“, alertou Maria Silveira, responsável de Orquestração Estratégica, Ecossistema de Saúde do Grupo Ageas Portugal, ao qual pertence a Médis.

A investigação complementa a classificação médica e científica da menopausa, que a divide em três fases – perimenopausa, menopausa e pós-menopausa -, e “tendo em conta a visão e os sentimentos das mulheres (a subjetividade)” associa quatro “estados de alma” ao processo: desconhecimento, sofrimento, gestão e libertação.

Segundo o estudo, a fase da menopausa é “muito pouco valorizada e falada” também pelos “médicos e profissionais de saúde”, apesar de lhe serem associados “mais de 30 sintomas” e de 72% das mulheres entre os 45 e os 60 anos viverem num estado permanente de tensão e 50% afirmarem já ter tido um esgotamento ou depressão.

Por outro lado, o facto de não ser “pensada ou preparada (ao contrário da maternidade e da menstruação), aumenta a dificuldade” na sua gestão.

De acordo com os dados da investigação, 52% das mulheres afirmam estar mal ou medianamente preparadas para lidar com esta fase de vida.

Os “desconfortos mais manifestados” são os afrontamentos (69%), dores nas articulações (49%), suores noturnos e/ou perturbações do sono (48%), ansiedade (45%), secura vaginal (42%) e diminuição da libido (37%).

“A nível profissional, 65% das mulheres que se encontram nesta condição sentem discriminação no local de trabalho e 22% já pensou mudar ou abandonar o seu trabalho“.

Quanto à “libertação”, considera-se que, embora seja uma fase pouco falada, deve ser destacada, já que apesar de “alguns dos sintomas poderem durar mais de uma década, a maioria deles acaba por se desvanecer” e “apenas 20% das mulheres dizem ter sintomas há mais de cinco anos”.

“A menopausa não é uma doença, mas uma condição. Sendo diferente de mulher para mulher, existem tantas menopausas quantas as mulheres, o que também dificulta”, disse Maria Silveira, citada num comunicado sobre a iniciativa de hoje “Dar ouvidos e voz à Menopausa”, para divulgar o estudo e que incluiu uma mesa-redonda.

A responsável diz por isso que “ouvir estas mulheres, orientá-las e dar-lhes voz é, em si mesmo, um ótimo ‘medicamento’, além, claro, de um acompanhamento holístico (ginecologia, psicologia, nutrição, exercício físico)”.

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CÃES E GATOS PODERÃO TRANSMITIR “SUPERBACTÉRIAS” A HUMANOS – ESTUDO

Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

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Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.

Em comunicado divulgado este sábado, a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID na sigla em inglês) adianta que a investigação vai ser apresentada no seu Congresso Global a decorrer em Barcelona (Espanha) entre 27 e 30 de abril.

Tendo encontrado “indícios da transmissão de bactérias multirresistentes entre cães e gatos doentes e os seus donos saudáveis em Portugal e no Reino Unido”, o trabalho levanta preocupações “de que os animais de estimação possam atuar como reservatórios de resistência e, assim, ajudar na propagação da resistência a medicamentos essenciais”.

Neste sentido, chama a atenção para a importância de incluir famílias com animais de estimação em programas de vigilância da resistência aos antibióticos, indica o comunicado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a resistência aos antibióticos como uma das maiores ameaças à saúde pública que a humanidade enfrenta.

As infeções resistentes aos medicamentos matam anualmente em todo o mundo mais de 1,2 milhões de pessoas e prevê-se que em 2050 sejam 10 milhões, se não forem tomadas medidas.

“Estudos recentes indicam que a transmissão de bactérias de resistência antimicrobiana (RAM) entre humanos e animais, incluindo animais de estimação, é crucial na manutenção dos níveis de resistência, desafiando a crença tradicional de que os humanos são os principais portadores de bactérias RAM na comunidade”, afirma a investigadora principal Juliana Menezes, citada no comunicado.

“Analisar e compreender a transmissão de bactérias RAM de animais de estimação para humanos é essencial para combater eficazmente a resistência antimicrobiana” em pessoas e animais, acrescenta a estudante de doutoramento, do Laboratório de Resistência aos Antibióticos do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.

O estudo envolveu cinco gatos, 38 cães e 78 pessoas em 43 casas em Portugal e 22 cães e 56 indivíduos em 22 habitações no Reino Unido. Todos os humanos eram saudáveis e todos os animais de estimação tinham infeções da pele e tecidos moles ou infeções do sistema urinário.

Os cientistas testaram amostras de fezes e urina e esfregaços de pele dos animais e dos seus donos para detetar Enterobacterales (família de bactérias que inclui a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae) resistentes a antibióticos comuns.

O foco foram as bactérias resistentes “às cefalosporinas de terceira geração” (dos mais importantes antibióticos, segundo a OMS) e “às carbapenemas (parte da última linha de defesa quando outros antibióticos falham)”.

Segundo o comunicado, “não foi possível comprovar a direção da transmissão”, mas “em três dos lares de Portugal, o timing dos testes positivos para a bactéria produtora de ESBL/AmpC sugere fortemente que, pelo menos nestes casos, a bactéria tinha passado do animal de estimação para o humano”.

Juliana Menezes considera que “aprender mais sobre a resistência nos animais de estimação ajudaria no desenvolvimento de intervenções fundamentadas e direcionadas, para defender a saúde animal e humana”.

Carícias, toques ou beijos e tocar nas fezes do animal permitem a passagem das bactérias entre os cães e os gatos e os seus donos, pelo que os investigadores pedem atenção à lavagem das mãos após fazer festas aos animais ou tratar dos seus dejetos.

“Quando o seu animal de estimação não estiver bem, analise a possibilidade de o isolar num quarto para evitar a propagação de bactérias pela casa e limpe bem o resto da habitação”, aconselha a investigadora.

Todos os cães e gatos ficaram sem infeções depois de terem sido tratados.

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