NACIONAL
PANDEMIA: CONFINAMENTO TERÁ EVITADO O COLAPSO DO SNS
O confinamento salvou vidas e evitou o colapso das unidades de cuidados intensivos dos hospitais públicos, mas é preciso continuar a capacitar serviços para eventuais novas fases da covid-19, disse hoje o secretário de Estado da Saúde.
O confinamento salvou vidas e evitou o colapso das unidades de cuidados intensivos dos hospitais públicos, mas é preciso continuar a capacitar serviços para eventuais novas fases da covid-19, disse hoje o secretário de Estado da Saúde.
“Hoje foi conhecido um estudo que dá nota disso: o confinamento não só salvou vidas como evitou o colapso das unidades de cuidados intensivos dos hospitais”, afirmou António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa diária para atualização de informação sobre a pandemia em Portugal.
“No entanto, é preciso continuar este trabalho de capacitação dos serviços para eventuais novas fases da pandemia”, acrescentou, referindo que “chegou esta semana mais um avião com 60 ventiladores da China e estão já em Portugal cerca e 160 ventiladores da encomenda de 500 feita pela Administração Central do Sistema de Saúde”.
Segundo o estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), o número de doentes graves com covid-19 internados nas unidades de cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) seria o triplo na primeira quinzena de abril sem o confinamento imposto pelo Governo em 19 de março.
“Sem o ‘lockdown’ [confinamento] decretado pelo Governo em meados de março de 2020, as unidades de cuidados intensivos dos hospitais do SNS teriam tido que atender, entre 01 e 15 de abril, uma avalanche de 748 doentes graves com covid-19, três vezes mais do que os 229 que precisaram desse tipo de cuidados”, lê-se na análise hoje divulgada pela ENSP da Universidade Nova de Lisboa.
Para os investigadores da ENSP, “nesse cenário, as 528 camas de cuidados intensivos de que o SNS dispunha na altura poderiam não ter sido suficientes para atender a todas as necessidades, como aconteceu em Itália e em Espanha”.
E realçam: “A ação antecipada deu tempo para o SNS adquirir equipamentos de proteção, aumentar a capacidade de testar e lidar com o aumento da procura hospitalar e de cuidados intensivos causada pela pandemia”.
Os especialistas referem que “Portugal atuou cedo ao decretar o ‘lockdown’ quando ainda só tinha registado 62 casos e nenhum óbito”, e que “os portugueses aderiram de forma efetiva às medidas de confinamento decretadas pelas autoridades, reduzindo a sua mobilidade em cerca de 80%”.
De acordo com o estudo, as medidas de confinamento contribuíram para que, nos primeiros quinze dias de abril, Portugal tivesse registado menos 5.568 casos (-25%) de covid-19, menos 146 mortes (-25%), e menos 519 (-69%) internamentos em unidades de cuidados intensivos do que seria de esperar se não tivesse sido decretado o confinamento.
Portugal contabiliza 1.369 mortos associados à covid-19 em 31.596 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 304 casos de infeção (+1%).
O número de pessoas hospitalizadas subiu de 510 para 512, das quais 65 se encontram em unidades de cuidados intensivos (menos uma).
O número de doentes recuperados é de 18.637.
NACIONAL
GOVERNO VAI PUBLICITAR FUNDOS EUROPEUS NA IMPRENSA NACIONAL E REGIONAL
O Governo aprovou hoje um decreto-lei que introduz “um mecanismo de reforço da transparência na utilização dos fundos europeus 2021-2027”, através da publicitação dos apoios nos jornais locais ou regionais e de âmbito nacional.
O Governo aprovou hoje um decreto-lei que introduz “um mecanismo de reforço da transparência na utilização dos fundos europeus 2021-2027”, através da publicitação dos apoios nos jornais locais ou regionais e de âmbito nacional.
O diploma foi aprovado em Conselho de Ministros e não foi detalhado na conferência de imprensa, hoje centrada na redução do IRS.
Na semana passada, durante a apresentação do programa do Governo, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já tinha anunciado esta medida.
“Vamos reforçar a transparência na aplicação dos fundos. Publicitar os fundos nos sites dos serviços públicos, é positivo, mas não suficiente. Decidimos, por isso, tornar obrigatória a publicação na imprensa, nacional e local”, anunciou, na quinta-feira passada, dizendo que esta alteração seria já hoje aprovada.
Na mesma ocasião, Montenegro manifestou a intenção de reforçar os meios de combate à fraude e à corrupção na aplicação dos fundos europeus.
“Na primeira semana deste Governo, já está assinado o despacho conjunto que determina a abertura de concurso para reforçar em 60% o número de inspetores especializados neste combate. É preciso executar depressa, mas bem”, afirmou, então.
NACIONAL
GOVERNO APELA À LIMPEZA DE TERRENOS PARA PREVENIR INCÊNDIOS
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apelou esta quinta-feira a todos os portugueses proprietários de terrenos rurais para que procedam à sua limpeza, destacando que este ato é fundamental para a prevenção dos incêndios florestais.
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, apelou esta quinta-feira a todos os portugueses proprietários de terrenos rurais para que procedam à sua limpeza, destacando que este ato é fundamental para a prevenção dos incêndios florestais.
“Gostaria de pedir a todos os portugueses que procedessem à limpeza das matas e dos seus terrenos com ajuda das autarquias quando for necessário. É extraordinariamente importante a participação de todos os cidadãos neste ato, a limpeza das matas pode salvar vidas, podem salvar bens e é essencial que os portugueses participem”, disse aos jornalistas a ministra, no final da cerimónia comemorativa do 17.º aniversário da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Margarida Blasco aproveitou a cerimónia na ANEPC para fazer o apelo numa altura em que se aproxima a época considerada mais crítica em incêndios rurais.
A ministra frisou que a limpeza das matas e dos terrenos é fundamental na prevenção dos fogos rurais.
Os proprietários de terrenos rurais, sejam florestais ou agrícolas, têm até 30 de abril para proceder à sua limpeza, passando a GNR, a partir de 1 de maio, à fase de fiscalização e a multar os proprietários que não cumprirem, e as coimas podem atingir o valor de cinco mil euros para pessoas singulares ou 25 mil euros para pessoas coletivas.
Segundo o regime excecional das redes de faixas de gestão de combustível, os trabalhos para a implementação de faixas de gestão de combustível contra incêndios devem decorrer até 30 de abril numa faixa de 50 metros à volta de habitações e outras edificações e numa faixa de 100 metros à volta dos aglomerados populacionais, parques de campismo e zonas industriais, por exemplo.
Se os proprietários não cumprirem no prazo a limpeza dos terrenos, as câmaras municipais assegurarão, a partir de 1 de maio, a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível, mas os donos terão de permitir o acesso aos seus terrenos e de pagar as despesas às autarquias.
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