INTERNACIONAL
PAPA APELA À COMUNICAÇÃO SOCIAL
O papa Francisco afirmou, esta quinta-feira, que “o jornalismo não se pode transformar numa arma de destruição de pessoas ou povos, ou alimentar medos”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O papa Francisco afirmou, esta quinta-feira, que “o jornalismo não se pode transformar numa arma de destruição de pessoas ou povos, ou alimentar medos”.
“O jornalismo não pode transformar-se numa arma de destruição de pessoas ou povos ou alimentar medos perante as mudanças ou fenómenos como a migração forçada pela guerra ou fome”, alertou Francisco.
O papa argentino pediu que “o jornalismo seja um instrumento de construção, um fator de bem comum, um acelerador de processos de reconciliação”,
Para Jorge Bergoglio, “o jornalista tem um papel de grande importância e ao mesmo tempo de grande responsabilidade”, uma vez que “de alguma forma escreve o primeiro esboço da História”.
Os jornalistas que desempenham o seu trabalho “com profissionalismo continuam a ser um elemento fundamental para a vitalidade de uma sociedade livre e pluralista”, considerou.
“Amar a verdade, viver com profissionalismo, o que vai além das leis e das normar, e respeitar a dignidade humana, o que é mais difícil do que se possa pensar à primeira vista”, são para o papa os três pilares sobre os quais se deve apoiar a profissão.
Sobre a procura da verdade, Francisco deu o exemplo da política e de muitos conflitos “rodeados de dinâmicas pouco claras, o que dificulta chegar à verdade”.
“O verdadeiro trabalho ou a missão do jornalista é chegar o mais próximo possível da verdade dos factos e não dizer ou escrever coisas que se sabe não serem verdade”, afirmou.
O profissionalismo dos jornalistas assenta “na necessidade de não se submeter às lógicas dos interesses de partes, sejam eles económicos ou políticos”, explicou.
Ao longo da História, “as ditaduras, de qualquer orientação e cor, tentaram apropriar-se não só dos meios de comunicação, como também impor novas regras à profissão de jornalista”, disse o papa, sublinhando que “a vocação do jornalista tem de ser fazer crescer a dimensão social do Homem e favorecer a construção de uma verdadeira cidadania”.
O chefe da Igreja Católica advertiu os jornalistas de que “um artigo hoje publicado, embora amanhã seja substituído por outro” pode “destruir para sempre ou difamar injustamente” a vida de uma pessoa.
“A crítica é legítima, assim como a denúncia do mal, mas sempre com respeito pelos outros, a sua vida e os seus entes queridos”, acrescentou.
No final da sua intervenção, Francisco pediu aos jornalistas para se lembrarem sempre de que “qualquer conflito pode ser resolvido com homens e mulheres de boa vontade”.
LUSA
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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