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PEDRO DIAS: OS NOVOS DETALHES DA FUGA

Sete telefonemas da GNR para o suspeito ‘avisaram-no’ de que havia sobreviventes e precipitaram a fuga. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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Foram os telefonemas feitos a Pedro Dias por militares da GNR após os homicídios em Aguiar da Beira que o levaram a pôr-se em fuga. E isto porque só aí percebeu que nem todas as vítimas estavam mortas, como pensava.

Ao todo, segundo o SOL apurou, foram sete as chamadas feitas para o telemóvel do suposto homicida por elementos das várias patrulhas da GNR colocadas no terreno – registos que já foram integrados nos autos.

Os crimes em causa, recorde-se, foram cometidos pelas 2h30 da madrugada de 11 de Outubro: um primeiro agente, Carlos Caetano, foi baleado mortalmente na cabeça, e depois o colega de brigada, António Ferreira, foi obrigado a colocar o colega na bagageira do carro da GNR e a acompanhar Pedro Dias – até o veículo se atolar num atalho a poucos quilómetros do local do crime.

A seguir, baleou o segundo militar na cabeça, fazendo depois o mesmo a um casal a quem roubou o automóvel na estrada que liga Aguiar da Beira a Viseu.

Tudo indica que Pedro Dias estava seguro de que as vítimas tinham morrido e que não deixara vestígios. Mas enganava-se: o segundo GNR baleado acabara por sobreviver, e, no bolso do primeiro, ficara a sua carta de condução.

Pedro Dias diz que está em Espanha

Entretanto, as chefias tinham conseguido o número de telemóvel do suspeito através de uma ex-namorada. E, pelas 9h30, já com o testemunho do guarda Ferreira que conseguira libertar-se, várias patrulhas são lançadas no seu encalço. Mas, sem comando e à vez, decidem ligar-lhe.

Um cabo, ingenuamente, pergunta a Pedro Dias onde se encontra. Este, convencido de que não deixara rasto, diz que está em Espanha, a chegar a Valladolid. Mentia, convencido de que nada o apontava como suspeito – andava por perto, em Fornos de Algodres, conforme se verificaria mais tarde pela localização celular.

Nessa altura, para o atrair, o militar pergunta-lhe se não terá perdido um documento. O suspeito responde que até aí não dera por nada, mas que iria verificar.

Cinco minutos depois, Pedro Dias liga ao guarda confirmando não ter com ele a carta de condução. E avança com uma história ao telefone: tinha-se cruzado com Carlos Caetano e António Ferreira, «pessoas muito simpáticas», que o tinham apanhado na posse de produtos ilegais mas nem o haviam multado. Um deles pedira-lhe a carta de condução e esquecera-se de lha devolver.

Recorde-se que, na entrevista à RTP, Pedro Dias garantiu não se ter cruzado com os dois guardas da GNR.

Sargento despoleta a fuga

Outros agentes no terreno vão entretanto tentando a sua sorte, telefonando ao suspeito na tentativa de o localizar. Até que à sétima chamada, estando Pedro Dias ao telemóvel com outro elemento da GNR, uma sargento tira o telefone ao subordinado e entra a matar: diz-lhe que já sabem ser ele o autor de vários crimes e que o melhor é entregar-se. Pedro Dias desliga de imediato e coloca-se em fuga, dando origem à caça ao homem que viria a durar quase um mês.

Recusa fazer teste de ADN

Esta semana foi noticiado que Pedro Dias recusara formalmente colaborar na realização de um teste de ADN que é fundamental para a conclusão da investigação. O teste está previsto na lei e é obrigatório, mas a recusa do arguido obriga a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) a pedirem formalmente a um juiz de instrução a devida autorização.

Segundo o jornal i, que revelou a recusa do suspeito, o teste é feito a partir de uma amostra de saliva ou sangue recolhida ao arguido. Neste caso, os investigadores pretendem fazer uma comparação com vestígios biológicos encontrados nos cenários dos crimes e nos locais onde se suspeita que Pedro Dias conseguiu refugiar-se e escapar às autoridades durante mais de um mês.

Quando se entregou à PJ, em meados de Novembro, os agentes interpelaram verbalmente Pedro Dias para que fizesse de imediato o teste, o que ele recusou. A recusa apenas teve como efeito atrasar a investigação, obrigando a PJ e o MP a fazerem uma notificação formal – à qual Pedro Dias respondeu ontem negativamente, através da sua advogada, Mónica Quintela.

Segundo a lei, só após a recusa formal do arguido é que a questão é então levada a um juiz, que irá ordenar a perícia. Fonte judicial contactada pelo jornal i considera que a recusa de Pedro Dias em fornecer amostras para o teste de ADN, pela segunda vez, é contraditória com a atitude que assumiu quando se entregou há um mês perante as câmaras da RTP: «É uma recusa que não se compreende para quem, naquela patética entrevista que deu, alegou inocência. Ele será obrigado a permitir a recolha por isso não se entende qual é o objectivo, a não ser criar dificuldades à própria investigação. Após decisão do juiz, e se mostrar resistência física, terá de ser amarrado para se proceder à recolha, o que é altamente degradante. Parece que regressámos à idade média».

Na entrevista à RTP, Pedro Dias disse sentir-se «um homem inocente com vontade de defender a honra». E acrescentou: «As coisas vão ser esclarecidas. Tenho provas e tenho a convicção para demonstrar que há equívocos».

Apesar da recusa em colaborar, a investigação tem decorrido o seu percurso normal com a realização de outras perícias que não dependem do ADN do suspeito. Uma das análises que estão em curso é a perícia aos objectos que Pedro Dias usou, para se perceber se têm vestígios das vítimas – dada a natureza dos crimes, o mais provável é que existam vestígios do ADN das vítimas na roupa do suspeito e nos carros.

Refém sofreu AVC

Nos últimos dias, a mulher que foi sequestrada e violentamente agredida por Pedro Dias numa casa desabitada no lugar da Portela – freguesia de Moldes, concelho de Arouca –, onde o arguido esteve refugiado durante a fuga, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A vítima já tinha testemunhado perante o MP e está actualmente hospitalizada em estado crítico.

Fonte da investigação revelou àquele diário que o «coágulo resulta das agressões que sofreu», uma vez que «foi suturada em vários pontos da cabeça». O suspeito terá batido com a cabeça da mulher várias vezes contra a parede e contra o chão.

A vítima de 56 anos, que é do Porto e tinha ido passar o fim semana a uma casa que tem naquele local, surpreendeu Pedro Dias. Este manteve-a como refém durante mais de uma hora – bem como a um vizinho, jardineiro, que foi em seu socorro depois de ouvir gritos.

 

SOL/FC

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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023

O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.

Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.

“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.

Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.

Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.

Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.

Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.

Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).

Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).

O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.

Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).

Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.

Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.

“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.

Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.

As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).

Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).

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PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.

“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.

A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.

O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.

Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.

Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.

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