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NACIONAL

PEQUENOS PARTIDOS EXIGEM ACESSO ÀS CONFERÊNCIAS DE LÍDERES

Os deputados únicos do Chega, Livre e Iniciativa Liberal requereram ao presidente da Assembleia da Republica, Eduardo Ferro Rodrigues, o estatuto de observadores para poderem participar na conferência de líderes, adiantaram à Lusa fontes dos três partidos.

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Os deputados únicos do Chega, Livre e Iniciativa Liberal requereram ao presidente da Assembleia da Republica, Eduardo Ferro Rodrigues, o estatuto de observadores para poderem participar na conferência de líderes, adiantaram à Lusa fontes dos três partidos.

O deputado João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, “já requereu ao presidente da Assembleia da República o estatuto de observador”, por forma a poder “participar na conferência de líderes”, disse à agência Lusa fonte oficial do partido.

Este pedido foi feito “não obstante o projeto” que o parlamentar apresentou para desencadear uma alteração ao Regimento da Assembleia da República com o objetivo de reequilibrar a relação entre grupos parlamentares e deputados únicos, acrescentou a fonte.

No caso concreto da conferência de líderes, o projeto de regimento da Iniciativa Liberal propõe que “os representantes dos grupos parlamentares ou os deputados únicos representantes de um partido têm na conferencia de líderes um número de votos igual ao número dos deputados que representam”.

Também Joacine Katar Moreira, do Livre, quer poder contar com o estatuto de observadora na conferência de líderes, disse à Lusa fonte do seu gabinete, ressalvando que o pedido para tal “ainda não deu entrada” no parlamento.

Além deste estatuto, a deputada pediu igualmente a “majoração do tempo da intervenção em 100%”, ou seja, quando Joacine contar com um minuto para falar nos debates em plenário da Assembleia da República, o partido vai “pedir que sejam dois minutos”, uma vez que a deputada sofre de gaguez severa. Nas intervenções que fez na discussão do Programa de Governo, na semana passada, a mesa deu-lhe tolerância de tempo.

“Ontem [segunda-feira], demos entrada com um pedido formal para eu poder assistir à conferência de líderes como observador”, disse à Lusa André Ventura.

O deputado do Chega apontou que tem “falado informalmente” com os vários grupos parlamentares, mas considerou que “há sinais preocupantes dos partidos, que se preparam para não dar aval a esse estatuto”.

Os pedidos vão agora ser analisados pela conferência de líderes, onde têm assento representantes dos grupos parlamentares.

Na legislatura passada, o deputado único do PAN, André Silva, beneficiou deste estatuto. Como o partido conseguiu eleger quatro deputados nas últimas eleições legislativas, e assegurou a constituição de um grupo parlamentar, beneficia de presença efetiva naquele órgão parlamentar.

Os deputados únicos adiantaram também quais serão as comissões permanentes que vão querer acompanhar.

Joacine Katar Moreira (Livre) escolheu a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a Comissão de Assuntos Europeus e a Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território.

Por seu turno, João Cotrim Figueiredo (IL) optou pelas comissões de Orçamento e Finanças, de Educação; Ciência, Juventude e Desporto; e de Administração Pública, Modernização Administrativa, Descentralização e Poder Local.

André Ventura (Chega) selecionou a Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a Comissão de Orçamento, Finanças e ainda a Comissão de Saúde. “Se for possível”, o deputado quer também acompanhar a Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados.

O regimento da Assembleia da República determina como regra geral que cada deputado só pode ser membro efetivo de uma comissão parlamentar permanente e suplente de outra, podendo ser indicado até três comissões parlamentares permanentes “se o seu grupo parlamentar, em função do número dos seus deputados, não puder ter representantes em todas as comissões parlamentares”.

O regimento não se refere em concreto, no caso das comissões, aos deputados únicos, determinando para os deputados não inscritos que estes indicam as opções sobre as comissões parlamentares que desejam integrar e o Presidente da Assembleia, ouvida a conferência de líderes, designa “aquela ou aquelas a que o deputado deve pertencer, acolhendo, na medida do possível, as opções apresentadas”.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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