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NACIONAL

PGR CONFIRMA URGÊNCIA EM INVESTIGAR “CASOS DE PEDRÓGÃO”

A procuradora-geral da República (PGR) reconheceu hoje a urgência em investigar os apoios concedidos à reconstrução de casas destruídas pelo incêndio de 2017 em Pedrógão Grande.

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A procuradora-geral da República (PGR) reconheceu hoje a urgência em investigar os apoios concedidos à reconstrução de casas destruídas pelo incêndio de 2017 em Pedrógão Grande.

“A investigação desse processo reveste-se duma repercussão pública e de um interesse da comunidade perfeitamente justificável e terá uma atenção especial, mas há muitos outros processos que nos merecem uma atenção especial”, disse aos jornalistas Joana Marques Vidal na cerimónia de apresentação dos novos magistrados do Ministério Público.

No entanto, adiantou, que se reconhece neste processo “a urgência que advém da repercussão pública, atendendo à tragédia que esteve subjacente”.

Na quarta-feira, a Polícia Judiciária realizou buscas na Câmara de Pedrógão Grande no âmbito de um processo por suspeitas de irregularidades na atribuição de fundos para a reconstrução de casas destruídas pelo incêndio de 2017.

As buscas dos inspetores da PJ realizam-se também na Casa da Cultura, onde esteve sediado o gabinete que analisava os processos sobre a reconstrução das casas.

Fonte do Ministério Público disse à agência Lusa que não há arguidos constituídos.

Em causa estão denúncias feitas em duas reportagens, uma da Visão e outra da TVI, que aludiam a situações de compadrio na atribuição de fundos para a reconstrução de habitações.

As duas reportagens referiam que casas que não eram de primeira habitação foram contempladas com obras em detrimento de outras mais urgentes e também que casas que não arderam foram reconstruídas com fundos solidários.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, enviou para o Ministério Público 21 processos para análise. Também o autarca já tinha referido que enviou para análise do MP um conjunto de processos, sem especificar quantos.

O grande incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e que se alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais eram habitações permanentes, e 50 empresas.

No final da cerimónia, Joana Marques Vidal foi também questionado sobre a sua eventual permanência ou saída do cargo, tendo a PGR remetido a questão para o Governo e Presidente da República.

“Não me vou pronunciar sobre essa matéria, mantenho aquilo que sempre disse. A matéria relativa à nomeação do procurador-geral da República é, nos termos constitucionais, da competência da proposta do Governo e da nomeação do Presidente da República”, disse.

Aos 53 novos procuradores-adjuntos, Joana Marques Vidal deixou uma mensagem de coragem.

“No exercício das vossas funções o essencial é o cidadão, o essencial é o cumprimento dos direitos do cidadão, o essencial é o cumprimento com isenção, com rigor ético que vos permita efetivamente preservar essa função essencial que é a independência dos tribunais. Este é o apelo que vos passo em primeiro lugar”, disse.

LUSA

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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