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PORTO: ASSOCIAÇÃO COMERCIAL ACUSA A JUSTIÇA DE ‘COMPACTUAR’ COM O ‘TERRORISMO”

O presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, acusou esta quinta-feira a justiça de compactuar com a situação de “quase terrorismo” que se vive nos bairros sociais, depois de o tribunal ter decidido libertar nove detidos numa megaoperação antidroga. “Acho que a justiça portuguesa está mal, esteve mal e não pode compactuar com isto desta maneira. Acho que é absolutamente lamentável”, afirmou em declarações à Lusa.

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O presidente da Associação Comercial do Porto, Nuno Botelho, acusou esta quinta-feira a justiça de compactuar com a situação de “quase terrorismo” que se vive nos bairros sociais, depois de o tribunal ter decidido libertar nove detidos numa megaoperação antidroga. “Acho que a justiça portuguesa está mal, esteve mal e não pode compactuar com isto desta maneira. Acho que é absolutamente lamentável”, afirmou em declarações à Lusa.

O juiz do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) libertou hoje os nove detidos na megaoperação antidroga no Porto realizada na terça-feira pela PSP em quatro bairros municipais, tendo decretado que destes, oito ficam sujeitos a apresentações periódicas às autoridades. Já segundo a PSP, o juiz do TIC do Porto fixou para o nono detido a medida de coação mínima: o Termo de Identidade e Residência.

Para o dirigente, o tribunal não acautelou o alarme social que esta decisão pode causar na população residente nem o efeito desmotivador que a mesma pode ter nas forças de segurança cujo trabalho é desenvolvido ao longo de vários meses e arriscando a própria vida.

“(A operação da PSP) foi em vão e desmotiva as forças de segurança aquilo que é uma situação aberrante, de quase terrorismo para com as populações residentes naqueles bairros que não podem sair de casa (…) afinal o crime compensa”, sublinhou.

Nuno Botelho, acrescenta aliás, que uma simples ida àqueles bairros permite perceber que “tudo continua na mesma, como se nada tivesse acontecido”.

“Portanto, quem é polícia, quem tem de arriscar a vida para proteger e preparar uma operação destas, obviamente fica desmotivado. É isso que me preocupa. Isto leva de facto a um descrédito na nossa sociedade”, disse.

Para o presidente da Associação Comercial do Porto, em causa está “uma situação que não pode acontecer numa cidade civilizada”. “Não pode voltar a acontecer. É de facto aterrador, é de facto uma aberração (…) isto não pode acontecer”, concluiu.

Contactada pela Lusa, a Câmara do Porto, que na terça-feira se congratulou com a presença da PSP nos bairros Pinheiro Torres, Pasteleira Nova, Pasteleira Velha e Lordelo do Ouro, escusou-se hoje a comentar a decisão do Tribunal. Os suspeitos, seis homens e três mulheres, foram ouvidos no TIC durante a tarde e noite de quarta-feira.

A operação da PSP, desenvolvida na manhã de terça-feira nos bairros Pinheiro Torres, Pasteleira Nova, Pasteleira Velha e Lordelo do Ouro, envolveu mais de 150 operacionais da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, Corpo de Intervenção e Unidade Cinotécnica da mesma força policial.

Incluiu a realização de 26 buscas, que permitiram a apreensão de algumas armas, uma “quantidade substancial” de drogas e 10 mil euros.

A 28 de junho, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, admitiu em reunião do executivo ter a intenção de instalar câmaras de videovigilância no bairro de Pinheiro Torres, onde o aumento do tráfico de droga gerou um clima de medo entre os moradores.

Mais recentemente, o autarca anunciou numa reunião do executivo, em julho, que o Ministério da Administração Interna tinha autorizado “policiamento gratificado” em zonas “particularmente sensíveis” onde o tráfico de droga se reveste de “especial gravidade”.

A proliferação do consumo e do tráfico de droga em alguns bairros municipais, tem sido denunciado quer pelo Bloco de Esquerda, quer pela CDU que sustentam que o problema resulta do desmantelamento do bairro do Aleixo.

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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